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Pov sn :

- Seus filhos da puta, PAREM. - Gritei ali mesmo da sacada e logo saí correndo, com tanto lugar para brigar, eles resolveram brigar logo na frente da minha casa, se meu pai estivesse presente eu estava totalmente ralada.

Abri a porta e logo avistei uma multidão em volta dos dois, mas não eram gangsters, eram vizinhos fofoqueiros e curiosos. Merda, merda, merda.

- É SÉRIO, PAREM. - Gritei novamente, enquanto Victor e Dutra quase se esfolavam, os dois estavam no 0x0, mas eles pararam e me olharam.

- Esse veadinho que começou, eu estava aqui de boa na minha... - Victor disse como uma criança, mas sempre com o seu típico sorriso debochado.

- Esse pau no cu queria entrar na sua casa para falar com você, esse cara é perigoso para você, Si. Vai saber o que ele queria...Dutra falou ofegante e quase que eu disse "continuem aí brigando por mim, feras, a diva aqui vai voltar para o seu sono de beleza" mas não, ao invés disso, apenas disse: - Está tudo bem, Dutra. Para mim Victor não é nem um pouco perigoso, mas agradeço por bater nele, quando quiser fazer isso mais vezes...Fique à vontade.

- Esse garoto não consegue encostar nem um dedo em mim, você sabe muito bem que é bem mais fácil EU bater nele. - Victor disse como se estivesse ameaçando Dutra, e ele estava.

- Tem certeza, flor? - Dutra debochou. - Então vem, guerreiro. Quero ver se tu é foda mesmo.

- Você sabe muito bem que eu sou, sua bichinha. - Victor disse. - Quer que eu esfole sua cara de novo? É isso? Então tá. - Victor disse e partiu para cima de Dutra, mas antes eu me meti no meio dos dois em uma rapidez assustadora.

- Eu vou falar só mais uma vez... - Respirei fundo tentando me controlar, pois os dois souberam me irritar. - PAREM. - Gritei novamente. - Se não, eu corto o bem mais precioso de vocês...com aquelas tesouras normais ainda, para a dor ser bem mais intensa. - Victor e Dutra se olharam rapidamente.

- Você me assusta, Sn Bittencourt ...E olha que ninguém me assusta. - Dutra disse.

- Cala a boca, voce e um cagao em todos os sentidos. - Victor implicou. - Mas enfim...Para que cortar, gata? Se você pode fazer outras coisas...Victor disse mordendo os lábios, totalmente malicioso. Foi aí que Dutra tentou ir para cima dele novamente, mas eu o impedi.

- Ok, gente... Acabou o show. - Me dirigi aos vizinhos. - Podem voltar para as suas casas, ver suas novelas chatas, tricotar, não interessa...MAS VOLTEM. Dona Mary,
vá lá fazer sua sopinha que a senhora não abre mão, já veio umas 500 vezes aqui em casa oferecer essa água com legumes...À senhora fez uma cara de ofendida e saiu. - Sr. George, vá lá continuar a fazer o que o senhor estava fazendo...

- Mas eu não estava fazendo nada. - O homem retrucou.

- Então volte a fazer nada, mas na sua casa. Obrigada. Vão indo todo mundo, que o show desses "garotos" já acabou, obrigada por comparecerem. - Os vizinhos estavam dando meia volta e voltando para suas casas, enquanto Victor e Dutra discutiam. Me virei para os dois. - Pronto, agora vai cada um para um lado e parem com essa porra de infantilidade. - Falei.

- Mas eu quero falar com você. - Victor insistiu sério. Nunca abrindo mão do seu o jeito bad boy.

- Mas ela não quer falar com você. - Dutra decidiu por mim.

- Cara, você já experimentou transar? Essa sua virgindade está te deixando muito nervoso, relaxa e pega umas minas. - Nossa, olha quem falando, Victor Santos, o garoto mais nervoso que eu conheço. Mas ele falou aquilo apenas para implicar.

- Eu não sou virgem, cara. Comi sua mãe, lembra? - Porra, agora o bagulho ficou sério. Vi Victor mudar sua expressão suave, para o VERDADEIRO Victor.

- O que você disse, seu cuzão? Repete, quero ver... - Victor disse.

- Comi sua mãe. - Dutra repetiu, e então, Victor partiu para cima dele e os dois se embolaram novamente, que inferno de vida mesmo. Eu já estava quase desistindo, poderia deixar os dois se matarem ali mesmo e, boa ideia, virei as costas abrindo o portão de casa para voltar aos aconchegos da minha linda cama. Deixei eles lá, eu já estava ficando com muita raiva e daqui a pouco seria nós três o na tal pauleira.

Havia uma uma mensagem de meu pai dizendo que ele "dormiria no escritório"... Dormir no escritório? Mas que merda de vida, falei comigo, jogando o celular em um canto qualquer do sofá. Ouvi o barulho da porta se abrindo e logo Cindy entrou, droga, não podia piorar...Ela estava com uma calça branca super justa, que dava até para ver seus órgãos, uma blusa vermelha justa também e um salto que deixava ela com 3 metros de altura mais ou menos...Sem contar a maquiagem extremamente exagerada, do tipo "sou vadia".

- Oi pirralha, a janta já está pronta? - Ela perguntou e eu ri ironicamente.

- Quem deveria cozinhar para mim era você, até porque você está na casa da MINHA mãe.

- Que Deus a tenha. - Ela debochou. -Mas agora...eu mando aqui.

- Não sonha, Cindy...Um dia sua máscara cai. - Falei.

- Deus o livre minha máscara facial cair. - Ela disse massageando o rosto. - Imagina só, eu cheias de rugas. Não consigo nem pensar. - "Oi burrice" pensei comigo. - Então pirralha...Já que você não fez minha janta, pode deixar que eu vou sair para comer fora. - Isso foi um pretexto para ela pular a cerca e meter vários chifres em meu pobre pai. - Ah, depois vou para a casa da minha querida vó. - Mentira. - Só volto amanhã.

- Você vai é pro seu ponto que eu sei. - Impliquei.

- Olha o respeito, pirralha. - Ela disse.

- Desculpa, é que eu não consigo ver a diferença entre você e uma prostituta.

- Falei, enquanto pegava uma maçã e a mordia. Cindy ficou vermelha, mas ela não disse nada, apenas foi até a porta e saiu. Vá pela sombra. Na verdade, eu queria que ela fosse pelo sol e tivesse um câncer de pele bem forte, mas estava noite.

E era nessas horas que eu me sentia a pessoa mais solitária do mundo, fui para o meu quarto, mas o sono eu já havia perdido. Apenas me joguei de qualquer jeito na cama e viajei para outro mundo, e sem querer, vi Victor nesse outro mundo. Droga, não, nunca. Sacudi a cabeça tentando fugir daquilo, eu e Victor vivíamos em mundos completamente diferentes, ele estava fora de cogitação.

Tirei os fones, porque ouvir musica não estava dando certo e fiquei ali, no silêncio. Até ouvir um barulhão, tipo um estrondo, levante-me da cama praticamente voando e totalmente assustada. Abri a porta do meu quarto lentamente, indo devagar até o quarto de meu pai, pegando seu revólver de emergência. Fui passo a passo pelo corredor tentando fazer o mínimo de barulho possível, cheguei nas escadas e fui descendo de fininho, degrau por degrau com o coração quase saindo pela boca. Assim que cheguei no último degrau da escada, avistei algo, algo nojento...Eca...

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possessivo Onde histórias criam vida. Descubra agora