Duas Princesas Alfas, de clãs diferentes, se encontram numa madrugada fria, em uma floresta quente, onde cansam de negar sua atração uma pela outra, outrora proibida por suas matilhas.
Kara G!P intersexual
Supers, essa é uma obra de duas autoras art...
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POR LENA
- Quantas vezes eu já falei, Lena, que as princesas não andam por aí sozinhas à esta hora da noite?! - meu pai esbravejava, irritado, batendo com o punho na mesa de madeira à cada palavra.
Mas o motivo e a razão das minhas fugas noturnas era ela. Vê-la vestida na sua armadura, cavalgando com seu cavalo lilás, nos arredores da fronteira, protegendo nossa matilha, nossa cidade e nossa casa.
Desde o primeiro olhar, o meu verde no azul dela, quando nosso clã ferido, quase dizimado, foi bem aceito e recebido pelo benévolo Alfa Lycanus, homem poderoso, lobo sanguinário, mas que resolveu juntar todas as matilhas numa só, pois juntos nossas chances cresciam.
Desde este primeiro olhar, eu pensava nela, rezando aos deuses, debaixo do chuveiro, pedindo à Odin que não deixasse eu me apaixonar.
Só eu sei em como chorei com o pai de todos, implorando de não me apaixonar pela dona dos cabelos dourados, ousada e destemida, tal qual nunca vi igual!
Mas miseravelmente minha prece falhou!
E bastou uma infeliz noite, para que todos os meus receios fossem por água abaixo, pois eu suspirava, nos braços dela, derrotada, na floresta aberta, numa noite escura e gelada, onde nos escondíamos em meio aos troncos das árvores, numa distância bem longa da nossa aldeia, e eu dizia à ela:
- Ah, amor!
Nossas armaduras tilintaram uma na outra. Seu peitoral no meu, sua boca na minha.
Segurei seu rosto, o toque gelado das manoplas, no calor da pele. Ah céus, às vezes eu me esquecia de respirar e de como era gostoso ficar contigo, Kara.
As árvores farfalhando, o vento sussurrando, um pouco de movimento na estrada que cortava essa floresta. Nada para se preocupar.
E os beijos dessa mulher a me tomar.
Beijos frescos e suaves, com uma língua açucarada, que eu recebia com muito gosto em minha boca.
POR KARA
Os beijos, sim, nossos beijos... Quando as bocas se uniram, eu me esqueci que a floresta era perigosa à noite e que outras criaturas habitavam nela. Mas não era problema para mim, não quando eu também podia me transformar e estraçalhar qualquer um... Fora que a minha parceira, que por sinal beijava muito bem, também era uma loba sagaz.
Semana passada eu mordi o pescoço de um engraçadinho que veio, na sua forma lupina, cheirar as partes íntimas da Princesa Lena, que também estava de loba.
O meu sangue simplesmente borbulhou, num ciúmes louco, e eu ataquei-o na garganta, quase lhe dilacerando as artérias, para marcar meu território. Ela.
E eu não sei o que me deu. Eu somente perdi a cabeça.
Sei que a Princesa Lena gostou. Mas eu fugi. Fugi envergonhada e vencida por um sentimento indevido de se sentir.
