- Quer ajuda? - Perguntei sorrindo torto.
- Oh, não precisa, só tenho mais essas duas caixas mesmo.
- Algum problema aqui? - Um rapaz moreno e de barba perguntou de uma forma rude, fazendo a garota de olhos verdes se encolher.
- Nenhum... - Falou com a voz baixa e terminando de colocar as caixas na frente da porta ao lado da minha.
Eles seriam meus novos vizinhos... O casal adentrou ao apê deles e a porta foi fechada de uma forma bruta. Estranho.
Retornei ao meu apê, tirei a calça moletom que eu vestia, ficando apenas com a minha blusa regata preta e uma cueca azul marinho. Deitei novamente na cama e esperei o sono chegar, coisa que não demorou muito de acontecer.
×××
Acordei umas 9:30 sentindo minha cabeça pesar um pouco, fiz minhas higienes matinais, tomei um banho quente e quando estava prestes a sair, ouvi um barulho terrível no apartamento ao lado e um choro alto.
Não será possível...
Logo uma batida de porta estrondante soou por todo o corredor, nenhum vizinho se manifestou em olhar pelo visto, alguém havia saído e o silêncio voltou.
Como eu tinha decidido antes desse show, peguei meu celular e minha carteira, e fui tomar um café, em um café aqui perto.
Quando entrei no local, o sininho tocou e procurei uma mesa vazia para poder sentar. Não tinha nenhuma, porém uma garota estava sozinha, então resolvi perguntar se tinha algum problema eu sentar com ela.
- Oi, bom d... Ei, você é minha vizinha, posso sentar?- Pergunto e ela assente virando o rosto - Enfim, bom dia - Falo animada.
- Bom dia - Ela fala baixo, quase em um sussurro e eu encaro a garota.
- Aconteceu alguma coisa em seu apartamento? - Pergunto diretamente.
- N-não por que? - Ela pergunta gaguejando e logo vira o rosto para mim. Em questão de segundos meu queixo cai ao ver seu rosto, ele estava com um grande hematoma roxo e sua bochecha estava bem vermelha.
- Jesus... Maria... José... o que foi isso em seu rosto menina - Pergunto levando minha mão a sua bochecha.
- Não, p-por favor, não foi nada - Ela tentou sorri mas no mesmo instante suas lágrimas desceram desesperadamente pelo seu rosto.
- Ei, se quiser desabafar, pode contar comigo, eu posso ser sua amiga - Falo sentando ao seu lado, ela se afastou com medo e suspirou.
- Eu acho que preciso ir - Falou com as mãos trêmulas.
- Por que? - Pergunto confusa, mas ela apenas faz um aceno com a cabeça apontando para a porta de entrada. Era o seu namorado, ele estava encostado no carro e com os braços cruzados. abaixou seus óculos escuros e me encarou, pegou um maço de cigarros, levou um aos seus lábios, acendeu o mesmo e soltou a fumaça ainda me encarando.
Se ele acha que eu tenho medo dele, está muito enganado.
A minha vizinha saiu e assim que chegou perto do seu namorado, ele a pegou pegou braço com força tentando disfarçar e apertou o mesmo. Pude ver quando ela falou "você está me machucando" e ele empurrou ela contra o carro, atacando os seus lábios, a garota estava estática, enquanto ele apertava todas as curvas dela.
O viado olhou para mim e sorriu descaradamente, ele está achando que eu quero a garota? Tá doido, mas quem sabe né, ela não merece esse canalha
A menina olhou para mim através do vidro e sorriu fraco. Senti toda a sua dor, apenas com esse gesto, deve ser terrível para ela ter um monstro desse como namorado. Depois de um tempo, a garçonete me atendeu, pedi um simples café e um sonho. Comi em paz e voltei para casa. Não tinha nada para fazer, então tentei ligar para as meninas. Chamei elas para um almoço, avisando- as para trazer as roupas do trabalho e daqui iremos para ele.
Depois de uns minutos escuto uns barulhos, no mínimo devem ser as meninas, abro a porta e vejo a minha vizinha parada na sua porta, observando minhas amigas chegando.
- Vagabunda - Alex fala me abraçando - Espero que esteja melhor.
- Estou sim - Falo gargalhando.
- Sangue de Jesus Alex, já chega com esses palavriados - Nia fala entrando em meu apê.
- Minha gatinhaaaa - Sam fala me abraçando.- Saudades, nunca mais falte um dia no trabalho - Nós gargalhamos.
- Que drama, entrem logo - Falei esperando todas entrar em e olhei para o lado vendo a vizinha sorrir, retribui o sorriso e entrei.
As vezes me pergunto se ela tem alguma amiga, esse namorado ridículo dela não deve deixar nem a pobre coitada ir ao banheiro sozinha.
xxx
- Não gente por favor, filme de terror não - Nia falava enquanto se ajeitava no sofá.
- Terror sim - Alex falou colocando o filme, Nia ficou agarrada a mim e a Sam.
Eu quando assisto filme de terror, nunca consigo ter medo, sempre choro de rir e dessa vez não foi diferente. A cada gargalhada que eu dava, Nia gritava de desespero e as outras meninas gargalhavam também.
- Vamos começar a nos arrumar Nia? - Sam perguntou se levantando do sofá.
- Vão mais cedo hoje? - Pergunto confusa.
- Nós duas estamos em uma missão, vamos ter que usar até aquela roupa preta que vai do pescoço até o pé, fico muito apertada nela - Suspirou em derrota e nós gargalhamos.
- Boa sorte - Alex falou rindo.
Sam e Nia foram se arrumar, elas tinham que botar a roupa preta por baixo de uma roupa normal, segundo a missão delas, as mesmas teriam que se disfarçar de empresárias, parece que está tendo algum trambique na área administrativa de uma das maiores empresas de Metrópoles.
- Como estamos? - Nia perguntou com uma saia justa em seu corpo e uma blusa azul marinho de botão.
- Uau, eu pegava.
- Credo Kara - Nia fez o sinal da cruz e nós gargalhamos.
- Sossega o pinto Kara - Alex falou batendo nas minhas costas.
Logo Sam saiu do banheiro, ela e Nia pegaram duas bolsas que os agentes haviam separado para as duas, colocaram as escutas em seus corpos e grudaram duas mini câmeras em suas blusas, que eram do tamanho de um grão de feijão.
As meninas se despediram de nós e eu fiquei apenas com Alex esperando chegar o horário do nosso expediente.
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Não esqueçam de acender a estrelinha e comentar, é importante para eu saber se vocês estão gostando da história e para mais pessoas consigam ler a história.
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a espiã | supercorp
FanficKara começou a se interessar em coisas diferentes na sua adolescência, fez "curso" de hackers, trabalhou ilegalmente na área de espionagem, digamos que sua ficha não era para está tão limpa como parece e agora a garota trabalha para uma das organiza...