|2| cuairt ghairid

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"Na maior parte da história, o anônimo foi uma mulher

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"Na maior parte da história, o anônimo foi uma mulher." — Virgínia Woolf.

Jiwon olhava com um interesse sorridente para matéria no jornal Argentino.

No meio das páginas estava o destaque 39 falando sobre os estranhos e recorrentes assassinatos a cerca de um mês que começaram com uma suspeita de briga entre bêbados, mas depois se tornou mais investigativo.

O que era uma grande coincidência já que foi por esse tempo que a mulher chegou no país quente do continente americano.

"No total já são sete homens encontrados sem vida em becos e valas. A polícia começa suspeitar de atos de algum Serial Killer já que as mesmas marcas são vistas por todo corpo, como se fossem queimados diversas vezes igual cavalos e bois. Ainda sim, a causa da morte é investigada pela falência múltipla dos órgãos de todas vítimas. Um caso que vem intrigando alguns moradores da região, mas ao mesmo tempo erguendo opiniões diferentes pelo bilhete deixado indicando o que cada uma das supostas vítimas estava fazendo na noite em que fora assassinado. Estupradores, ladrões e pedófilos. Será essa uma justiça divina?" — eram essas as exatas palavras com uma imagem de algum bar qualquer da região.

– De nada, cidade de Mendoza.– dobrou o jornal com as pontas do dedos exibindo longas unhas cuidadas e pintadas no tom laranja mais escuro.

Aguardava pacientemente a chamada do seu próximo vôo assim como outros humanos espalhados pelo aeroporto. Pernas cruzadas cobertas por um vestido preto com flores estampadas apenas abaixo do joelho. Existia elegância e perversidade naquele sorrisinho que continua vingando nos lábios transbordando orgulho e satisfação.

A criança que se desvencilhou do colo da mãe não pareceu notar nenhuma áurea negativa, na verdade, não notou nada além da bolsa com couro de cobra tão brilhante e chamativo que arrancou da loirinha um sorriso e a melhor expressão de "uau". A mão delicada se estendeu para tocar, mas foi interrompida quando a dona da mesma se inclinou perto dela.

Jiwon abaixou o óculos escuro na ponte do nariz e mudou o sorriso, mas ainda não era amigável ou comovido pela fofura da criança.

– O que vai fazer?

– Posso tocar?– perguntou, outra vez erguendo a mão na direção do acessório.

A mãe dela parecia ocupada demais lendo um livro de como educar um filho para a chegada de outro irmão. Ao mesmo tempo que se preocupava em manter futuramente um lar com ordem e harmonia, não se atentava ao presente.
Quem sabe onde essa garotinha poderia estar sem que ela percebesse?

– E se eu te mostrar algo mais legal ainda?

A proposta encheu-a de curiosidade e animação que quase bateu palminhas.

Debaixo do banco onde estava sentada, Jiwon retirou uma gaiola/estufa que era um abrigo provisório para cobra coral não mais adormecida, mas agora pronta observando seu terreno em volta e lendo a temperatura dos corpos na volta.

A jóia Jeon - taekook. Onde histórias criam vida. Descubra agora