Dear Diary

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Querido diário... Cara é muito estranho falar com uma folha de papel, quer dizer, sem ofensas... Mas me parece muito estranho escrever e desabafar com algo que não consegue me dar uma resposta, mas também é melhor do que nada não é?

Acho que deveria me apresentar de qualquer forma, Bom... Meu nome é Selene Jasmine Lupin, eu tenho 16 anos e a história do meu nome é bem engraçada, se não fosse meramente trágica, quando eu nasci, minha mãe, que na época não sabia o que fazer com uma criança... me deixou na porta da casa do meu pai, Remus John Lupin, ele com certeza foi a melhor coisa que me aconteceu... mas quando ele me recebeu, ele ainda estava no processo de autoaceitação, meu pai tem licantropia... ou seja... ele é um lobisomem, ele se achava um monstro por isso, o que sempre me partiu o coração... voltando ao foco da história... meu nome é Selene como eu já disse... em uma das mitologias Selene é o nome da deusa da lua e a parte do Jasmine foi uma tentativa falha de homenagear a tia Lily de forma discreta, eu acho fofo. 

Falando nisso, não... Tio James e a Tia Lily não estão mortos, apesar de que muitos acham que sim, eles adotaram um menino incrível, ele é mais velho que o Harry, o nome dele é Christian e ele é uma das melhores partes da família... A outra parte maravilhosa da família é o meu padrinho Sirius Black e a minha melhor amiga filha dele Aluada e a minha madrinha Marlene e a filha dela Alex... eles não são casados, a tia Lenie é viúva, ela era casada com a Dorcas... a gente não fala muito sobre ela, ainda é um assunto complicado. Não somos uma família com laços sanguíneos, mas nosso laço afetivo é enorme, vivemos como uma grande família maluca e cheia de amor pra oferecer mesmo assim.

Meu grupo de amigos se compara bastante com a minha família, até porque a maioria faz parte dela ou é considerado dela, porque crescemos juntos... Fred e George são meus amigos desde o berçário praticamente, talvez seja porque nascemos com uma diferença muito curta de tempo, Chris, Alex e Alu são meus primos então não tem muito o que dizer, tem as meninas do quadribol, Katie Bell, Angelina Johnson e a Alicia Spinnet que estão com a gente sempre que possível, eu sou extremamente apegada neles... eles são a base para que tudo na escola não desmorone, o refugio onde eu não preciso bancar a durona entende? por isso eu acabo tendo um medo absurdo de perde-los 

Voltando pra mim agora, esqueci de mencionar que também tenho licantropia e conciliar isso com uma vida social tecnicamente ativa, com os dramas da adolescência, mais mudanças do corpo e as cicatrizes... e mais tudo quanto é tipo de dúvida sobre a vida que surge não é nada fácil. Ser adolescente, bruxa, ter licantropia e um coração confuso com certeza é motivo suficiente de dobrar os joelhos e implorar pra ser normal todas as noites, não que eu odeie minha vida nem nada disso... muito pelo contrário, eu amo, amo mesmo... todas as pessoas dela, amo como estou seguindo ela, mesmo que o futuro me assuste um pouco, mas a questão é que... eu gostaria de ser normal as vezes... não ter cicatrizes por todo o corpo, não achar que não vou sobrevier a porra de uma lua cheia, não ter medo de perder meus familiares pra um bruxo pancada da cabeça que tenta acabar com eles desde que eu me entendo por gente... eu só queria me preocupar com garotos e vestido pro baile entende? Mas apesar de tudo é assim que eu vivo, entre riscos e desejos.

Minha infância foi bem maluca, morar numa casa com um pai maluco, tios mais malucos ainda e crianças que eram capetas no corpo de mini humaninhos... confesso que foi um tanto quanto preocupante... Pontos que marcaram tudo isso e comprovam que era bem preocupante, como por exemplo o dia que descobrimos que a tia Lenie estava grávida... foi basicamente assim: Tio Sirius desesperado tentando raciocinar em que quarto a criança iria ficar, alterando constantemente o humor para entusiasmo total que me assustava um pouco com os gritos... meu pai tentando explicar pra mim, pra Alu e pro Chris como uma gravidez começava,  tia Lily fazendo um chá para a mamãe do ano e o tio James tentando entender de quem era a criança, é, aquilo foi simplesmente icônico! mas mais icônico que isso foi quando eu fiquei mocinha junto da Aluada, na mesma semana... aquela casa não foi abaixo por pouco. Era o meu pai desesperado tentando me ajudar com a cólica, Sirius tentando não chorar e a tia Lene nos explicando que a gente não ia morrer porque estávamos sangrando e que a partir dali isso iria acontecer todo mês, aquela frase desencadeou uma crise de choro em três pessoas daquela sala... Eu, Alu e o Sirius... ele tem medo de tpm e iria lidar com 3 a partir de agora, adicionando um ponto, até hoje nada mudou... mas são momentos assim que me fazem ter certeza que eu nasci na família certa, maluca e meio torta, mas a melhor de todas

Já escrevi demais sobre mim, me sinto até narcisista, mas acho que pra começar e introduzir a loucura que é minha vida esta bom, tem muitas histórias pra contar, mas talvez outra hora, tenho que arrumar minha mala, amanhã voltamos pra escola

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⏰ Última atualização: May 07, 2022 ⏰

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