Capítulo 5

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Com a medalha de campeão de ouro no pescoço, a brisa realmente do lado de fora estava muito fria, mas eu senti um certo calor perto dessa pessoa, não sei como explicar mas eu apenas sentia isso. O céu noturno é recheado de pontos brilhantes que chamamos de estrelas. Os grandes refletores na tonalidade branca brilhavam no céu como um sinal de ajuda, a área do banheiro químico estava vazia, só havia apenas nós dois.

Ainda ouço o barulho da música dentro do galpão mesmo a essa distância, minhas mão estão quase seca mas de alguma forma fica suadas, ouço também risadas de outras pessoas que estão a poucos metros de mim, mas a única coisa que eu conseguia processar é seu cheiro inebriante e seu lindo rosto. No claro vejo que realmente ele é muito alto, e que meu palpite sobre sua altura esteja totalmente certo. Sua voz, é mais forte e imponente quando escuto claramente, ele não estava usando o chapéu eu podia ver a cabeleira farta e negra, ela caia perfeitamente sobre sua testa.

Ele tinha mudado de camisa, já que essa é num tom azul escura, e pelo tecido dá para perceber que é de boa qualidade, ele disse 'oi' para mim novamente, mas dessa vez sinto minha boca seca mais ásperas. Eu apenas movimento as mãos, ele sorri ligeiramente.

"...Oi."

Finalmente sai da minha boca, mas sai bastante fraco, eu tento limpar a garganta para que minha voz saia um pouco mais alta.

"Oi."

Falo novamente, mas agora meu tom saiu mais limpo.

"Oi."

"Eu pensava que você tinha ido embora, então resolvi fazer algumas coisas..."

"Acabou de surgir um problema naquela hora, eu tive que resolver rapidamente, mas não pensei que ia demorar tanto."

Então dentro da minha cabeça surge novamente o relato das duas jovens sobre a ida de Brandon Black, então me senti mais tranquilo, pois ele não podia ser um Black, meu chefe? Impossível, fora que pelos relatos, o filho de Henry vivia o tempo todo fora, não tinha muito envolvimento com a empresa, mas ele sabia que eu era novato na empresa, denunciando que ele trabalhava lá a bastante tempo. O silêncio permaneceu entre nós, realmente sou péssimo para lidar com alguém, ser introvertido às vezes é um saco, nem sirvo para manter uma conversa. Na maioria das vezes as pessoas falavam e respondia por mim e eu apenas acenava concordando escutando ela.

E isso vem se repetindo durante minha vida toda, mas com ele está sendo diferente, ele quer de alguma forma que eu fale, crie voz. Mas dos meus lábios não sai nada. Possivelmente ele vá desistir de falar comigo e ir embora.

"Ah, entendi, então você quer entrar?"

Eu convido ele, talvez no meio do barulho e bebendo aquela cerveja novamente eu consiga me abrir facilmente e manter uma conversa.

"Podemos conversar aqui fora? Lá dentro está muito barulhento e quase não dá para conversar."

"Certo, entendi..."

Droga, a ideia de beber uma cerveja e conversar melhor não funcionou, mas eu não queria ficar falando com ele em frente ao banheiro químico, então pergunto se podemos ir para outro lugar, e ele diz que sim, caminhamos e passamos pela entrada do galpão, as pessoas que estavam conversando e fumando um cigarro foram para dentro e ficou só nós dois, o barulho ficou mais alto mas, ainda dava para ter uma boa conversa.

Eu estava muito curioso para saber o que ele queria falar comigo, ele chegou de repente em mim e começou a falar, nós não nos conhecemos, nunca vi ele, mesmo quando havia uma reunião geral eu nunca vi ele. Então, estou apreensivo e nervoso.

[TESTE PILOTO] Paixão na cidade de Dellvild - Romance Gay.Onde histórias criam vida. Descubra agora