Projeto Zulu

Prólogo

LONDRES, INGLATERRA

OUTUBRO, 2020

- Como está o experimento? – Shikamaru perguntou enquanto andava apressadamente pelo corredor ao lado de sua assistente, Sakura.

- Ele não tem desejo nenhum pelas mulheres que colocamos em sua cela. – A moça respondeu. – Isso está começando a ser incomodo, não temos tempo para isso. Não temos tempo para esse tipo de birra.

- Será que ele é gay? Todas as meninas são lindas. E principalmente profissionais, todas se voluntariaram para fazer parte desse experimento. Porque ele simplesmente não escolhe uma? Eu não entendo. Não consigo entender. Esse deveria ser o nosso experimento mais promissor. – Shikamaru perguntou olhando para o rapaz através do vidro blindado. – Você sabe onde está minha esposa?

- Não, senhor. – A mulher respondeu.

- Onde ela se meteu? Não a vejo há dias. – O homem pontuou socando a mesa que estava ali. – Precisamos que esse experimente dê certo. E ela simplesmente resolve sumir. Onde essa mulher se meteu? – O homem falou baixinho para si mesmo. – Não podemos falhar, essa é a nossa última tentativa.

Ele estava ansioso e odiava se sentir daquela forma, o homem havia prometido a mulher, com quem aceitara compartilhar a vida, que pararia com aquele vicio, mas o tempo estava correndo e ele precisava de algo para acalma-lo. Shikamaru acendeu um cigarro e tragou com força a fumaça, permitindo-se sentir aquela sensação boa.

- Com licença.

A mulher de olhos esverdeados adentrou a sala exalando a autoconfiança costumeira de sua parte. Os cabelos ondulados caiam como uma cascata em suas costas enquanto a luz artificial fazia os fios dourados ficarem ainda mais brilhantes, não demorou até que todo o ambiente fosse preenchido com o perfumo feminino que ela usava... aquele cheiro de baunilha familiar.

Shikamaru adoraria apreciar aquele aroma, como sempre fazia, porém eles não tinham tempo.

- Onde esteve nos últimos cinco dias, Temari? – Shikamaru perguntou irritado enquanto tragava a fumaça do cigarro recém aceso.

- Fui buscar a nossa ultima esperança. – A mulher respondeu tirando o cigarro da mão do marido. – Demorei mais do que esperava. Sinto muito por não ter conseguido avisar.

- Quem é? – O homem perguntou observando a mulher que estava em outra sala.

- Ela é do meu clã, uma parente distante minha. – Temari respondeu enquanto observava a menina vestir uma roupa conservadora. – Meu bisavô teve dois filhos, meu avô e o irmão dele.

- Porque a trouxe aqui? – Ele perguntou preocupado e sem vontade nenhuma de ouvir a mulher falar sobre a própria arvore genealógica.

- Se alguém pode concluir esse experimento esse alguém é ela.

- Porque confia tanto nela? – O homem perguntou.

Ele adoraria sentir a esperança que a mulher demonstrava ter, mas ele não via nada. Temari estava depositando todas as suas esperanças em uma menina que ela sequer conhecia. Mulheres treinadas não haviam conseguido realizar a missão, como aquela menina conseguiria?

- Comecem o experimento agora. – Shikamaru ordenou antes de sair da sala. – Quero resultados promissores o mais breve possível.