capítulo nove

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Oiê amores, voltei

Pov: Meredith

-Eu apenas escutei pelos corredores, na biblioteca, eu ainda não conheço ninguém, então só presto atenção no que falam.

Eu não tinha saliva para engolir, minha boca estava seca, tinha muita gente me encarando e eu não sabia mais o que falar.

- E o que falam?

Essa mulher me intimida demais, só com o olhar eu já me arrepio inteira;

- Dizem que os Guardiões são muito bravos, e que se envolver com eles pode acontecer algo ruim.

- Ta bom, chega disso, para de ficar botando medo na garota, eu chamei vocês aqui por que quero te conhecer mais e entender essa
"coincidência".

A minha cópia falou e eu ficava cada vez mais impressionada com a nossa semelhança.

- É impressionante como se parecem mesmo.

Emma diz e vejo ela e Amanda nos encarando, até eu estou encarando, sempre sonhei em ter uma irmã, sempre pedi aos meus pais, mas eles sempre desconversavam;

- Me fala da onde você é, me fala sobre você!

Lexie me puxa para sentar na cama ficando de frente para mim, ela parecia muito empolgada com a situação, parecia que ela estava pulando internamente;

- Eu não sei o que falar, o que você quer saber?

- Não sei, me fala sobre seus pais, seus avós, onde viveu, o que fez da vida me diz tudo.

Eu parei para pensar um pouco na minha vida, relembrar minha origem, lembrar de tudo faz meu coração se apertar mais e me faz pensar como acabei com a minha vida;

- Eu não lembro de muita coisa, eu vivi com meus pais, não conheci ninguém da minha família, meus pais sempre disseram que não
tínhamos ninguém e eu apenas aceitei isso, eles sempre ficaram comigo, eles me amavam mesmo, nunca me falaram com o que trabalhavam, mas saiam quando me deixava na escola, e quando eu saia da aula eles já estavam me esperando para me buscar, nunca tive amigos, meus pais me ensinava a nunca confiar em ninguém então não fazia amizades, tudo que eu queria fazer eu fazia com eles, foi assim até Meus 18 anos, quando eles decidiram fazer uma viagem e sofremos um acidente, eles não resistiram, morreram e como eu já era de maior, comecei a receber indenização deles e segui minha vida, sem ninguém, fiz minha faculdade, aprendi a conviver socialmente, e foi isso.

Todo mundo prestava atenção em mim como se eu tivesse contando um roteiro de filme;

- Que dia você nasceu?

Minha cópia tinha lágrimas nos olhos, e eu não estava entendendo muito bem o por que.

- Dia 31 de Dezembro de 1987

Vi a mulher de preto ficar surpresa, mas foi bem rápido pois ela virou de costa e mexia em algo que não dava para olhar, a minha cópia em minha frente deixava as lágrimas já rolarem em seu rosto e eu continuava sem entender;

- O que é que está acontecendo?

- Sua mãe se chamava Ellis, e seu pai tatcher?

Encarei a mulher que chorava em minha frente, espantada, como ela sabia disso, ninguém sabe dessas informações único registro deles em minha vida é no meu documento.

- Como você sabe?

- Por que eles são meus pais também.

- Que? Como assim?

Ela se levanta, abre uma caixinha em cima de uma mesa e tira um papel de dentro, o papel estava meio amarelado, umas manchas
pequenas nos cantos mostravam o quanto era antigo, ela me entregou e então eu abri, e eu reconheceria essa letra em qual quer lugar em qualquer tempo;

Prisão Sem Grade - MeddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora