Cap.4

20 5 0
                                    

A M Á L I A
Depois de um tempo, saímos da posição, nos vestimos e voltamos para a estrada. Não conversamos sobre mais nada, havia ficado um clima estranho, tenso, nem sabíamos ao certo o que falar.

— Para onde vamos? — Perguntei depois de horas na estrada.

— Pensei em te levar em um restaurante mais afastado. Mas, se não quiser eu te levo para minha casa mesmo. — Ele falou sem ao menos me olhar.

— Podemos ir para o restaurante mesmo. — Falei olhando para a janela, acompanhando a estrada.

E novamente, permanecemos em silêncio.
O celular dele começou a tocar e ele imediatamente atendeu.

— Pode falar. — Ele falou ao atender a ligação, seu semblante logo mudou. Seu semblante que antes era tranquilo, agora estava parecendo nervoso. — Pode mandar, vamos entrar! — Ele falou e desligou a ligação.

Passamos por um lugar onde havia vários carros, quando passamos, os carros começaram a nós seguir.

— O que está acontecendo? — Perguntei olhando para trás.

— Não é nada que precise se preocupar. — Ele falou tocando em minha coxa.

— Tem carros nos seguindo, tem certeza que não há nada com o que eu precise me preocupar? — Perguntei olhando para ele e finalmente, me encarou.

— Absoluta! — Ele respondeu tirando sua mão de minha coxa e estacionando o carro na frente de um restaurante fechado.

Ele saiu do carro e deu a volta, abrindo minha porta para que eu pudesse sair. Logo, segurou em minha mão e fechou o carro apertando o controle. Os carros que antes estavam nos seguindo também estacionaram, saindo de dentro, vários homens vestidos de preto. Máximo não soltou minha mão, pelo contrário, continuou segurando com firmeza. Entramos no restaurante juntos, o local estava cheio, e ele caminhou direto para uma mesa mais afastada das outras, em uma varanda.

— Espero que goste daqui, nunca ouvi reclamações! — Ele falou puxando a cadeira para que eu pudesse me sentar.

— Senhor Máximo, quanta honra receber o senhor aqui! — Uma mulher falou se aproximando de nossa mesa. Loira com os cabelos batendo nos ombros, um vestido colado que marcava seu corpo reto em perfeita postura.

— Senhorita, apresento Amália Vincenzo! — Ele logo falou apontando para mim, fazendo a mulher me encarar.

— Me chamo Dalila, prazer Amália! — Ela falou sorrindo para mim.

— É senhora, Dalila. — Ele a corrigiu, deixando a mesma constrangida.

— Perdoe-me senhora Vincenzo! — Ela falou e se retirou da varanda, indo em direção ao balcão.

— Não precisava ter deixado ela constrangida, Máximo. — Falei chegando um pouco para a frente, para que ele pudesse me ouvir.

— É respeito, Amália. — Ele falou se ajeitando na cadeira.

Olhei para a parte de baixo da varanda, observando os homens de preto caminhando de um lado para o outro.

— Eles estão te incomodando? — Máximo perguntou.

— Não, apenas observo os passos. — Falei olhando fixamente para Máximo.

O AMOR DE UM MAFIOSO. Onde histórias criam vida. Descubra agora