Capítulo 6 - O Leão

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Apareço na cozinha e preparo o café dá manhã pra mim e meu pai. Ele aparece e diz:

- Bom dia, princesa.

- Bom dia, papai. - Digo e mordo um pedaço do pão.

- Acabei de arrumar o meu guarda-roupa. Estou pensando em doar as roupas dá sua mãe.

- O quê? - Digo surpresa. - Não pode fazer isso!

- Querida, tem muita gente que precisa de roupa. Sua mãe não está mais entre nós.

- Mas, queria ver as coisas dela, para sempre senti-la por perto. - Digo zangada.

- Está bem, vou deixar algumas roupas. Mas, só se prometer que não vai ficar sofrendo.

- Eu prometo! - Digo me aproximando dele me animando.

Nos abraçamos e ele beija minha cabeça, meu cabelo está solto, preto cacheado até os ombros.

Paramos de nos abraçar e digo:

- Eu quero te ajudar a doar as roupas.

- Ótimo, tem uma rua aqui perto que muita gente fica no chão, dormindo na rua. - Ele diz. - Podemos entregá-los lá.

- Tem que ser agora. Depois o senhor fica no trabalho, volta pra almoçar e vai trabalhar de novo.

- Verdade e a senhorita também tem emprego agora. Então vamos.

Termino de comer o pão e meu pai só toma o suco.

Seguro uma sacola com roupas dá mamãe e meu pai segura o outra sacola com roupas dela.
Deixamos algumas guardadas. 

Chegamos na rua e entregamos as roupas para as mulheres que estavam lá. Alguns homens quiseram as roupas pra deitar no chão.
Algumas pessoas se emocionam e fico feliz por ajudar.

Depois vou me arrumar para a escola e vou para o trem.

Chego no trem e me encontro com Tobias. Sento ao lado dele e ele diz:

- Uau! Esse sorriso eu nem lembro a última vez que vi.

- Fiz algo bom hoje, Tobias. - Digo o olhando feliz.

- A senhorita sempre faz, é uma ótima pessoa.

- Não, hoje foi diferente. Eu e o papai demos as roupas dá mamãe para quem precisa de roupas.

- Nossa! Isso é maravilhoso, Sara.

- Sim!

- Eu tenho um presente pra você.

- Sério? Mas, se der agora, não vai escapar do meu aniversário, irei querer outro presente.

Ele rir e diz:

- Não tem problema.

Ele pega na mochila uma caixa e eu digo:

- Não é um anel não é? Só temos treze anos!

- Engraçadinha, claro que não. - Ele diz parando de rir. 

Eu sorrio e seguro a caixa. Então eu tiro a parte de cima dá caixa e vejo um colar.

Quando eu pego o colar, meu coração dá um pulo.
O pingente é o rosto do animal misterioso que vi nos meus sonhos.

Abro a boca surpresa.

Como Tobias conhece esse animal? Será que existe na cidade dele?

Eu o olho e digo:

- Esse animal...

- Você conhece? - Ele diz e parece surpreso.

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