Eu vos pergunto, poderia uma obsseção se transformar em um amor verdadeiro?
Dois herdeiros, ambos com linhagens muito nobres, acabam tendo seus destinos entrelaçados ao se encontrarem no lobby de um hotel. Para Katherine aquele foi apenas mais um di...
Avisos: O capítulo a seguir pode conter alguns gatilhos e palavras de baixo calão. Desejo a todos uma ótima leitura!
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Novamente.
Abro os olhos rapidamente, meus batimentos cardíacos estão desenfreados e a minha mente ainda está tentando assimilar aquela bagunça.
Arrasto minha mão pelo cobertor de seda até o meu peito para me pressionar, como se isso ajudasse aquela sensação sufocante ir embora.
Respiro e inspiro… respiro e inspiro.
Era a terceira vez só naquela semana, o mesmo sonho, a mesma sensação, e a mesma consequência, as terríveis crises de pânico. eram quase como lembranças, memórias, e não só um fruto inútil da minha imaginação.
A angústia corria sem martírio dentro de mim.
Meus olhos vagaram pelo cômodo totalmente coberto pela escuridão. escuro e vazio, ocupado por um grande nada.
— Quando isso vai acabar, hein? —Minha voz, agora um pouco falhada, fez um eco no meu quarto, e na minha cabeça também.
Um som suave de gotas de água chocando-se contra algo começa a tomar conta de todo o silêncio antes presente. não consigo prender o sorriso que se forma em meus lábios.
Está chovendo. eu simplesmente amo dias chuvosos, a maioria das pessoas acham chato por serem obrigadas a ficar em casa, ou passarem a maior parte de seu tempo cobertas por milhares de tecidos. mas eu adoro, eu adoro a sensação que o barulho me traz e eu amo o frio e escuro, a forma como todos os pensamentos negativos e vozes intrusivas parecem se esvair somente para dar espaço a uma calma inexplicável.
— Hora de encarar o dia, mais uma vez. —Me levanto com calma do meu emaranhado de lençois, tudo que eu mais queria era dormir aqui pelo resto do dia. posso jurar que minha cama nunca pareceu tão convidativa quanto nesse instante, bocejo, sentindo o sono e a preguiça se espalharem sobre mim.
Abro a barreira de panos negros que me impedia de ver uma das melhores imagens que terei a chance de ver hoje, ao observar a paisagem lá fora, me deparo com a graciosidade da grama molhada, as pétalas de flores cobertas por gotículas de água e a vidraça com diversas gotas de chuva.
Estava tentando me recuperar do transe de antes, esses sonhos estavam cada vez se tornando mais frequentes e tinham o mesmo enredo sempre.
Não sei a quanto tempo exatamente estou aqui em pé completamente parada apenas observando a água cair sobre as coisas lá fora enquanto as vozes ocupam um espaço distante da minha mente.
