Cap.1

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A M Á L I A
Entrei no restaurante, olhando para os lados e tentando encontrar meu pai. Senti um toque em meu ombro esquerdo, me fazendo virar meu pescoço para que eu pudesse ver de quem se tratava.

— Senhor Vincenzo pediu para que acompanhasse á senhora até a varanda! — O homem a minha frente falou, com seu terno preto impecável, os cabelos lisos penteado para o lado e o porte de um homem musculoso.

— Onde ele está? — Perguntei indo até a varanda do restaurante.

— Precisou resolver umas coisas, reunião de emergência. — Ele respondeu.

Enquanto caminhava até a varanda do local, reparei em homens nos observando a todo custo. Desde que viemos para a Itália nossa vida mudou, morávamos na França, a bela cidade do amor. Foi em França que meus pais se conheceram, onde estão juntos até hoje. Ao contrário de minha mãe e meu pai, eu sou branca dos cabelos escuros lisos e eles, brancos e loiros.

— Esses homens todos, estão aqui á mando de meu pai? — Perguntei quando estávamos entrando na varanda.

— Pela sua segurança. — Ele respondeu.

Olhando para baixo, avistei meu pai e outros homens conversando, quando um grupo de homens se aproximou dele e de seus seguranças. Observamos uma pequena discussão, fazendo com que eu quisesse sair dali. 

— Venha logo. — Chamei o segurança que segurou em meu braço, me fazendo parar de andar.

— Não pode sair assim, a ordem é para que ficasse aqui dentro! — Ele permaneceu segurando meu braço.

— Se não me soltar imediatamente, a ordem será para te matar! — O enfrentei.

Ele me soltou e continuou me encarando, me virei e sai do local, esbarrando em um homem que quase me derrubou. Mas, que segurou em minha cintura e me deixou de pé.

— Olha por onde anda, mocinha— Ele falou olhando em meus olhos.

— Para você é Vincenzo! — Respondi.

Sem perceber meu pai se aproximou, cumprimentando o homem e segurando em minha cintura.

— Atrapalho? — Ele perguntou.

— Senhor Vincenzo, que honra! — O homem respondeu dando um aperto de mãos.

— Já conheceu minha filha, Máximo? — Ele perguntou.

— Bela mulher. — Ele respondeu olhando em meus olhos.

— Sim, Amália é bem atraente. — Meu pai respondeu.

— Com licença. — Falei antes de me retirar do meio deles.

— Senhor Vicenzo, me apresente sua filha direito. — O tal Máximo falou, chamando minha atenção, me fazendo parar de andar.

— Se quiser me conhecer, terá que me conhecer por conta própria. — Respondi antes mesmo que meu pai falasse algo.

— E a senhorita me daria essa honra? — Ele perguntou me observando da cabeça aos pés.

O AMOR DE UM MAFIOSO. Onde histórias criam vida. Descubra agora