Não importa a sua evolução, há coisas que nunca mudam. E era assim com Warwick ao sentir o doce aroma de sangue. Mesmo que não fosse mais aquela criatura sanguinária, seu velho hábito de se hipnotizar com o aroma férreo era incontrolável.
Sua mente nublada não lhe permitia consciência enquanto as narinas dilatadas lhe guiavam pelo caminho turbulento, marcado pelo rastro do seu alvo. Com o coração a mil, corria sem controle enquanto salivava pelo cheiro delicioso de sangue fresco.
O cheiro ficou mais forte e o faro o levou a um riacho cristalino, com algumas rochas e uma pequena cachoeira, mas sua atenção estava toda voltada a um vastaya albino manchado de sangue, que se despia, abandonando a última peça de roupa. Incontrolável, não foi capaz de frear suas pernas, e quando o leão vastaya se assustou pela aproximação repentina, ambos os corpos se chocaram.
Warwick espalmou o tronco ensanguentado do vastaya enquanto ambos caiam no chão. O lobo caiu sentado sobre as coxas do leão albino e suas garras se perderam entre os músculos firmes daquele abaixo de si.
— Mas que porra é essa?! — o leão estava irado, mas isso sequer afetou o lobo, que estava completamente perdido com o sangue abaixo de si.
Incapaz de se controlar, Warwick deslizou suas mãos até a cintura do vastaya, segurando-a firmemente enquanto aproximava seu focinho do tronco do leão. Aspirou o aroma doce do sangue, e percebeu ser de um cervo, provavelmente uma caça. Incapaz de se controlar, passou sua língua ao longo do abdômen bem musculado, limpando cada gota de sangue. O vastaya controlou um arrepio que sentiu pela língua úmida sobre si.
A língua foi impiedosa para o vastaya. Quente, traçou caminhos molhados por todo o comprimento do seu peitoral, com lambidas fortes e demoradas, a fim de se certificar que limparia cada gota de sangue. Aquilo era uma experiência nova para o albino, que incapaz de recusar, agarrou os ombros peludos do lobo, enquanto ofegava pela sensação. Era a primeira vez que alguém o tocava daquele jeito, e o hálito quente contra seus pêlos molhados o fazia estremecer, por mais que tentasse não fazer.
Warwick enfim limpou a última gota e abandonou o tronco do vastaya a fim de olhá-lo melhor. O peitoral úmido permitia que seus músculos fossem mais evidenciados, assim como a respiração ofegante e os mamilos rígidos. Olhou-o no rosto. O olho azul brilhava luxúria ao olhar para si, e algo dentro de Warwick se ascendeu.
Seu corpo fora guiado por memórias musculares. Aquela era a primeira vez em que tocava alguém intimamente daquela forma, mas Warwick sabia exatamente o que fazer naquele momento, como se tivesse passado por algo parecido em outra vida. Voltou a lamber o corpo do albino, agora a língua tinha outra missão, uma mais atrevida, para ser exato. Enquanto apertava a cintura do leão, sua língua quente passeava pelo pescoço do vastaya, que soltava suspiros de aprovação. Sua boca subiu pela juba platinada, e ao encontrar a orelha, mordeu-a de leve, respirando fundo contra ela. O vastaya não se aguentou e gemeu rouco abaixo de si, fazendo as longas orelhas de Warwick levantarem, completamente animado pela reação que recebera, e começou a lamber a parte interna da orelha do albino, que resmungou rouco.
O albino quis voltar ao domínio do próprio corpo, e para isso segurou a nuca do lobo e guiou o focinho deste para o seu, tocaram os narizes molhados, e ambos abriram a boca para as línguas se encontrarem. Warwick virou o rosto para encaixar melhor as bocas sem bater os dentes, e graças ao comprimento da sua língua, foi capaz de fazê-lo. A língua do leão era novidade para si, as espículas arranhavam o seu músculo, provocando um ardor prazeroso que fazia sua boca salivar. Sentiu as mãos albinas tentarem virá-lo para trocarem de posição, mas antes que fizesse, o lobo levantou o quadril do leão e o encoxou, encontrando seu membro ereto e coberto nas nádegas desnudas do leão, que gemeu rouco e surpreso pela ação.
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Doce aroma - Warwick x Rengar
FanficSeu faro o guiou para o sangue, mas dessa vez, o líquido escarlate não era a sua real intenção.