Waterfalls - Sooshu

18. Nightmare

수진

Yeh Shuhua, uma garota doce que foi capaz de mudar as perspectivas de vida de Soojin. Não era tão simples assim, certo? Talvez não para a maioria de nós, mas para Seo, Yeh a conquistou da forma mais simples possível. Sua vida incolor agora era tomada por tons lilás, e cada solidão era preenchida por uma intensa risada. Soojin só tinha uma certeza na vida: Shuhua era seu tudo.

A cabeça de Yeh estava deitada no ombro de Soojin. Ambas estavam sentadas na mesa de jantar à espera da matriarca da casa, que não demorou muito tempo para surgir com a última porção de comida.

Já era noite do dia 25, e o clima de natal já estava sumindo. Era a última noite de comemoração, o que significava que estava mais perto de Soojin voltar para Seul.

– Espero que tenha gostado de passar seu feriado conosco. - A mulher mais velha se sentou, chamando a atenção de Seo.

– Pode ter certeza. - Sorriu. - Muito obrigada por me receberem tão bem.

– Papai quase matou ela de medo. - Soojin arregalou os olhos olhando para Haneul.

– Eu? - O homem respondeu indignado. - Não precisa ter medo de mim, a não ser que você machuque a pessoa que mais amo nesse mundo.

– Pai... - A garota tampou o rosto envergonhada.

– Machucar ela seria o mesmo de me machucar, Sr.

Os Yehs sorriram assim como Shuhua, que mantinha o esperançoso brilho em seu olhar.

– Seus pais passaram o natal sozinhos? - A Sra Hayun perguntou de uma forma simples.

Soojin passou alguns minutos pensando sobre o que deveria responder. Em pensar que os pais de Yeh talvez a achasse irresponsável por deixar sua família sozinha a incomodava.

– Mãe... Podemos falar sobre isso depois?

– Minha mãe está internada, já faz algum tempo que não podemos comemorar nada. - Hayun estava estática, esperando mais palavras. - E meu pai infelizmente faleceu.

– Eu sinto muito... - A mulher respondeu sem graça. - Não era minha intenção...

– Não, sem problemas. Vocês precisam me conhecer de qualquer forma.

– Nós estamos aqui agora. - Aquela resposta vindo de Haneul pegou todas de surpresa. - Você tem uma nova família e considera-se muito bem vinda aqui.

– Muito obrigada, Sr. Eu nem sei o que dizer. - Soojin sorriu fraco.

– Você mora sozinha em Seul?

– Não exatamente. Ainda tenho a casa da minha família mas evito ficar lá. Moro na oficina com minhas colegas de trabalho.

– Gosta do que faz? - Foi a vez de Haneul.

– Pra ser sincera? Era minha maior paixão, se não tivesse quase tirado a minha vida.

– Podemos parar de falar sobre isso? - Shuhua quebrou o clima, fugindo de assuntos sensíveis.

– Claro. - Seus pais responderam.

O resto do jantar foi calmo. Algumas perguntas sobre faculdade, trabalho e até mesmo esportes rolavam pela mesa. O clima já estava calmo novamente.

Soojin agradeceu pelas perguntas terem acabado. Aquelas perguntas já eram frequentes, mas isso não quer dizer que ainda não as machucava.

– Ainda preciso levar vocês na cachoeira onde Soojin me levou. - Shuhua falou empolgada. - Foi o lugar mais lindo que eu já vi.