14- Eu sinto muito.

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O vidro temperado quando cai no chão se torna quase um pó, não fica nem um pedacinho de vidro inteiro para contar historia, e talvez seja dessa forma que sentimos nosso coração ficar quando acabamos sendo magoados por alguém, e acredite, é horrível! 

O universo é um tremendo filho da mãe, porque ele nos faz criar expectativas em nossa mente, nos faz criar cenas fofas e legais, faz a gente ter sorrisos bobos, e no fim joga a realidade na nossa cara e essa é a pior parte da fase amar, por esse motivo devemos mesmo deixar de acreditar no amor? Será que se fôssemos uns completos filhos da puta e não ligasse para o que os outros sentem por nós, eles nos dariam mais valor? 

As pessoas são burras, sim são extremamente burras quando se trata de amor, porque se conta nos dedos quem valoriza alguém enquanto as tem em seus braços, porque muitos por ai a fora só dão valor quando perdem, e é nessa horas que a gente diz a nós mesmos o famoso bem feito... 

Então é sempre bom a gente valorizar as pessoas enquanto elas estão ao nosso lado, é sempre bom a gente falar a verdade por mais dolorosa que seja, para que no fim se algo der errado ninguém saia ferido.

-Ele está com febre.

Jinsoul disse enquanto tocava o rosto de Jin, depois de todo o ocorrido o ômega acabou passado mal e por fim ligou para Jinsoul pedindo por ajuda, e a ômega rapidamente foi até a casa dele, no caminho ela ligou para Jimin para falar sobre o mais novo, e Park pediu para que ela lhe deixasse informado sobre o estado de saúde dele. 

-Ele não falou nada o porque de está assim? 

Jimin perguntou do outro lado da linha na chamada. 

-Acho que é febre emocional parece que o lobo dele está triste, por um momento ele apareceu para mim, e não parecia bem. 

A médica disse observado Jin dormir. 

-O que será que aconteceu? Olha eu vou pedir pra minha mãe ir até você, eu não sou bom nessas coisas mas ela é ótima em cuidar de alguém doente, não que você não seja.

Jimin disse fazendo a ômega rir. 

-Mas você ainda tem consultas por hoje então não quero ocupar demais o seu tempo, aguarda só um pouco que eu vou ligar para a mamãe ok? 

Jimin perguntou um tanto preocupado com Jin. 

-Tá, sem pressa.

Ela respondeu simples e em seguida Jimin desligou a chamada. 

{ººººººº}

Park ligou para sua mãe e pediu para que ela ficasse com Jin pelo menos por hoje, e Anna não pensou duas vezes e correu para a casa de Jin para cuidar dele.

-Jimin, cheguei. 

Jungkook disse adentrando a casa e Park sorriu ao ouvir a voz do alfa. 

-Estou na cozinha, anjinho. 

Jimin disse em voz alta para o mesmo ouvir, Jungkook trabalha das sete da manhã ao meio dia, pelo fato de ainda ser de menor ele trabalha meio período, assim não fica tão cansativo para si. 

-Oii anjinho, como foi seu primeiro dia de trabalho? 

Jimin perguntou abraçando o alfa. 

-Foi tranquilo, meu chefe é bem legal, por falar nisso por que tem dois seguranças me acompanhando? Eles ficaram na cafeteria a manhã toda e me acompanharam até aqui.

Jungkook perguntou curioso, não tinha um expressão de raiva ou desgosto, era apenas uma expressão e olhar de curiosidade. 

-Estou apenas protegendo você anjinho, meu ex noivo é louco ele pode ir atrás de você, então por precaução eu coloquei um protetor e dois seguranças para ficarem sempre de olho em você. 

Jimin respondeu simples e o alfa nada mais disse. 

-Vou tomar banho, já volto. 

Jeon disse olhando para Jimin que apenas concordou, ele deu um beijo na testa do ômega e subiu as escadas. 

Depois de um tempo, Jungkook desceu as escadas já devidamente banhado vestido em uma bermuda e uma blusa regata deixando expostos os músculos pequenos em seus braços, o verão já se faz presente na cidade então nada de roupas quentes demais por enquanto. 

Jimin serviu a mesa para enfim almoçarem, estava um silencio e tanto, mas não chegava a ser desconfortável, porém Jimin quebrou esse silencio quando decidiu abordar um assunto com o outro.

-Anjinho.

Ele chamou pelo mais novo, fazendo a atenção que Jungkook tinha em seu prato ir para si. 

-Sim? 

Ele perguntou dando um gole no suco de abacaxi. 

-Você nunca me disse, como chegou em seus pais adotivos, Bom se não quiser falar tá tudo bem, mas eu sou um tantinho curioso sabe? 

Jimin disse rindo junto ao alfa. 

-Bom hyung, tudo que sei é que meus pais biológicos morreram em um acidente de carro e eu fui levado para um orfanato, com poucos dias que cheguei lá meus pais adotivos apareceram e ao me ver entraram com o pedido de adoção, pelo que a minha mãe disse ela engravidou antes de me adotar, porém ela perdeu o bebê e acabou não podendo engravidar novamente, então tiveram a ideia de adotar uma criança que por sorte a criança fui eu. 

Jungkook disse de forma calma. 

-Sua mãe deve ter sido a mulher mais feliz do mundo tendo um filho como você. 

Jimin disse risonho. 

-Ela era uma mulher incrível hyung, pena que sofreu muito nas mãos de meu pai, ele não parecia amar ela sabe? Eles brigavam muito e meu pai sempre foi um viciado em jogos de apostas e isso era o que deixava minha mãe chateada, ele mentia dizendo que ia parar, e quando a gente começava a confiar nele tudo ia por água abaixo.

Jungkook disse com o olhar um tanto perdido, como se estivesse lembrando de cenas passadas. 

-Minha mãe ficou estranha por um tempo sabe? Ela se calou, se isolou e eu não pude fazer nada pra ajudar ela, porque no fim o único motivo por ela estar daquela maneira era meu pai, e em uma noite que cheguei da escola as luzes de casa estavam apagadas, o que pra mim foi estranho porque minha mãe sempre esperava por mim sentada no sofá com uma tigela de pipocas caramelizadas em mãos e assistindo um filme qualquer, mas naquela noite ela não fez isso.

Jungkook deu uma pequena pausa, ele deu mais um gole no suco para enfim continuar.

-Eu fui até o quarto dela e abri a porta devagar pois achei que ela e meu pai estivessem dormindo, mas meu pai não tava ali e minha mãe também não estava deitada, foi quando eu vi uma água avermelhada surgir no quarto vindo do banheiro, eu me assustei ao ver aquilo e fui devagar até lá, e quando abri a porta vi minha mãe já sem vida dentro da banheira que derramava água pelo fato da torneira está aberta, os pulsos dela estava com cortes fundos e ela estava vestida com o pijama preferido dela, eu fiquei apavorado e gritei por ela mesmo sabendo que era em vão eu me ajoelhei e chorei, chorei porque eu tinha perdido a única mulher que eu amava, é uma dor que eu não desejo nem para o meu maior inimigo hyung. 

Jungkook disse deixando algumas lagrimas caírem, então Jimin levantou e foi até o alfa afastando a cadeira do mesmo e sentando em seu colo logo o abraçando forte na tentativa de lhe consolar. 

-E-eu sinto muito anjinho, eu imagino o quão doloroso foi pra você presenciar tudo isso.

Jimin disse enquanto o alfa soluçava em seus braços. 

Unidos Pela Máfia (ABO) (Jikook)Onde histórias criam vida. Descubra agora