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『Oi pessoas, 

eu sei que não tem muita gente lendo, mas eu estou escrevendo porque né, escrever é uma santa terapia. 

Esse capítulo é focado no Ares, que é meu personagem preferido e que eu espero que caia no gosto de quem está lendo também. O capítulo não foi betado, então os erros são minha culpa mesmo. 

Para quem estiver por aí, comentários me fazem feliz. 

Boa leitura! 』 


Ares fechou a porta da própria casa, praguejando internamente enquanto segurava uma camiseta suja contra o pulso esquerdo machucado, que gotejava sangue por aí cada vez que ele tentava parar de aplicar pressão.

Ele honestamente odiava fazer pactos com demônios menores, porque era sempre isso que acontecia: eles vinham, pegavam o sangue que queriam e nem se davam ao trabalho de fechar a ferida, para te largar sangrando por aí e ver se – quem sabe – você não terminava a noite morto por uma idiotice.

Deveria ter pensado melhor antes de ficar ansioso para ir embora, mas o quê ele poderia fazer quando Kiev estava teoricamente logo atrás de si, indo na direção da base militar da Praia dos Ossos e mesmo assim, nunca apareceu lá? Claro, Ares não percebeu isso logo de cara, porque assim que chegou, o caos do momento o engoliu completamente, com pelo menos trinta ou quarenta sobreviventes lutando pela própria vida na água do mar, mas eventualmente a falta do Rawblood se fez sentida e ele começou a procurá-lo como um idiota.

Os sobreviventes do naufrágio eram gente inocente, gente que provavelmente só estava dentro daquele navio desgarrado para trabalhar e pagar as contas. Gente que não merecia morrer, mas que os moradores daquela ilha tinham o dever de impedir que entrassem nela; que descobrissem sua existência, que balançassem seu equilíbrio, especialmente agora que a ilha estava com 8887 habitantes e bastava dois sobreviventes desgarrados conseguirem entrar em Gehenna para que nem mesmo o preço pago por suas almas fosse o suficiente para impedir o desequilíbrio.

Veja bem, o máximo de habitantes humanos daquele lugar era 8888, um número sagrado de equilíbrio angelical e para ter a certeza de que ele nunca seria extrapolado, sempre que uma mulher entrava em trabalho de parto e eles se encontravam no limite de almas que a ilha poderia comportar, o membro mais velho da comunidade precisava ser sacrificado.

Era assunto sério, coisa de vida ou morte, porque se eles falhavam, se permitiam que as coisas se desequilibrassem, não era só os moradores de Gehenna que pagavam, era a porra do mundo. Um mundo cada vez menos supersticioso e menos temente, que não sabia lidar com mais nada que o inferno tinha a oferecer. Havia cada vez menos exorcistas no Vaticano. Cada vez menos pessoas que cediam seu tempo e esforço para ajudar almas perdidas a encontrarem a luz antes de elas se tornarem demônios.

Eles não tinham a menor capacidade de lidar com um momento de desequilíbrio de Gehenna hoje em dia. Já era difícil antigamente, mas hoje seria—

Bem, não importava.

O que importava era que esse desequilíbrio não aconteceria, porque eles mataram cada um dos sobreviventes que conseguiram escapar do navio cargueiro, deixando seus corpos boiarem na água e serem possivelmente consumidos pela vida marinha de lá, pelo menos até o dia seguinte, quando os soldados poderiam sair de dentro da base militar novamente e retirá-los do mar para que fossem cremados.

Mas Kiev não estava lá.

Ares não era burro, muito menos fácil de enganar e ele sabia que o melhor amigo não andava bem depois da morte de sua mãe. Porra, foi uma besteira; um descuido que custou muito caro e acabou com a saúde mental do Rawblood, porque ele se culpava por aquela merda como mais nada no mundo.

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⏰ Última atualização: May 12, 2022 ⏰

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