atraves do portal

como qualquer outro dia

Pov Alec

Mas um dia meu celular desperta as 07:40 eu desligo e fico olhando para o teto do meu do meu quarto, desejando internamente que algo mudasse em minha vida e que ela tomasse um rumo diferente.

As vezes sinto que não pertenço a esse mundo e que deveria estar fazendo outras coisas com pessoas diferentes mas, quem nunca se sentiu assim não é? Quem nunca quis que algo acontecesse e tirasse a sua vida do padrão em que vive? Algo que te tirasse do seu quadrado.

 Todas as manhas me pego pensando nisso, saio dos meus devaneios quando percebo que já são 08:15 e como qualquer outro dia levantei-me, fiz minha higiene matinal, tomei meu café e fui para o meu trabalho que me deixa mais estressado a cada dia.

Trabalhar em um banco como atendente não é nada fácil, ainda mais quando os clientes parecem fazer de tudo para você sair do sério, e ainda tem o chato do Sebastian que fica me atormentando sempre que pode mas, é o meu meio de sustento então vamos lá. 

Pego meu carro e vou dirigindo em silêncio pensando na minha vida. Sou filho único meu pai Robert, sumiu assim que minha mãe descobriu que estáva grávida, ela me criou como pode, apesar do sumiço do meu pai.

Ela sempre me disse que ele não teve outra opção, que ele queria ter ficado, que ele queria cuidar de mim e dela mas, que ele não podia ficar, e a pesar de tudo eu não tenho raiva dele, afinal como ter raiva de uma pessoa que você nem conheceu?. 

Maryse era uma ótima mãe, sempre me falava de Robert, do quanto ele amava ela, que tratava ela super bem mas, na minha opinião isso era o mínimo, já que ela era muito carinhosa, com um coração incrível que ajudava a todos.

Me lembro dela falando para mim( ... meu filho, um dia você vai achar o seu caminho e vaí entender o por que das coisas serem assim e quando isso acontecer você  vai ver que valeu a pena esperar mas, até lá não deixe de ajudar quem precisa e ouvir seu coração sempre que não souber o que fazer ou pra onde ir ....).

Acho que ela enganou-se  quanto a isso afinal, já tenho 23 anos e nada de achar o meu caminho mas, ela sempre disse que quem espera sempre alcança, que se você for bom coisas boas acontecem, eu não acho que ela estáva certa. O mundo é cruel com pessoas boas como minha mãe.

Ela descobriu que tinha câncer quando eu tinha 12 anos, ela lutou como pôde até não aguentar mais e me deixar sozinho nesse mundo quando eu ainda tinha apenas 19 anos , e a pôs a morte dela eu fui vivendo no automático e contínuo vivendo até hojê por que não tenho razões reais para viver de outro jeito. 

Chego no meu trabalho mais cedo do que o esperando então, resolvo tomar mais um copo de café que a dona jia moça da limpeza, deixa pronto para mim, por saber que eu sempre chego muito mais cedo do que deveria, pego um copo descartável, encho de café e fico um tempo apreciando o líquido preto e amargo do jeito que eu gosto.
 
Sem nada pra fazer por ser muito cedo e o banco ainda não estar aberto decidi mexer no meu computador, entra em alguns sites para ver se eu acho os livros que quero dos instrumentos mortais, mas são um pouco dificeis de achar e ainda tem esse monte de anúncio e site que aparecem do nada.

Sem querer acabo apertando em um que anunciava uma casa antiga em um leilão online, eles estavam tão desesperados para se livrar da casa que, só estavam cobrando pela escritura e documentos da casa, fecho a página e continuo a procura por meus livros, fico procurando por umas meia hora mas, sou interrompido pela  única pessoa que eu não queria ver aquela manhã, Sebastian. 

— Bom dia Alec — ele diz com aquele sorriso que me deixa com mais raiva dele. 

— Bom dia, Sebastian — respondo sem ânimo por não querer que ele comesse a puxar assunto como sempre faz mas, pelo visto falhei miseravelmente pois ele começou a falar.