Golden Eyes / Riley Biers

• RILEY BIERS • CAP 5 •

São bilhões de galáxias
que eu mal sei
tantas a dimensão desse número por termos nos topado
mas fico feliz
agora
no mesmo lugar

POR:Ryane Leão.

......•°○°•......

O garoto saia do bar arrumando sua jaqueta, logo andando até sua casa.
A rua estava deserta e silenciosa, apenas se ouvia o barulho da chuva forte, pelo menos até o momento em que o garoto foi empurrado na direção do chão.

Levantou sua cabeça ainda assustado. A única coisa que ele conseguiu ver foi um vulto encapuzado que logo desapareceu nas sombras.

O jovem Riley se levantou olhando para as sombras da pequena rua.
-Quem tá aí?! - Pergunta o garoto.
-Quem tá aí?! - Repete o garoto assim que não obteve resposta.

O medo era visível em seus olhos.
-O que você quer de mim?! - Pergunta dessa vez mais apavorado do que antes, quebrando o silêncio do local.

Dessa vez, ao invés de silêncio como resposta, foi empurrado para a parede , fazendo o garoto olhar para todos os lados a procura do ser que o atacava.
Avistou uma pequena galeria aberta do outro lado da rua, se conseguisse chegar lá, quem sabe fugiria da "Coisa" ou "Ser sobrenatural" que insistia em o perseguir,
correu o mais rápido que conseguia até a galeria, mas antes que conseguisse chegar perto o suficiente para pedir socorro a figura passou rapidamente na sua frente, o obrigando a ir para o lado oposto.

Entrou correndo em um beco, sem perceber estava indo em direção a um cais, por pouco não caiu e logo que recuperou-se procurou pelo vulto insistente.

Sentiu um grande empurrão, logo seu corpo foi preenchido por uma dor absurda, como se cada parte de seu corpo estivesse pegando fogo enquanto mil facas estivessem cravadas em seu coração, ajoelhado ele olhou para o local de onde vinha a dor incompreensível que sentia e viu uma pequena mordida, grande o suficiente para que o veneno entrasse em suas veias, dando início a sua transformação. A única coisa que ele conseguia fazer nesse momento era gritar, como um pedido aclamado de seu corpo, pedindo a algum Deus para que essa dor logo tivesse um fim.

Em poucos segundos seus olhos pararam de tentar resistir a dor, como se seu corpo estivesse perdendo suas forças, quando já não conseguia ver mais nada sentiu seu corpo ser levantado e um forte vento, sentindo em seguida o seu corpo chocar-se com uma superfície dura.

A dor que ele antes sentia em todo o seu corpo estava agora indo para as extremidades dele, ao menos a dor havia diminuído minimamente, aos poucos todos os seus outros sentidos foram diminuindo e o garoto nem ao menos sabia quanto tempo havia passado desde o começo daquela perseguição, restavam seus pensamentos e a dor que sentia.

Depois de várias horas, seus pensamentos foram interrompidos por uma dor incondicional que preenchia o seu corpo, todo a dor que estava espalhada pelo seu corpo agora se direcionava para seu coração, o impossibilitando de pensar.
Preferia morrer do que sentir aquela dor, sentia seu coração se revirar, ele batia em uma frequência nunca escutada, pensava que a qualquer instante pularia para fora.

Queria gritar, mas nem isso conseguia fazer, apenas conseguia ouvir o seu coração bater descontrolado em seu peito e sentir a dor aumentar cada vez mais. Diversas memórias passaram pela sua cabeça, diminuindo aos poucos sua dor, entrando em sincronia com os movimentos de seu coração, quando jogava futebol com seus amigos, seu primeiro dia de aula, as pegadinhas que fazia com seus irmãos, quando quase queimou o fogão tentando fritar um pedaço de carne com seu irmão, indo assistir filme escondido com sua avó quando estava de castigo, brincando com o seu primeiro animal de estimação, a primeira vez que viu sua mãe, logo depois de nascer.