1% baunilha

sobre romance e passos adiante

Junhui deu o último nó em um aperto forte, Minhyuk arfou pela momentânea pressão logo acima da virilha, mas a falta de ação que a seguiu o fez erguer os olhos para o chinês, que tinha um ar pensativo. O Lee pigarreou, recebendo a atenção alheia sobre si imediatamente.

— E agora?

— O dom é você, ué. – respondeu revirando os olhos.

— Você disse que ia me ajudar! – cruzou os braços, vendo-o dar de ombros.

— Nunca dominei ninguém, oras. Irene sunbae é que sabe das coisas, mas está de folga hoje. – ele parou para pensar por um momento – Minghao resiste bem a dor, vai precisar pesar mais a mão se quiser satisfazê-lo. E ser criativo.

— Alguma sugestão? – disse, virando o Lee de barriga pra baixo antes de se afastar, ele estava amarrado de modo que seus braços permaneciam para trás do corpo, enquanto os joelhos eram pressionados contra o dorso.

— Eu diria um chicote, mas para um começo não é bem seguro. Talvez um cane? - murmurou com o rosto parcialmente afundado contra os travesseiros – Se me agradar, te conto um segredo que vai agradar ele.

O Wen olhou por um momento nos olhos do Lee, então sorriu, fazendo-o engolir em seco, colocando a testa contra o travesseiro. Junhui abriu uma das gavetas da cômoda, onde os canes ficavam, passando os dedos sobre cada um dos disponíveis, testando um mais flexível e outro mais rígido em uma pancada breve contra a própria mão. Optou, pelo menos desta vez, pelo mais flexível, voltando para Minhyuk. Ele deixou o objeto, que tinha a superfície um tanto gélida, deslizar pelas costas alheias, observando como o corpo se encolhia com satisfação.

Jisoo estava nervoso. Muito. Tinha pedido voluntariamente para ir com Jeonghan até o clube e o Yoon estava, neste exato momento, olhando-o com uma feição surpresa, o macarrão instantâneo que comia parado a meio caminho da boca. Colocou a porção da refeição de volta no prato e inclinou a cabeça para o lado, um tanto confuso.

— Você realmente quer ir?

— Sim.

— Comigo?

— Claro? – riu, vendo-o desviar o olhar por um momento.

— Mesmo se tiver outra pessoa?

— Jeonghan, você deixou as coisas bem claras antes mesmo de entrarmos num relacionamento. – sorriu, tocando a mão alheia sobre a mesa – Não posso negar que ainda soa incomum e que sinto um tanto de ciúme. Mas quero estar lá com você, independente de participando ou não.

O Yoon levantou-se de súbito, dando a volta no móvel que os separava e segurando o rosto do Hong, que ergueu as sobrancelhas surpreso, mas não se afastou do toque alheio.

— Jisoo, eu amo você. Tipo muito. – disse, recebendo mais um sorriso.

— Acho que não preciso dizer que amo você, não é? – ambos riram, o mais velho selou os lábios aos do mais novo demoradamente.

— Claro que pode ir, não precisa pedir da próxima.

O sábado chegou arrastado, ou assim parecia para Seungkwan, que agora esperava no saguão do prédio, junto de Soonyoung, que o tal senhor Lee viesse buscá-los. O Kwon até mesmo estava vestido conforme pedido – ordem – do outro, desde a roupa de baixo aos acessórios, e agora estampava um sorriso satisfeito em cumprir com o requisitado. O carro chegou no exato minuto em que marcaram, já era um tanto tarde, mas o horário parecia apropriado para as atividades realizadas no clube, ambos entraram pela porta de trás do carro preto, que partiu imediatamente.

— Noite agradável, senhor Lee? – Soonyoung começou, conforme um tipo script que o Lee havia enviado para o amigo pela manhã. Parecia um tanto absurdo aos olhos do Boo, mas ele se absteve de comentar.