Capitulo 13

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O frio deixa a minha pele arrepiada, e a escuridão da noite me deixa assustada, aquele lugar ainda me dá arrepios.

Presto atenção nas gotas de água caindo sobre a janela do carro em uma pequena corrida demorada, até que avisto um grande edifício, um edifício que eu não estava nada á espera de voltar.

Asilo.

Dirigi-me ate a pequena casa ao lado do grande edifício e assim cumprimentei dahyun, que estava me esperando e tambem ás minhas amigas.

— Olá Mina! - diz dahyun com o seu sorriso no rosto - Olá momo e sana! Como está o tempo no japão?

Dahyun estava usando um vestido branco longo e simples e o seu cabelo solto e longo.

— O tempo lá está um pouco seco - diz sana - estou feliz de estarmos de volta, obrigada por ter nos deixado ficar aqui em sua casa senhorita Kim.

— Pode me chamar de dahyun - diz e solta uma pequena risada nasal - Precisava de vocês todas aqui neste momento super delicado.

Logo uns meses depois do desaparecimento misterioso do espírito da chaeyoung, o ex diretor do asilo sugeriu que transformássemos o asilo em um museu, um bloco de apartamentos, ou um hotel.

Dahyun descordou logo, e nós as 3 também. A chaeyoung desapareceu, provavelmente para sempre e nós aprendemos a viver em paz com isso, mas o asilo é a casa dela, e parte da dahyun, entao descordamos.

De qualquer maneira, o asilo tem uma conexão muito forte com o mundo espiritual, e nao devemos mexer com isso, pode dar vários problemas. Dahyun era a pessoa mais conectada com o asilo e conectada com chaeyoung, entao se a dahyun nao se sente confortável, quer dizer que é melhor nao mexermos com isso.

O diretor, muito irritado, achou que estava a ser desnecessariamente simpático apenas por pedir a opinião da dahyun, ja que quem era o dono legal do asilo era ele, a dahyun nao tinha opção de opinião.

Dahyun pediu muito para deixar o asilo quieto, entao a "simpatia" do diretor foi tanta, que depois de um ano de briga para lá e briga para cá, tivemos que voltar do japão para resolvermos isso juntas

Mas segundo o diretor, nós não temos nem direito a opinião sobre o assunto, ele só está a perguntar por pura vontade dele e respeito por nós.

— Eu prometo que nós vamos resolver isto Dahyun- digo tocando levemente no ombro dela - Você é uma mulher muito forte que eu admiro... nós todas admiramos, e nenhuma de nós volta ao japão sem resolvermos isso.

Dahyun se desfaz em um pequeno sorriso e discretamente aponta para a mesa com a nossa janta.

— Vocês devem estar morrendo de fome, foi uma longa viagem - diz dahyun - vamos comer

Vou me dirigindo calmamente a cozinha sem deixar de reparar no quanto a casa estava diferente.

Haviam molduras novas com fotografias antigas da dahyun e da chaeyoung espalhadas pelas prateleiras da casa, inclusive uma minha e dela.


Acordei cedo e rapidamente fiquei pronta junto com as outras meninas, e nao demorou muito até o diretor chegar.

— Eu acho que devíamos continuar com a minha ideia - disse o diretor abrindo uma mala que carregava consigo, ele estava bem vestido e parecia confiante, tirou uns documentos da mala e coloca em cima da mesa - esse negócio nos traria muito dinheiro, e eu estou 100% disposto a dar uma percentagem dos lucros para vocês - diz olhando para mim, sana e momo - porque vocês exorcizaram aquele local e já não tem fama de assombrado, agora são apenas ruínas.

- o que quer dizer com exorcizamos? - perguntou sana

— Tiraram o demônio de lá dentro, e agora ninguém mais tem medo - disse o diretor como se fosse obvio

— Demônio!?! - grito - sua sobrinha estava lá dentro porra!! Sua sobrinha que morreu misteriosamente e ficou desaparecida por anos apareceu, nós todas a vimos com os nossos próprios olhos que ela estava lá e que ela tinha estado presa por sua culpa! Ela ficou sem ver as pessoas que mais amava incluindo você, e você a chama de demônio?!? Ela desapareceu, ela nunca mais vai voltar. É assim que quer seguir em frente?

Lagrimas quentes caem pelo meu rosto e eu olho com um olhar matador para o senhor.

— Pois tem razão, ela desapareceu, e ela estava morta, ela era um perigo - disse ele - eu fiz o certo e agora quero seguir em frente com o meu plano.

Levantei-me rapidamente pronta para bater naquele homem, mas momo me parou.

— Desculpe, mas nós nao aceitamos nem 1% dos lucros, e não concordamos nem um pouco com essa ideia. - disse momo

— Dahyun, minha pequenininha Dubu - disse ele - você nao quer seguir em frente querida?

— Eu já segui em frente, eu estou em paz desde o desaparecimento da chaeyoung, mas eu sinto que nao devemos mexer mais com o asilo, porque eu nao sinto uma energia boa quando me aproximo de lá.

— Querem saber? Cansei, foda-se a vossa opinião - disse o senhor que se levanta rápido, pega nas suas coisas e vai embora. De resto só ouvimos o som do carro a sair.

Dahyun começa a chorar junto comigo.

— Dahyun, eu nao vou deixar nada acontecer com o asilo, prometo - digo

Room 13 - michaeng Onde histórias criam vida. Descubra agora