chapter 1 → casa

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ANNYE GREENE

Passei a mão no rosto retirando um pouco das lágrimas que insistiam em cair, vendo a mulher a minha frente chorando, ajoelhada no chão.

-- Por que você está chorando? Você fodeu com o meu marido, eu que deveria estar chorando! --
Gritei e ela olhou pra mim

-- Me desculpe, Abby... -
Resmungou baixo, mas eu apenas discordei

-- Nunca. Mais. Olhe. Na minha cara. --
Falei negando com a cabeça a olhando com desgosto e sai pela a "porta"

Ouvindo o diretor gritar: "corta".

Voltei pro sete de gravação e olhei pro diretor esperando alguma reação, cadê a reação desse homem, senhor??

-- isso foi ótimo, obrigado as duas. --
Ele falou dando um sorriso enorme e um dos assistentes ládele veio na nossa direção, e entregou um lenço para ambas.

Limpei abaixo dos olhos, que com certeza estava manchado por causa do lápis de olho.

Eu estava no México agora, foi uma luta pra aprender espanhol, mais aqui estou eu.

suspirei e fui em direção a Elise

-- cena final daqui 15 minutos! -- gritou o diretor, aquela seria minha deixa.

-- nem acredito que você vai morrer da forma mais estúpida do mundo --
Falou revirando os olhos e olhando feio pro
diretor que nem percebeu

-- é até bom, faz dois anos. --
Falei e ela suspirou, somos americanas, por isso a gente estava falando em inglês. ( É português, mais tá. )

-- Hershel vai dar uma bronca em você --
Falou e eu sorri, enquanto a gente ia em direção a máquina de café, eram 5:52 da manhã! A gente levantava cedo pra gravar, ainda mais essa cena.

-- " estava com saudades do seu velho aqui, querida? " --
Tentei engrossar a voz e ela riu

-- 22 anos nas costas, vai arrumar algo pra fazer. --
Falou se distanciando

-- falo o mesmo pra você. --
Ela riu e eu peguei um pouco do café expresso, com toda certeza aquela era uma das minhas partes favoritas.

Tá, meio que eu não aguentei ficar até o final da gravação, então tivemos que gravar a cena que eu morria antes.

Meu pai falou que Annete e Shawn estavam doentes, e eu não iria ficar aqui parada.

Peguei o primeiro voo pra Atlanta, lá seria mais fácil de pegar um carro alugado e ir pra fazenda, eu amo aquele lugar.

Fiquei ouvindo música o caminho todo e olhando pras nuvens, tudo aqui de cima é maravilhoso!

Assim que cheguei em atlanta, eu peguei um táxi mesmo.

Foram algumas horas nesse carro, mais eu tava tão ansiosa, que parecia ser anos.

Enfim, paramos no local onde é a fazenda.

Uma grande placa escrito:. " Fazenda dos Greenes "

Sorri lembrando que eu e maggie que penduramos aquela placa ali, quando a gente tinha por volta dos 12 anos.

-- é aqui? --
Perguntou o taxista com uma cara de desgosto enquanto eu sorria feliz, eu tinha que usar a atuação pra alguma coisa, pra não olhar com cara de bunda pra ele.

Ele tá falando mal da fazenda do meu pai? Mais que coisa....

-- é sim, obrigada. --
Falei entregando a nota pra ele que sorriu pra mim

-- foi um prazer te-lá no meu carro, minha esposa gosta muito dos seus filmes --
Pelo o menos a esposa dele tem senso.

-- fala pra ela que mandei um beijao! --
Falei saindo do táxi, ele ajudou e pegar as malas e logo depois deu meia volta.

Vi meu pai, maggie, Patrícia, Beth e Otis se aproximando, não tinha uma das melhores caras.

-- sentiu falta desse seu velho aqui? --
Perguntou meu pai e eu abracei ele

-- eu queria fugir daquele lugar só pra ver vocês --
Falei abraçando o resto e dando um beijinho na bochecha da maggie, minha irmã gêmea.

-- tem um probleminha... --
Ele falou e eu franzi o cenho

-- acabei de chegar e já tem problemas? Típico dos Greenes. --
Falei e fomos em direção a casa, meu pai explicou que colocou Annete e Shawn no celeiro, porque eles estavam doentes. Houve uma pequena discussão mais não tão grave.

Entrei no meu quarto vendo tudo do jeitinho que eu tinha deixado, só não tinha poeira.

-- e aí? Como foi na seca por aqui? --
Perguntei e meu pai suspirou sentando na cama ao meu lado

-- não perdemos nenhum dos gados, um homem veio aqui tentando comprar nossas terras, a terra que tá com a gente a mais de 160 anos, acredita nisso? Essas terras são as dos Greenes, ninguém vende. --
Falou e eu sorri de lado

Umas coisas passaram na TV, coisas do tipo canibal, mais a gente não deu importância.

Quero aproveitar esse mês, e agora eu estou com a minha família, isso é o melhor!

Um mês se passou, os casos de canibalismo aumentou, agora a gente tá sem luz, usamos velas e durante o dia usamos a luz do sol.

Você deve está se perguntando: mas vocês não tem geradores?

Então, sim, temos.

Mais mal usamos, a gente tenta economizar, e também... Faz barulho e chama a atenção dos doentes, que são bem estranhos!

Agora tem mais doentes no celeiro, os nossos vizinhos.

Otis vai caçar diariamente, até fui com ele uma das vezes, mas só peguei um esquilinho com a arma que eu nem sabia segurar.

Ele falou que eu era uma boa aprendiz.

Notas finais:

Que droga, me odeio tanto

22/01/23
10:33

𝐌𝐲 𝐒𝐮𝐧𝐬𝐡𝐢𝐧𝐞 |Gʟᴇɴɴ.RʜᴇᴇOnde histórias criam vida. Descubra agora