Cobranças Do Destino - Obidei

08

- e-eu não posso prometer nada, Obito. Meu coração não tá bem para continuar aqui, eu não tô psicologicamente bem para continuar aqui...- não quis mentir sobre isso. Não tinha por que mentir.

Apesar de tudo, não gostava de fazer promessas e de não cumpri-las.

- me de uma chance de mudar seu pensamento sobre isso tudo. E-eu vou chamar alguns psicólogos super renomados aqui no castelo amanhã mesmo, vamos resolver sua saúde mental e vamos acalmar seu coraçãozinho, pequeno. Podemos ter a vida perfeita, podemos ser a família perfeita. Eu, você, nosso bebê...

Não falou nada. Deidara preferiu ficar em silêncio do que tentar convencer Obito de que não podia mais ficar ali se quisesse ter paz.

Não conseguiria mais olhar para outras ômegas por saber que a maioria delas já dormira com o alfa, não conseguiria criar um bebê no mesmo local onde foi tão rejeitado e maltratado, não conseguiria ser feliz onde teve seu coração moído diversas vezes.

- meu amor, fugir não é uma boa opção. Não fuja de mim, não vá embora como um fugitivo, não vai valer a pena. - o moreno beijou seus ombros delicadamente e acariciou suas costas e seu quadril.

- Obito, vamos sair desse assunto. É o primeiro dia que sou tratado igual gente, então não me deixe ainda mais triste...- o loirinho pediu com a voz embargada e o Uchiha sentiu vontade de chorar novamente.

Ficou em silêncio. Não sabia como reagir, como agir, o que falar, como falar. Tudo parecia tão difícil e tudo era sua culpa.

Era só ter demonstrado afeto por ele. Era só tê-lo beijado desde o início, tê-lo acariciado e tê-lo tratado bem. Deidara não iria se sentir tão...triste se fosse bem tratado desde que começaram com aquilo tudo.

- e-eu posso te limpar? - questionou baixinho e delicado e o mais novo se surpreendeu. Nunca pensou que Obito pediria tão delicadamente para limpar seu corpo. - deve ser ruim fazer isso com seus dedos porque eles são muito pequenininhos...

Mesmo relutante, o ômega permitiu que ele o fizesse e, em seguida, sentiu seus dedos lhe penetrando e tirando todos os últimos resíduos de esperma da maneira mais lenta e delicada possível. Enquanto o fazia, o moreno beijava seus ombros e usava a outra mão para lhe acariciar.

- eu te amo...- murmurou baixinho e Deidara respirou fundo.

- eu também te amo e não gosto de falar isso...machuca tanto...

- eu sei que machuca, meu pequeno. Mas nós vamos resolver tudo isso juntos, vamos fazer isso juntos. Eu sou seu alfa e você é meu ômega e eu juro que nada do que eu fiz vai voltar a acontecer. Agora somos um casal...

Obito queria acreditar que ficariam juntos e resolveriam aquilo como um casal, mas sabia que estavam bem longe daquela realidade e era o culpado por isso. Tinha toda a porra da culpa!

- Dei, se você fugir, não vai ser bom para ninguém. Eu infelizmente vou ter que mandar tropas atrás de você porque você vale muito mais do que pensa. Eu não quero te perder, eu não quero que você suma de perto de mim. Se você quer um tempinho para descansar sua mente, eu te mando para um palácio afastado no país da grama e lá você vai ter tudo que pode querer e vai ficar longe de mim, mas não me deixe, não fuja.

- s-se você me ama de verdade, para de entrar nesse assunto. - dito e feito: Obito se calou totalmente e apenas o segurou com mais força.

- não duvide do meu amor mesmo que eu tenha deixado várias lacunas para desconfianças. Sei que eu não sou um bom alfa, sei que eu sou um filha da puta com você, sei que eu te machuquei, mas meu amor por você é verdadeiro e eu sou disposto a até dar a minha vida pela sua felicidade. - ele roçou os dentes pela marca em seu pescoço e logo subiu até seu lóbulo, onde mordeu levemente e lhe fez se arrepiar por completo.