[quarta temporada da saga Fortuna]
Elle Cooper não sabe mais o que esperar, nem se deve esperar. Honestamente, ela está cansada, seu coração está machucado e ela tem crianças pra cuidar.
No entanto, Caspian continua sendo um dos benditos tópicos de...
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Quando o fato de Aslam ser Jesus realmente me atingiu, eu percebi que tinha muita coisa que precisaria ser mudada na minha vida.
Minha família não era do tipo religiosa, não depois da morte do meu pai ao menos. Até iamos a igreja antes disso, mas não faziamos parte dela realmente, não estávamos envolvidos e nem seguindo os mandamentos cristãos. Então quando papai morreu, deixamos de vez. É fácil se desapegar de algo que nunca realmente se fez parte. Honestamente, eu não pensava em Cristo fazia alguns anos, mas repensei tudo quando descobri a verdade.
Aslam cuidou de mim, ele me guiou e me encorajou quando preciso, então me testou e deixou eu andar por conta própria. E eu fui muito bem. Mas ele esteve comigo durante todo o processo, observando. Digo, faz todo o sentido agora olhando para trás: Aslam era Deus, mas em outro mundo, outra realidade. E então eu parei e pensei no que isso significava.
Deus me criou para viver em outro mundo, em Nárnia, mas qual o propósito disso? Eu não sei, mas eu sei que Ele olhou para meu mundo e pensou: "okay, o mundo precisa de uma Elle Cooper, nesse exato momento, em 1935" e boom, eu nasci. É engraçado e tocante pensar nisso. Eu não fui um acidente, fui planejada, desejada e escolhida para um propósito. Eu só precisava descobrir qual para poder cumpri-lo corretamente. Então acabei voltando para a igreja, buscando a essência de noiva novamente (ou pela primeira vez de fato). Claro algumas pessoas me julgaram por conta de Diana e pelo passado de minha mãe, mas quando se mantém os olhos em Cristo e não nas pessoas ao redor, se torna mais fácil. Ser cristão significa julgar pela reta justiça de Deus, então é claro que as pessoas viam meu pecado, mas após um tempo viram meu arrependimento e meu desejo em mudar, então os braços foram totalmente abertos para mim. Fui instruída, me batizei e sigo tentando matar a velha criatura todos os dias, mas é um pouco difícil.
— Olha por onde anda, ô cego de Jericó! — eu reclamo para um carro que quase me leva junto para onde quer que esteja indo, se não fosse por uma alma caridosa puxando-me pelo braço de volta para a calçada.
— Xingamento interessante. — Edmundo comenta com um sorrisinho.
— Bom, eu... — começo a dizer, ajeitando as roupas, então percebo que foi Edmundo que me salvou do carro. — Não acredito que voltaram para Londres!
Acabo dando um passo para trás e voltando para a estrada, quase sendo atropelada por um motorista pego de surpresa.
— Ei, moça, toma cuidado! — o homem grita e eu apenas aceno um desculpe, sabendo que isso poderia ter matado nós dois se Edmundo não tivesse me puxado de volta.
— Estou começando a achar que está fazendo de propósito. — Edmundo comenta e Lúcia dá risada ao seu lado, me fazendo perceber sua presença.
— Ah, não acredito que estão de volta! — eu abraço a garota e então seu irmão, feliz da vida com suas presenças. — Vão ficar por aqui por quanto tempo?