[EM ANDAMENTO] Jeon Jungkook é um empresário bem sucedido, dono de uma das maiores editoras de livros da Coréia do Sul.
Em busca de sossego, o empresário decide se mudar para um bairro residencial mais reservado na grande cidade de Seul.
Entretant...
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Eu estava a caminho da empresa. Taehyung no banco de passageiro escolhia no meio de sua playlist alguma música que nos ajudasse a encarar a semana e relaxar, principalmente porque dentro de algumas horas aconteceria a reunião com meu pai.
Eu torcia para que a escolha da vez fosse diferente, mas quando o som ecoou por todo o carro, logo a reconheci: Miley Cyrus.
O ruivo era grande fã da artista e sempre passava bons minutos selecionando sua música da semana para no final escolher a mesma de sempre: Party in the U.S.A.
No final das contas, eu nem reclamo mais, apenas entro na vibe animada do mais novo e até me arrisco a cantar o refrão da música como se de fato estivéssemos em uma viagem nos Estados Unidos, conhecendo lugares novos e aproveitando festas. E é de fato onde eu gostaria de estar, mas querer não é poder.
Duas quadras antes da empresa, a música cessou e foi automaticamente substituída por um instrumental calmo de jazz. É como se a própria rádio nos puxasse de volta à realidade e dissesse, "Olha, agora é hora de trabalhar e de enfrentar os seus problemas".
Adentrei no prédio da empresa e manobrei até a vaga reservada para mim. Taehyung desligou o rádio e me fitou, retribuí o olhar no mesmo instante, e o mais novo tocou meus ombros dizendo que ficaria tudo bem, finalizando com um sinal de Fighting com o punho. Sorri e assenti ainda me sentindo receoso, mas logo saltamos do carro.
Só existe um momento do qual eu transbordo extrema confiança, e é exatamente agora, subindo o elevador para passar entre as mesas e setores. Assim que a campainha anuncia a chegada do andar e a porta de metal se abre, funcionários se curvam em sinal de respeito e cumprimento à medida que eu passo entre eles. Alguns são pegos de surpresa e levantam-se rapidamente já que a visita é inesperada.
E assim que entro no corredor que me leva até minha sala, ouço os murmurinhos começarem. “Ele não havia se mudado?”, perguntou uma das funcionárias e a que estava ao seu lado, respondeu: “Sim, mas ele ainda é o chefe, com certeza aparecerá sempre que puder”.
E ela está certa, se existe algo que eu amo de maneira sincera é a nossa Seoul Book Planet Company, apelidada carinhosamente por nossos leitores de Editora Planetária.
Meus pais batalharam muito para que a empresa alcançasse o patamar de multinacional. Tudo começou com vendas de livros infantis ilustrados por mamãe, depois contratos simples com alguns colégios de Seoul que adoraram os conteúdos dos contos, logo conseguimos ingressar no mercado e nos tornamos conhecidos. É uma mistura de sorte e esforço do qual eu preciso também ter para conseguir administrar tudo.
E também uma grande pressão, afinal, todas as expectativas estão sobre mim o tempo todo e tenho medo de não conseguir alcançá-las. Já começa pelo combo da minha sexualidade omitida da família e o chapeleiro maluco preso no espelho do meu quarto.
Interrompendo minha vibe de gay triste, ouço batidas na porta poucos segundos depois de me sentar e refletir sobre a vida. Ajeitei a postura rapidamente pela possibilidade de ser papai já que temos uma reunião marcada, e grito logo em seguida um “entre”.