AVISOS:
recomendação: observar se tem gatilho com assuntos listados abaixo:
• ABUSO DE MEDICAMENTOS
• USO DE DROGAS ILÍCITAS
• VÔMITO
✩
Acordou com a recepcionista te informando que era a próxima a entrar na consulta. Revirou os olhos mas agradeceu a moça e seguiu até a sala indicada. A verdade era que você não curtia muito terapia, mas bem, sua mãe era cheia de acordos, e um deles era que você tinha que continuar o tratamento.
— Olá, [Nome]! Como foi a semana? — A mesma coisa todas as quartas feiras. A terapeuta te encarava com um sorriso que chegava a ser engraçado para você.
— Muito cansativa, como sempre — Respondeu se sentando, e assim seria mais uma sessão, cinquenta minutos falando de sua vida nada interessante.
Quando o tempo finalizou, você agradeceu aos céus e saiu da sala, indo agora para a psiquiatra.
Assim que chegou no andar certo e entrou na recepção, entregou tudo que era necessário para a recepcionista e se sentou, que um tempo depois, a médica te chamou.
Horas passaram e você agora estava indo embora com as receitas encaminhadas pela psiquiatra. Quando saiu do prédio, andou em destino da farmácia, onde conseguiu todos os remédios antidepressivos e ansiolíticos. Suspirou olhando eles e caminhou até a estação de metrô, na espera do seu. Suas últimas semanas estavam paradas e monótonas graças a faculdade, não dormia e comia direito, não tinha tempo para sair, ficava em casa resolvendo os assuntos pendentes da faculdade, fumando e se drogando. Sua cabeça doía e seus olhos lacrimejavam instantaneamente. Carregava um vazio profundo no peito que não conseguia distinguir o que era. Tinha a impressão que o efeito das drogas estavam passando mais rápido. Você queria muito que isso passasse, mas mesmo assim não passava. Uma das piores partes da depressão é que, mesmo sabendo que você está deprimido, você não consegue se impedir de ficar pior.
Limpou os olhos com a manga do moletom e continuou de cabeça baixa. Ansiava pela chegada do metrô, aquele lugar já estava deixando-te totalmente desconfortável. Parecia que todos ao redor lhe julgavam sem parar. Balançava a perna num tique nervoso enquanto roía as unhas. Essa merda de metrô, você praguejou. Entretanto, em minutos o transporte chegou, fazendo você se sentir um pouco aliviada.
[...]
Quando chegou em casa, ligou para sua mãe explicando tudo sobre os medicamentos, sua mãe era rígida nesse quesito. Assim que desligou, procurou pela aqueles pacotes que conseguiu com Aslan, pegando o potinho que continha a erva, mas também em outro lugar, pegou o dichavador, a piteira e a seda.
Você dichavou colocando a seda fazendo todo o procedimento. Não estava muito bom, em compensação dava pro gasto e para fumar muito bem. Pegou o isqueiro e acendeu o baseado, dando uma longa tragada, sentido os pulmões junto com o corpo relaxando. Fumava sentada na varanda, estava necessitada. O tempo estava nublado e a temperatura parecia cair graças a chuva iniciada a pouco tempo. Uma certa ventania balançava seus cabelos. Às vezes você tinha a impressão que o clima mudava de acordo como você estava se sentindo. Hilário.
O dia mal tinha começado e você já tinha odiado, mesmo sem motivo algum. Observava o movimento dos carros passando, mas com tempo já não se importava, porque seu corpo estava relaxado, e você estava completamente chapada. Parecia estar flutuando. Suas vistas estavam embaçadas, o que resultava em esfregar com a cabeça dos dedos.
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𝐀𝐏𝐎𝐂𝐀𝐋𝐘𝐏𝐒𝐄 , pieck finger
Fanfic𝗲𝗺 𝗮𝗻𝗱𝗮𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼; quando você estiver sozinha, eu vou chegar até você; quando você estiver se sentindo pra baixo, eu estarei lá também. Conhecer Pieck, definitivamente, não estava em seus planos. Muito menos, imaginar que algo tão profundo fo...