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Já era noite e eu apenas ficava observando os garotos para lá e para cá se arrumando para ir a tal boate. Eu já estava ficando com raiva novamente porque Victor me deixaria e mais raiva ainda porque ele transaria com outras. Fui até o se quarto batendo perna e abri a porta, Victor estava apenas de cueca.

- Eu quero ir. - Falei.

- Mas que porra, Sn. De novo? Já disse que não.

- Eu não quero ficar sozinha. - Disse cruzando os braços.

- Deus está entre nós. - Ele disse vestindo as calças.

- Por favor. - Disse chegando mais perto e dando dando leves beijos em seu peitoral nu, logo fui para os seus lábios. - Se você quiser eu finjo que nem te conheço.

- Ah, claro. Você vai chegar comigo, mas nem me conhece. Boa hein, Sn. - Ele debochou.

- Eu não quero que você fique com outras. - Abri o jogo, ele me olhou e riu.

- Mas eu vou. - Ele disse implicante. - Você já me teve demais.

- Ok, Victor. Mas você que sabe...Ou deixa eu ir, ou esquece isso. - Falei o prensando em mim violentamente, mordendo seus lábios e pondo suas mãos em minha bunda, vi seus olhos se perderem, ele avançou a fim de prolongar aquilo, mas eu não deixei. Saí do quarto, óbvio que Victor não se comoveria, ele tinha a mulher que queria e eu era apenas mais um brinquedinho. Voltei para a sala e liguei a televisão colocando em um programa qualquer. Meu celular tocou novamente, era meu pai, eu ainda estava puta da cara com tudo. Porém, preferi atender, pois lembrei-me do que Victor havia dito sobre ele colocar a polícia atrás de mim.

- Alô. - Disse indiferente.

- Sn, pelo o amor de Deus, diz onde você está. Volta para a casa, por favor.

- Para que? Para você me mandar pro Texas? Não. Eu estou muito bem.

- Sn...Desliguei em sua cara e respirei fundo, foi doloroso.

Tinha uma chamada de Júlia, talvez ela já estivesse a par de toda a situação, mas não liguei de volta, em breve marcaria um encontro com ela e lhe contaria tudo, eu precisava dela e sei que nessa situação ela me apoiaria.

- E aí, como eu estou? - Peggau disse aparecendo na sala e dando um giro, mostrando sua roupa, ele estava realmente um gato.

- Tá legal. - Eu disse fazendo pouco caso.

- Só legal? - Ele perguntou com descontentamento.

- Ok, você está super gostoso.

- Ah papai, agora eu gostei. - Ele disse risonho.

- Que putaria é essa aqui? - Victor surgiu do nada, parecia estar com ciúme do elogio que eu fiz pro Peggau.

- Que putaria? - Perguntei.

- "Você está super gostoso." - Ele disse me imitando.

- Mas Peggau está uma delicia mesmo, agora você... Hm...Deixe-me ver...Mesma coisa de sempre. - Amava irritar Victor, Peggau deu dois tapinhas nas costas de Peggau e saiu rindo.

- Ah é? - Victor disse. - Eu ia deixar você ir, mas você não quer sair com alguém que está a mesma coisa de sempre. - Dei um pulo do sofá ao ouvir aquilo.

- O que? Quem disse isso? - Me fiz de boba. - Você está lindo, gostoso, maravilhoso, Peggau não é nada perto de você.

- Eu ouvi isso, hein. - Peggau gritou e eu levei as mãos a boca. Victor riu.

- Vou me arrumar. - Saí rapidamente, mas antes Victor me puxou para um beijo, o qual eu correspondi feliz. Parei o beijo com um sorriso e fui me arrumar. Que roupa eu colocaria? Que roupa se colocava para ir à uma boate cheia de gangster importantes, ou pior, para chegar com gangsters importantes? Tirei todas as minhas roupas daquela mala, espalhando tudo em cima da cama, eu precisava de algo elegante para usar, porém eu não era muito de ir em festas.

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