{Cap 8°} Uma menininha rebelde dentro de casa

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Pov's Maiara

Toquei a campainha depois de quase dez minutos na porta, tomando coragem para um simples ato.
Fechei os olhos pedindo a Deus que dê tudo certo, e que eu consiga esse emprego.

- Moça?- ouvi uma voz masculina ecoar em minha cabeça.

Abri os olhos e um homem alto, de cabelos e olhos castanhos, pele bem branquinha, dentro de um terno, e com uma gravata que não combinava nem um pouco, sem falar na beleza natural desse homem, ele exala masculinidade, e eu posso sentir, não só isso, como também o cheiro do teu perfume amadeirado.

- Por acaso você se chama Maiara Carla Henrique Pereira?- perguntou torcendo a boca.

- Sim! sou eu.- Não sei de onde tirei coragem pra responder. Melhor do que ficar calada, parecendo uma retardada, como eu geralmente fico.

- Entre- O mesmo me deu espaço.
Entrei no apartamento, e passei a observar tudo.- Eu achei que não vinha mais...tá atrasada.

- Aí meu Deus! Me desculpa, eu demorei pra achar o condomínio, ainda passei um bom tempo tomando coragem pra tocar a campainha....mil desculpas, por favor, eu não devia ter me atrasado e....- Ele me interrompeu.

- Tudo bem Maiara! Não tem problema se atrasar, eu me atrasei hoje pro trabalho- Usou á si mesmo como exemplo.

- De qualquer jeito, me desculpe.

- Sente-se e não repare a bagunça, eu tenho uma menininha rebelde dentro de casa- rs- Vamos começar.... nada muito formal, eu quero apenas te conhecer.- Eu assenti com a cabeça- Se apresente.

- Meu nome é Maiara Carla Henrique Pereira, eu tenho vinte e dois anos, não tenho experiência em trabalho com criança.
A verdade é que eu não precisava trabalhar.

- Sua fala é um pouco diferente, acredito que você não seja de Sampa?- perguntou.

- Eu sou de Goiânia. Nasci e me criei lá, meus pais tinham uma padaria, eu sou filha única. Se eu conseguir ficar, esse vai ser meu primeiro emprego.
Eu nunca precisei trabalhar, até que a realidade me atingiu com um soco no estômago- Sorri amarelo.

- Conte mais Maiara- Me incentivou.

- Tudo corria normal, eu acabava de terminar os estudos, minha única amiga tinha acabado de vir tentar a vida aqui, e eu estava prestes a completar dezoito anos, quando meu pai faleceu de infarto.

- Eu sinto muito- Pelos seus olhos, eu pude ver que ele realmente sentia.

- Minha mãe resolveu vender a padaria, ela não consegueria trabalhar na padaria sozinha, e eu não podia ajudar. Entendi ela vendeu o estabelecimento, e investiu em uma empresa.
A gente tava vivendo bem, até que ela descobriu o câncer, e já era tarde demais.
Minha mãe faleceu tem dois anos, e eu fiquei totalmente sozinha no mundo. Eu não posso contar com a família da minha mãe, e a do meu pai,  eu nem conheço. |💛

Não se esqueçam da ⭐ isso me ajuda muito mesmo.

Até o final Eu e Você {Maioto}Onde histórias criam vida. Descubra agora