0.5 (Queima)

921 95 7
                                    

O festival de fogos de artifícios havia chegado e junto dele a ansiedade de não saber o que vestir. [Nome] revirava o próprio guarda-roupa à procura de uma vestimenta decente, entretanto, somente foi achado um kimono com pétalas de girassol como detalhes, portanto, desistiu e pôs ele sobre o corpo, após, calçou tamancos, estava delicada e adorável, com lábios pintados de rosa e um leve blush pelas bochechas dando vida para sua pele pálida. O namorado estava vestido com um kimono azul marinho, sapatos sociais nos pés e cabelos alinhados deixando somente uma pequena mecha na frente do rosto.

Ambos estavam graciosos e prontos para curtir os fogos e comer algumas coisas nesse meio tempo, jogar e beber até encherem as vossas barrigas, assim, para criar uma boa lembrança.

Estando preparados para irem, antes de partirem para o local, o celular da garota tocou irritantemente, tirando-a dos devaneios enquanto passava as palmas das mãos pela peça de roupa presente em seu corpo.

Era seu pai.

- Sim? - Ditou, correndo para pegar uma bolsa de ombro.

- Por que está ofegante? - Do outro lado do celular, o patriarca arqueou uma sobrancelha.

- Não começa, pai. Estou me arrumando para ir ao festival com meus amigos - Explicou, para acalmar a mente maliciosa do próprio pai.

Patrick, ainda desconfiado, suspirou aliviado, odiaria a ideia de ligar para a filha justamente quando estivesse tendo um momento íntimo com o "amado" genro. Seria extremamente desconcertante para ele.

- Ok, desculpa atrapalhar. Mais tarde irei ligar para você - Lamentou, tristemente, pois gostaria de ter uma palavrinha com sua filha.

- Ah, não atrapalhou - Trancou a porta de casa, em seguida percorrendo o caminho até o carro do casal. - Tchau, papito.

Desligou a chamada, logo entrou no automóvel e sorriu para o namorado, ele retribuiu - o sorriso - docemente. Partiram sem paradas desnecessárias, apreensivos para o festival excelente que estava prestes a começar.

Admitiram que desde o início, não tiveram interesse algum neste evento, mas com os dias passando manhosamente, desbloquearam uma vontade enorme de fazer parte daquilo juntos dos amigos queridos.

Quilômetros foram gastos, por fim, chegaram ao destino. Havia pessoas em grandes quantidades, com suas motos, carros e bicicletas estacionadas no local indicado. Havia também, barracas de bebidas e comidas, diversas variedades, eram cheirosas e pareciam ter gostos maravilhosos.

Ambos caminharam para longe do estacionamento, procurando Emma e Ken perdidos na multidão suada e contente, movidos pelo entusiasmo do povo alegre.

Jogaram-se de cabeça no redemoinho, sendo engolidos carinhosamente pelos cidadãos de bem. Contemplando a genuína harmonia e paz exterior, somente afundados no prazer atual, que era aproveitar este momento festivo.

- Animado? - questionou, vendo os olhos brilhantes do namorado.

- Não - Virou o rosto após perceber que estava expressando demais o que sentia.

A lua resplandecente, clamorosa, bela por demais; brilhava no céu, tendo as estrelas como companhia, ajudando-a na missão de anular tristeza e solidão naquela noite fodidamente boa. Os ventos do Norte balançavam os cabelos bagunçados pelas danças desgovernadas dos sopros gélidos, causando cócegas e calafrios gostosos de sentir.

Emaranhavam um no outro enquanto atravessavam labirintos de corpos elétricos, sentindo a energia positiva exalando. Deixaram de ser andarilhos divagantes quando acharam o casal, que jogavam tiro ao alvo numa barraca comum.

- Hey! Vejo que estão entretidos - [Nome] abordou ambos, chamando suas atenções.

- Saca só nessa sacolinha - O de fios negros trançados, mostrou um saquinho branco com a logo da barraca, esta cheia de balas de diversos sabores e cores.

Kisaki resmungou baixinho, fechando a cara para o colega, sentindo-se desafiado por Ken. Portanto, pôs-se a jogar junto com ele, na procura de ganhar muitas balinhas, quantidade generosa que ultrapassasse os ganhos alheio. Enquanto isso, as moças observavam os namorados, comentando vez a outra sobre a disputa besta que estavam travando.

Próximo do horário marcado, o quarteto saia de uma barraca que servia pastel, comiam apressados para verem os fogos que começariam seus estouros em poucos minutos.

Marcava onze e cinquenta da noite, faltava pouco para a queima acontecer.

[Nome] puxou Kisaki para uma parte vazia do local, chegaram antes de mais pessoas acharem a localização e acomodarem-se no chão gramado.

- Vai começar! - Emma chega junto de Draken, puxando-o como uma boneca de pano.

Assim, após a afirmação da estudante de medicina, o céu fora clareado em tons coloridos e fortes, proporcionando brilhos graciosos nos olhos do povo japonês enquanto todos suspiravam de paixão pela bela visão.

Tetta apertou firmemente os dedos pequeninos da parceira, transmitindo calor para os membros gélidos, sentia o friozinho da noite e podia-se ver a pele arrepiar todas às vezes que este atingia ela, sem piedade.

- Daqui a pouco passa - Falou, abraçando-a com carinho, para passar um pouco de calor corporal e espantar o frio.

Ela sorriu, envergonhada, suspirou e encostou a cabeça no tronco do homem, sentindo o cheiro masculino inundar o olfato.

A mão livre da garota foi posta no chão gramado, apertando de vez em quando o verde natural, descontando levemente a animação que sentia ao ver os fogos junto do namorado, a quem deu-lhe o coração com tanta vontade.

Porventura, ou tristeza, após os fogos o silêncio reinou no local, no entanto, as pessoas começaram a conversar sobre a noite esplêndida que tiveram, em comunhão uns com os outros partiram para suas residências, voltariam a viver vossas monótonas vidas novamente e, ansiando por uma próxima vez.

- E então, pode dizer-me o que achou do festival? - Silêncio foi quebrado por [Nome].

- Seria ruim se você não estivesse comigo aqui, aproveitando cada segundinho ao meu lado - Beijou-a lentamente, provocando uma leve vergonha na expressão da moça.

Andavam lado a lado, de mãos dadas, dedos entrelaçados e corações em sincronia, ouvindo os sons da noite entrando nos ouvidos aguçados. Os corpos colados proporcionam calor para ambos.

Um miado fora escutado, era fraco e rouco, Kisaki largou a mão da parceira e foi em busca do chiado sofrido.

Minutos depois, voltou com um pequeno felino nos braços. Sua coloração cinza reluzia na grande lua presente no céu.

Os olhos amarelados observavam os passos do homem, atentamente fixava-os nas pernas ágeis, querendo descer das mãos masculinas e fincar as unhas no tecido maleável da roupa comprida.

- Achei um gatinho! - Chegou, mostrando o animal como se fosse um precioso troféu.

[Sobrenome] riu e balançou a cabeça negativamente, achando graça da fofa animação do amado.

- Ok, velho dos gatos. Vamos embora.

Tetta passou o filhote de felino para os braços femininos, caminhando ao lado dela, seguindo o rumo até onde o carro estaria estacionado.

Durante o tempo em que o gatinho ganhará leves carícias no pelo macio, constatou que havia adotado uma nova família para chamar de sua.

THE GOOD BOYFRIEND Onde histórias criam vida. Descubra agora