ENTRE PSICOPATAS

CAPÍTULO -02

Obs: Quando estiver em negrito é pensamento!

"Por nada. Só queria dizer que foi um prazer arrancar os olhos do seu pai..." -quando eu escutei isso, meu sangue ferveu. -Como esse desgraçado....? Ele... -eu não consigo pensar!

-Os olhos dele ficaram ótimos no meu chaveiro. -ele sorriu de um jeito sinistro, mas eu não senti medo nenhum, estava com ódio demais para sentir medo. Eu peguei ele pela gola o puxando para cima da mesa. Ele não se mexeu só me olhou de um jeito desprezível. -Ficou nervosinho? -ele sorriu debochado.

Eu o joguei no chão e subi por cima começando a socar seu rosto nojento. Eu escuto alguém abrindo a porta mas continuo batendo, a pior parte é que esse desgraçado continua rindo, rindo, rindo e rindo! Sinto alguém pegando nos meus braços e me puxando para longe daquele desgraçado. -Jack pare com isso! -essa é a voz do meu irmão, por que ele sempre tem que se intrometer aonde não é chamado?!

-Me solta Jason, eu vou matar esse filho da puta! -aquele insano maldito ficou me olhando nos olhos enquanto sua boca e seu nariz sangravam.

-Harry tire ele daqui! -senti a mão de Harry no meu antebraço. Ele me puxou com força para fora da sala e fechou a porta.

Vi meu irmão ajudar aquele desgraçado a se levantar, e ele ainda estava sorrindo. Como pode? -Se acalme Jack, não adianta bater nele. Está louco, como você vai saber se isso é verdade? -a voz de Harry estava me dando náuseas.

-Cala a boca... cala a poha da boca! -eu gritei enraivecido. As garotas encolheram os ombros depois que gritei. Eu olhei pelo vidro e meu irmão estava falando alguma coisa com aquele maldito. Eu tento escutar mas não consigo, meus ouvidos estão zumbindo. O maldito olhava para o meu irmão entediado enquanto ele falava. Fiquei olhando aquilo até que meu irmão dá as costas e caminha até a porta a abrindo.

Ele suspirou altamente e olhou para mim com um olhar de repreensão. -Você pode fazer de tudo... menos agredir os meus pacientes. -vi aquele idiota cerrar os punhos. Ele não passa de um idiota mais problemático que seus próprios pacientes.

-Depois de tudo que ele falou você ainda tem coragem de chamá-lo de paciente?! -agora foi a minha vez de cerrar os punhos com força. -Eu vou mandar ele  direto para Narkam para que apodreça lá. -eu sai da frente do vidro. Estou com nojo da cara daquele sujeito, estou com nojo da cara do meu irmão.

-Não se afobe. Se acha que vou deixar isso acontecer, você está totalmente equivocado! -eu senti uma vontade imensa de voar no pescoço daquele garoto e o mandar para o hospital de tanta porrada, mas, eu não posso fazer isso.

-Ei vocês dois, acho melhor pararem com isso. -Harry, sempre tão pacífico. Eu o olhei com ódio e ele se calou dando dois passos para trás.

Voltei a olhar para meu desprezível irmão que estava vermelho de raiva. -Você não é o líder dessa equipe... -sempre que eu falo isso todos se abaixam, todos recuam, mas dessa vez ele não recuou como sempre faz, ele permaneceu firme.

-Não sou o líder, mas sou o que salvou as pessoas da escuridão enquanto você estava na sua sala conversando com vagabundas virtuais.

-Ora seu... -eu avancei para cima dele e dei um soco em seu rosto que o fez cair no chão. E mais uma vez Harry vai me segurar enquanto Tobi e as meninas vão ajudar o coitadinho. -Me solta Harry! -senti uma dor no braço. Vi um dardo tranquilizante. Minha visão começou a escurecer e meu corpo foi ficando mole aí eu apaguei.

Eu acordei com dor de cabeça. Olhei ao redor, estou no meu apartamento, na minha cama. Coço os olhos e bocejo. Olho para o relógio digital na mesinha de cabeceira e nele estava marcando oito e cinquenta da noite. Aquela briga aconteceu de manhã, realmente aqueles dardos tranquilizantes são fortes. Eu me levanto da cama devagar, me espreguiço e passo a mão pelo meu cabelo.