Karoline tem 16 anos e mora com sua avó, que é cruel e muito maldosa com a mesma, após ser sequestrada no lugar de seu vizinho, Karoline se vê em um mundo muito diferente do seu, mas afinal, Vamos brincar?
- KAROLINE! ONDE ESTA O QUE EU TE PEDI? SERÁ QUE VOU TER QUE TE QUEIMAR COM CIGARRO DE NOVO PRA VOCE FAZER O QUE EU MANDO?!- minha vó me ameaçava da sala de estar em sua poltrona velha enquanto eu estava na cozinha procurando algo para comer
Não tem nada para comer...
- KAROLINE!- escuto ela me chamar de novo e reviro os olhos
Velha chata...
Procurei em todos os lugares possíveis 2 vezes na esperança de encontrar algo, mas não encontrei nada
Senti minha cabeça sendo empurrada para frente até bater com força contra a geladeira e uma das garrafas em cima da mesma cai
- ESTA SURDA AGORA?!- minha vó estava atrás de mim com sua bengala nas mãos e assim que eu me virei para ela fui golpeada diversas vezes com o objeto velho de madeira- SUA DESGRAÇADA!- ele estava batendo com muita força nas minhas pernas
- PARA! PARA VÓ! EU ESTAVA PROCURANDO, NAO TEM NADA AQUI!- ela não se importou em me ouvir e só continuou me batendo de novo e de novo até se cansar ____________________________________________
Acordei na manhã seguinte completamente dolorida, minha vontade era ficar deitada o dia inteiro, mas sabia que se não arranjasse comida ia acabar apanhando dobrado mais tarde
Me olho no espelho e olho todos os meus hematomas pelo corpo
Velha desgraçada!
Eu estava cercada de hematomas, minhas pernas tinham várias manchas roxas e azuladas dolorosas que percorreriam dias nas minhas pernas e braços
Após um banho arrumei meu cabelo e coloquei roupas limpas e infantis, tinha que parecer mais criança se queria conseguir comida com algum adulto. Minha sorte é ser baixa para fazer isso
Meu cabelo tinha dois rabos de cavalo e eu usava um vestido azul que combinava com as fitas do meu cabelo
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Saí de casa e fui para a feira que tinha todos os sábados na rua principal. Era uma feira enorme então era difícil que alguém lembrasse de mim facilmente. Também evitava usar as mesmas roupas das últimas 2 semanas atrás para evitar ainda mais suspeitas
- moça?- chamo uma mulher que olhava um saco de batata e ela me olha de cima a baixo- pode me ajudar? Estou com fome e não sei onde está a minha mãe- fiz voz de choro e ela me olhou com curiosidade
- por que não procura sua mãe?- pergunta curiosa
- ela disse que ia comprar maçã, mas isso já tem 2 horas e ela ainda não voltou- forcei lágrimas a caírem dos meus olhos e ela se comoveu
- tome, não comprei nada ainda, mas pago por essa caixa de uva para você- ela me conduziu a barraca ao lado da do saco de batata e comprou uma caixa de uva para mim
- muito obrigada, quando encontrar minha mãe peço que ela venha te pagar- fungo e ela me olha com dó
- não se preocupe com isso- ela me entrega a caixa e volta a barraca de batata
Eu realmente estava faminta, mas se comesse algo minha vó saberia, ela sempre sabia, não sei como, mas acontecia todas as vezes
O jeito é esperar chegar em casa... ____________________________________________
A feira teve fim apenas a noite, eu tinha um saco de feira em mãos que estava bem pesado e carregava-o pelas ruas para chegar o mais rápido possível em casa
Quando cheguei a rua da minha casa encontrei Connor. Connor era um vizinho meu, ele era do tipo sonhador e vivia no mundo da lua. Ele olhava por um telescópio para o céu
- o que está fazendo Connor?- ele tirou seus olhos azuis do céu e me olhou nos olhos
- esperando...- entortei a cabeça sem entender- estou esperando a sombra do Peter pan
Ele enlouqueceu de vez?!
- de quem?!- pergunto novamente sem crença que ouvi certo
-do Peter pan!- fala sem muita paciência para ficar me explicando
- o Peter pan é só uma história, Connor- coloco a sacola de feira na calçada e vou até ele em seu quintal- seus pais sabem que está aqui fora?- olho as janelas e tudo que vejo são luzes apagadas
- ele tá atrasado, disseram que ele sempre vem as 20h, mas não chegou até agora- ele olhou seu relógio de pulso e voltou os olhos para o céu através do telescópio
- vou te fazer companhia- sentei em um banco que havia ali e o observei
Connor era bonito, mas era lerdo. Seu cabelo era castanho e bem longo e seus olhos azuis, seu rosto tinha leves sardas e ele era baixo e acima do peso, suas bochechas o davam um ar de criança e estavam coradas pelo frio
Após 1 hora eu já estava tremendo
- Connor, é melhor eu ir para casa, está bem frio aqui- me levantei e ele me olhou chateado
- e se ele vier e você o perder? Usa minha blusa- ele me deu sua blusa azul e eu aceitei
Era enorme em mim, mas fazia o propósito, me esquentar
- acho que vi algo!- me levantei e fui até ele e o telescópio
- me deixa ver!- peço animada
- espera, sumiu, eu tô procurando- me desanimei com isso e sentei de novo
De repente senti mãos ao redor dos meus braços e me senti ser puxada até não estar mais com os pés no chão
- O QUE É ISSO?!- grito assustada chacoalhando as pernas e Connor grita meu nome enquanto sou puxada por alguma coisa para cima
Senti algo ser jogado no meu rosto e me sentir ser apagada em um instante ____________________________________________