Desviando dos Ataques

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Pov. Chaeyoung

Foi difícil pensar em alguém para adotar temporariamente Sohui, sabemos que é uma grande responsabilidade ter a guarda de uma criança.

Mas, assim que Minari se lembrou da vovó dos pianos, meu coração acelerou como se tivesse a certeza que essa seria a pessoa certa para cuidar de minha pequena Son.

Assim que o nome de D. Akemi foi lembrado, minha rainha de gelo e eu, fomos até sua casa. Meu coração batia desesperado em um misto de esperança e preocupação. Mina tentou me acalmar da forma que foi possível, mas era inevitável, eu sabia que ela seria nossa última chance, era tudo ou nada.

Por incrível que pareça, assim que conheci a doce senhora, tive a certeza de que tudo daria certo. Depois de tomar café comendo seus biscoitos deliciosos, Mina começou a explicar a situação, detalhe por detalhe. Contou sobre os dias que foi trancada em seu próprio quarto, sobre a situação de sua mãe, a traição de Koji e seus ataques, detalhadamente, sem esconder nada.

A senhora simpática ficou horrorizada com tudo que ouviu, ainda disse que foi avisada que Mina não teria mais aulas pelo próprio Koji, que garantiu que tudo estava bem e que minha rainha de gelo estava em um colégio interno na Suíça.

Após uma longa conversa, D. Akemi concordou em pedir a guarda de Sohui temporariamente, até mesmo ofereceu um dos quartos de hóspedes para Minari, que não pensou duas vezes em aceitar.

Depois de tudo certo, deixamos combinado de nos encontrar pela manhã, para irmos até o orfanato, falar com o diretor Jihoon e ver como iniciar um processo de adoção por tempo determinado.

- Bom dia! - falei entrando na cozinha de tia Bora

Seus filhos me ignoraram e se levantaram, pegando o que comiam para terminar em outro lugar, já tia Bora preparava algo em silêncio no balcão próximo a pia.

Apenas fitei o relógio, peguei uma maçã e caminhei em direção a porta. Assim que abri, dei um pulo e me engasguei ao ver parada na frente uma mulher elegante, terninho preto e pose de autoritária. Tentei a cumprimentar, mas tive um acesso de tosse por causa da maçã que parou na garganta.

Nesse exato momento tia Bora apareceu na sala.

- O que é isso Chaeyoung, está morrendo? - questionou devido a crise que estava tendo

Não tive tempo de responder, Bora viu a
mulher parada em frente a sua porta e se
aproximou com sorriso falso no rosto.

- Posso ajudar? - questionou

- Bom dia! Acredito que seja Son Bora. - falou a mulher ajeitando seus óculos - Me chamo Lee Chaerin, sou do juizado de menores, tenho algumas perguntas, posso entrar? - questionou séria

Senti minhas pernas ficarem trêmulas, engoli em seco com medo da reação de minha tia. Mas sem demora ela deixou o sorriso mais largo e abriu totalmente a porta dando passagem a mulher.

- Fique a vontade Srta. Lee, gostaria de um chá? Café? Suco talvez? - perguntou tia Bora levando a mulher para o sofá

- Não obrigada, só preciso de algumas respostas mesmo. - comentou me fitando - Você é Chaeyoung? - perguntou agora com um sorriso, franzi a testa e limpei o suor das mãos, tentando não demonstrar meu nervosismo.

- Isso! É um prazer Srta. Lee! - falei apertando sua mão

- Pode me chamar de CL. - falou simpática - Vi que estava de saída, poderia ficar um pouco mais? - pediu fazendo um gesto para eu me sentar, ao lado de tia Bora

Apenas assenti com a cabeça e me aproximei do sofá, sentando ao lado da tia interesseira, que não levou um segundo para segurar minha mão e sorrir pra mim.

A Princesa e a Plebéia (Adaptação Michaeng)Onde histórias criam vida. Descubra agora