love story ; epilogue

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França, 1850


Cabelos loiros como ouro e olhos azuis da cor do oceano, encaravam o grande homem de frente ao berço, a criança berrava. 

Erwin encarou a esposa com um sorriso orgulhoso, era um menino.

Tomou coragem pra segurá-lo no colo, desde sempre era um sonho seu formar uma família com Lily, algo que seu pai colocou na cabeça a vida inteira, toda aquela coisa de linhagem real e sucessão do trono. Armin era o herdeiro.

Observou o pequeno de volta, pondo um dedo em seu nariz, no entanto, quando foi mostrar a esposa que o bebê, estava rindo de volta, se deparou com a falta de ar presente de ar na mulher e se desesperou, chamando os médicos imediatamente.

O milagre real tinha acabado de se tornar uma trágedia.

[...]

POV, Armin

ー Vai ficar o dia todo trancafiado nesse quarto? ー Levantei levemente o rosto. ー Tomar um ar faz bem, porque não dá uma volta na vila? Precisamos de pães novos pro jantar, hm?

Suspirei sabendo que a discussão já havia sido ganha, e não, não por mim, fechei o romance em minhas mãos, marcando-lhe a página.

ー Aproveita pra fazer amigos, você é tão sozinho Armin. ー Ele riu.

ー As pessoas me acham estranho por me interessar por livros vovô, acho meio difícil. ー Sorri ajeitando os cabelos bagunçados.

No dia 3 de Novembro, conhecido como hoje, eu nasci, e dois dias depois disso, vim parar nessa casa, misteriosamente dentro de uma cesta de palha, quando vovô abriu a porta não havia mais ninguém ali além de mim, claro, e um medalhão esmeralda que carrego no pescoço todos os dias, não sei porque mas já tive dejá vus com ele e por incrível que pareça, me traz sorte.

A vida em nossa casa é simples e humilde, vivemos sem muito luxo, vovô restaura peças de carroças e eu vendo as flores do jardim.

Minha única amiga é Sasha Braus da casa ao lado, e não é porque ela teve a empatia de me estender a mão quando todos me encaram como esquesito, mas sim, porque ela é tão doida quanto eu, nunca vi alguém pensar em comida 24h por dias, por falar nela...

ー Te procurei o dia todo! Feliz aniversário loirinho! ー Me abraçou contente em me ver, quase que me sufocando.

ー Obrigada Sasha, odeio dizer mas é bom ter você como uma amiga.

ー Sempre soube que me amava Armin ー Ela sorriu grande. ー Mas e aí? E o bolo? Sei que sua família não tem condições de te dar uma festa mas acho que podemos ir em uma amanhã, a tarde, no castelo.

ー Você só pode ter batido é a cabeça mesmo... ー Ri desacreditado, mas logo a garota me surpreendeu, tirando três convites da bolsa. Minha boca se formou em um ''O''. ー Onde conseguiu?

ー Nicollo é um dos cozinheiros do castelo, e amanhã é o anuncio do noivado da Princesa Historia, herdeira ao trono inglês, com o príncipe Eren. 

Eren Jaeger, um monarca tão recluso com o próprio povo mas tão apaixonante, qualquer garota daquele reino ajoelharia-se aos seus pés, por um beijo seu, Eren era um anjo caído, a própria perdição, ou talvez a própria maçã do Éden em carne e osso, proibida a qualquer um que a experimentasse.

Fora dos livros, romance era algo fútil, mas aquele garoto, aquele garoto me instigava, como alguém conseguira ser tão belo sem fazer absolutamente nada? Passei anos com a pergunta na cabeça e até hoje tenho procurado a resposta.

Os convites eram lacrados com o selo real, tinha certeza de que cada pedaço de papel daquele fora escrito totalmente á mão, a tinta dourada brilhava, assim como meus olhos, que por algum motivo ficaram encatados.

ー Eu... ー Travei. ー Agradeço o convite, mas não posso aceitar. ー Os abracei e devolvi a ela com um sorriso pequeno no rosto.

Por algum motivo, eu não queria, não queria de jeito nenhum que Eren Jaeger apresentasse a noiva para o reino e para o mundo na minha frente. Senti o coração apertar.

ー Armin, vamos lá, vai ser divertido! É seu aniversário! Não é todo dia que se faz 18. ー Ela cruzou os braços rindo da minha desfeita e mal sabia ela o motivo tolo. Não podia ser ingrato com a única pessoa que sempre me apoiou e ainda era meu aniversário.

ー Tudo bem. ー Suspirei derrotado vendo a morena pular.

Sasha seguiu o caminho pra casa devorando um saco de pães, o sol se punha no momento em que subíamos o topo do morro onde ficavam nossas fazendas, a Braus seguiu seu caminho, enquanto eu, eu parei e presenciei aquela cena única, as luzes do castelo se acendendo.

Ser da monarquia era algo grandioso e extremamente respeitado por todos, mas não era pelo dinheiro ou pelo poder o motivo especial o qual eu especificamente admirava, mas sim por poder dar algo melhor a quem você ama.

Questões políticas serião resolvidas por mim, ter de ir aos bailes e dançar com moças de todo o reino não seria um problema, e apesar de toda minha timidez, poderia ser quem quisesse ser, imaginei diversas portas se abrindo em meu caminho.

Senti os ventos soprarem meus cabelos, bagunçando-os, tirei as mãos dos bolsos e por um instante, desejei ser príncipe, nem que fosse apenas por um dia.




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sumi um tempao, mas gosto mt desse plot.

prince for a week. [REESCRITA]Onde histórias criam vida. Descubra agora