Dandara estava em sua mesa quando recebeu uma chamada para uma cena de crime. Em detrimento de sua surpresa, fazia meses que seu chefe Alex não a convocava para assumir um caso realmente bom. Desde que outro detetive fora contratado para o escritório, Dandara mostrara-se cansada de ficar com casos de crimes que até mesmo sua sobrinha de cinco anos fosse capaz de desvendar. Ela almejava ação, buscava um caso que a deixasse de cabelo em pé, evidentemente, pois queria provar do que era capaz. Afinal ela era uma detetive, e prezava por sua competência.
Quando chegou ao local do crime, em uma mansão enorme, ela foi andando em direção à entrada da casa quando seu chefe a abordou com olhos semi-cerrados e uma expressão convidativa.
- Olha, Dandara, isso aqui não é brincadeira. O presidente acaba de ser assassinado, então, por favor, leve isso a sério. - O presidente... o suor correu entre a testa de Dandara, "como isso ocorreu?", pensou consigo, amendrotada e reflexiva.
Ela entrou na casa e logo de cara viu o corpo estava na sala coberto de sangue, repleto de vísceras e coberta por tamanha palidez, enquanto os olhos lúgubres miravam em direção a ela. Dandara enjoou e estava prestes a vomitar " foca, Dandara, foca " ela repetiu para si mesma. Vestiu-se com um par de luvas e começou examinar a cena do crime com cautela. Notou rapidamente janelas fechadas sem nenhum sinal de briga .
- Estranho - Deu um leve sussurro. Abaixou-se para ver o corpo melhor.
- O que você tem em mente? - perguntou Victor, um policial de perícia.
- Não há sinais de brigas nem janelas abertas, nada, tudo estava fechado. Não encontrei explicações plausíveis para como o assassino entrou e não sei você, mas caso uma pessoa acabe entrando na minha casa no meio da noite com uma faca tentando me matar, eu vou sei lá... correr, lutar pela minha vida, mas o que houve aqui... não há explicação.
- Mas também, veja que estranho: olhei os outros cômodos da casa buscando mais pistas. Ele não entrou por outro lugar. Logo, tudo estava fechado, sabia que tinha algo de errado nessa história.
- Tinha mais alguém na casa? - questionando-o de imediato.
- A esposa Wanessa, ela está lá fora - Dandara se levantou e foi direto falar com ela, a mulher estava recostada em uma viatura, em prantos, com uma expressão aterradora.
- Sra. Wanessa? - perguntou, enquanto se aproximava
- Sim - disse a Mulher gaguejando por conta do choro. Dandara sentiu-se com um peso enorme por conta do luto de Wanessa .
- Wanessa, sei que está assustada e com medo, mas eu quero realmente achar quem fez isso com seu marido, por isso, necessito que ajude-me. Conte tudo o que ouviu antes disso acontecer. - A mulher a olhou com tristeza mas falou.
- Eu estava no meu quarto quando a campainha tocou e, depois de alguns segundos, escutei um grito quando desci...- ela parou de falar por instante e voltou a chorar.
- Tudo bem, não precisa terminar... obrigada.
Dandara, rapidamente, pensou "então, o assassino não precisou exaltar-se. O presidente não abriria a porta para qualquer um... um conhecido, o assassino era um conhecido, concluiu. Voltou para dentro, olhando o corpo e percebeu algo estranho no pulso do homem havia um "x" como se alguem tivesse escrito com uma faca, não dava para ser a causa da morte, então.... aquela marca era para ser encontrada, o assassino gostaria de ficar conhecido por algo, ele necessitava ser ouvido. Dandara sentiu que haveria outras mortes, e que essa poderia ter sido a primeira, e com o chefe de estado... Sentiu-se sozinha ante um caso tão tremendo
Dandara voltou ao carro com uma certeza... teria mais mortes e ela faria o impossível para desvendá-las....
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Crimes Indistintos
Misterio / SuspensoPolicial Dandara uma mulher trans, negra, de 25 anos, atualmente ela é uma policial, igual seu falecido avô. Finalmente consegue um caso bom e misterioso para poder investigar, depois de um tempo recebendo caso simples de ser resolvido, mal sabia el...