No pequeno AP que um jovem casal casal dividiam, as luzes da entrada da porta ligaram e o som da trava sendo aberta indicava a chegada de um deles em casa.
Cansado com o seu dia de trabalho pesado Yuta tirou seus sapatos, deu uma olhada geral quando foi a sala notando a falta dos barulhos ou a recepção de seu namorado.
— Amor? Taeyong...? — chamava deixando seu casaco pendurado na cadeira
Procurou na sala e na cozinha ainda na esperança de uma recepção calorosa de sua paixão. Sem sorte. Nem na cozinha com talvez um jantar ele estava.
Não foi um motivo de desespero já que o silêncio permitiu o som do chuveiro sendo ligado. Yuta entrou no quarto e bateu na porta da suíte avisando:
— Cheguei em casa, amor!
— Tá bom! Daqui a pouco já termino aqui — avisa Taeyong do outro lado da porta com um sorriso no rosto.
Era muito bom para ele ouvir essas palavras quase todas as noites, então o mesmo andou rápido no seu banho que, normalmente, era um pouco demorado. Mas no final das contas não poderia enrolar e deixar seu parceiro esperando.
Em alguns minutos, Taeyong abriria a porta e sairia secando seu cabelo na toalha e deu um passo para trás pelo susto que acabou tomando quando viu Yuta a sua frente sentado na cama esperando-o apenas terminar, levantar e ir na direção dele.
— Que susto! 'Tava parecendo um stalker psicopata me esperando aí — negava com a mão sobre o peito, com o coração acelerado. Não demorou que sua postura de dramático se desfazer já que Yuta se aproximou ainda mais pegando as duas mãos do namorado beijando cada uma.
— Perdão. Não queria o assustar. Eu juro que não sou um psicopata, só um pouco obcecado por você mesmo — brincou dando beijinhos nas mãos de Tae que dava risada e mais risadas gostosas pela tentativa de um flerte.
— Entendi. Agora vai tomar um banho enquanto eu preparo algo para comermos — recolheu as mãos pegando no rosto do japonês e deixando um beijo em sua testa.
Não se conterram em trocar alguns selinhos e sorrisos, apenas de enrolação. Antes que Yuta entrasse no banheiro e Taeyong saísse do quarto, ele chamou pelo Lee.
— Pode preparar algo só pra você? Não fica chateado, mas eu comi com alguns colegas quando estava voltando.
Lee só sorriu concordando e ambos foram fazer o que tinham dito.
Após sua rápida refeição, Tae sentou no sofá e ficou mexendo tranquilamente em seu celular, esperando. Tão entretido que só saiu se seu mundo virtual quando sentiu o ar quente da respiração e um rápido beijo selando em sua bochecha. Olhou para o lado e mais um beijo o foi roubado, desta vez na boca. O maior estava curvado atrás do sofá para ficar perto de Taeyong. Imediatamente sorriu recebendo um outro sorriso de volta.
— Você demorou! — fez um bico nos lábios e cruzou os braços.
— Nem tanto, eu estava pensando enquanto tomava banho então acabei ficando mais tempo do que queria.
— No que estava pensando? — Taeyong ficou de joelhos no sofá olhando o namorado com curiosidade.
— Eu estava pensando... — fez uma pausa de suspense antes de responder por completo. — ... Em você.
Lee sorriu mais que envergonhado e tímido, não parava de sorrir e negava com o olhar de bobo para o homem a sua frente. Yuta fez um carinho nos cabelos do namorado e sorrindo sem mostrar os dentes.
— Espera aí. — Nakamoto ditou.
Foi até sua mochila que sempre levava e trazia do trabalho e de lá tirou um livro. Colocou para trás as mãos que seguravam o livro.
— O que tem aí atrás? — Taeyong se colocou de pé, curioso de novo.
Yuta não disse nada apenas continuava se aproximando com as mãos para trás fingindo não saber o que Tae estava falando sobre.
— Mostra, vai — insistiu tentando espiar no que havia nas mãos do outro, sendo impedido.
— Olha... É pra você! — Yuta colocou as mãos para frente mostrando o livro e dava seu melhor sorriso de orelha a orelha junto com o presente.
Taeyong, por sua vez, ficou surpreso mas logo abrindo um sorriso de felicidade abraçando o namorado.
— Yuta! Você conseguiu achar o livro que eu estava reclamando desde semana passada por não achar. Muito obrigado, amor! Eu amei demais!
— De nada! Não poderia te ver frustrado, então dei um jeito e consegui achar o livro.
Nakamoto amava deixar Taeyong com um sorriso no rosto, sempre que pudia tentava mima-lo com presente e muito carinho, tanto com toques quanto com suas palavras de amor. Sempre foi assim e já faria três anos dessa relação. Cuidado, carinho, responsabilidade em alguns momentos e em outros nem tanto, mas apesar das discordâncias em alguns momentos eles sempre buscavam um equilíbrio de almas. Isso já era o bastante para eles, nada mais e nada menos.
— Que tal... Você me recompensar? — sutilmente Yuta retirava o livro das mãos do menor, que observava em silêncio, e colocava o objeto encima da mesa de centro da sala. Segurou as mãos quentinhas de seu namorado as colocando em sua nuca. E continuou: — Dizer um "obrigado" mas sem usar palavras.
Lee só seguia a onda do clima e fazia carinho nos cabelinhos do fim da nuca do maior. Seus rostos próximos um do outro, um olhando nos olhos do outro até tocarem os lábios em no outro. Um beijo lento e repleto de sentimentos, um verdadeiro agradecimento não só pelo presente e sim por tudo.
Nada se compara nessa paixão, um simples beijo poderia deixar eles com o coração acelerado, sem fôlego e com as borboletas voando inquietas pela barriga. Quase não houve separação quando chegaram para trás no sofá sentando nele um e o outro em seu colo, ambos se arrepiavam seja com as línguas se envolvendo, Taeyong puxando os cabelos de Yuta ou mesmo ele passando seus dedos na cintura de Taeyong por baixo do moletom que o vestia.
Era uma conexão de almas, eu diria.
O momento foi amenizando a situação e a troca de beijos também fora ficando menos rápida e mais para aproveitar o carinho depois de não se verem por horas do dia.
Entrelaçaram as mãos ainda na mesma posição sentados, suas testas coladas e pequenos sorrisos estampados pelos lábios e olhos e só mais um beijinho ou outro sem nada intenso de novo.
Taeyong deixou um beijo na ponta do nariz do namorado antes de pedir:
— Podemos ler juntos o livro que você me deu?
Não era nada tão grandioso aos olhos de outras pessoas, talvez até os seus, mas para Yuta e principalmente Taeyong era algo muito importante fazer esse tipo de coisa juntos.
— É claro que podemos — Nakamoto respondeu fazendo um beijo de esquimó no outro.
Taeyong levantou do colo onde estava e se esticou pegando o livro e voltando a sentar, desta vez ao lado de Yuta com as pernas em seu colo. Abriram o livro e começou aí o que nas próximas noites e todas depois que esse livro acabasse foi nomeada de "nosso momento".
Foram tantas e mais tantas noites com momentos assim entre os dois e por anos e mais anos, parecia sempre ficar melhor ler um ao outro ao passar dos anos e isso deixava o relacionamento mais intenso e se moldando ainda mais.
Mas nada interrompeu de vez eles, afinal era um fio vermelho ligado a todas as vidas pela eternidade.
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Soul's Connection | Yutae
Fiksi Penggemar『 CONCLUÍDA 』 Amor é uma coisa e conexão de almas é outra, essas duas juntas são a receita para um relacionamento incrível. Um casal que desde o começo se sentiam conectados e sempre assim. Onde um pedacinho da vida, uma memória, de Yuta e Taeyong...