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Anastásia Point of View

- Querida? Está tudo bem? - perguntou Hunter, um senhor, na verdade meu chefe. Eu trabalho em uma livraria o senhor Hunter me conhece desde pequena e conhecia meus pais, ele é por consideração e de coração meu "avô".

- Sim vô, estou bem. - respondi sorrindo fraco.

- Não me parece bem, parece que algo de aflige. Conte-me filha. - disse ele carinhosamente, estava sentando em sua cadeira, seus cabelos grisalhos e ele já não era mais tão jovem. E eu tenho medo de perdê-lo também, ele sempre foi com um pai/avô para mim, era minha família.

- Acho que estou ficando louca.. - sussurrei praticamente, olhando para baixo.

- Filha, como pode saber que esta ficando louca? O que te faz pensar isso? - perguntou ele me olhando

- Vô, ando tendo sonhos com uma pessoa, supostamente um homem, no qual seu nome é Jason. Ele me atormenta todas a noites, eu não consigo ver seu rosto apenas seus olhos e o sonhos são sempre os mesmos, como se eu conhecesse há muito tempo, como se tivessemos vivido juntos antes.. - expliquei - Você esta me entendendo vovô, não me acha louca não é? - perguntei o olhando curiosa, ele não havia se mexido apenas continuava me olhando parado.

- Filha não te acho louca, ele pode ser fruto da sua imaginação, mas também pode não ser.. - ele disse, mas eu o interrompi.

- Não diga como se eu estivesse louca, eu sinto que é como se fosse a lembrança de alguém que eu... que eu já amei muito. - falei agoniada

- Filha agora eu vou lhe contar uma coisa e quero que me responda se acredita ou não, talvez você pensa que eu esteja louco, por que bom com idade que estou você pode até pensar isso, mas você acredita que exista vidas passadas? Que podemos ter vivido com outras aparências, outros nomes, outros corpos? Mas nunca com outros corações... - perguntou ele e logo parou de falar e levantou-se com dificuldade e pegou sua bêngala, foi em direção a uma das prateleiras com livros e pegou um no qual não consegui decifrar com era. - Tome.. esse livro fala conta uma história, eu acredito que seja verdade, mas você pode não acreditar, existem muitos mistérios entre o céu e a Terra filha. Pense nisso, eu acredito em você. - disse ele segurando o livro com minhas mãos em cima da dele.

- Eu não acredito nisso vovô, talvez seja apenas coisas da minha cabeça. Mas posso tentar, mas não acredito que haverá algum resultado. - falei

- Filha, faça o que eu falei, coisas que nos atormentam toda a vida e nós não corremos para descobrir nunca deixam de nos atormentar até que nós tentamos ver qual o propósito daquilo em nossa vida.. - ele explicou. - Agora vá, sua tia Jenna deve estar preocupada e eu não a quero andando sozinha a essa hora, vou pedir a Susan para que ela te leve. - falou ele pronto para chamar Susan.

- Esta tudo bem vovô, eu vou rapidinho é aqui perto, nada me acontecerá. - falei beijando sua testa e colocando o livro dentro da mochila.

- Esta cidade esta cada vez mais perigosa querida, esses jovens insanos que não sabem de nada da vida. - ele estava se referindo ou documentário que vimos na TV.

- Vou ficar bem vovô não se preocupe. - falei sorrindo fraco e o abraçando.

- Não deixe sua história para trás de novo querida. - ele disse ainda abraçado comigo. - As vezes perdemos alguém, mas o destino faz questão de que a vida nos traga tudo aquilo de volta, se existe amor não importa a época. - continuou ele

- tudo bem vovô. - beijei seu rosto e sai acenando.

..

Meus pensamentos sobre aquela conversa que tive com o meu avô me acompanhavam na noite escura de Nova Iorque, aquelas ruas escuras me faziam ver que meus pensamentos cada vez mais turbulentos me deixavam com medo. Escutei passos atrás de mim e meu coração havia parado por alguns segundos. Comecei a andar mais rápido sem olhar pra trás apertando o livro que meu avô havia me emprestado em meu peito.

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