CAPÍTULO 02

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— Por que você tá' me ignorando o dia todo?

— Eu não estou te ignorando.— Minho respondeu simples vendo Felix entrar e se sentar em sua cama.

— É claro que está. Você saiu da mesa quando o Chanie chegou e não falou mais comigo o dia inteiro, eu te procurei pela universidade inteira para virmos para casa juntos, mas você veio embora antes.

— Desculpa... Eu... Não queria irritar o seu namorado.

— Meu namorado!??— Felix ficou confuso com a fala de Minho, como assim? Ele realmente acha que Chan é seu namorado?

— Sim. Ele poderia ficar com ciúmes da nossa relação.— Felix quase teve um surto com a fofura daquele ser a sua frente.

— Mas... O Chan não é meu namorado. Somos apenas melhores amigos.

— Mas... Eu vi vocês se beijando... Na porta da sua sala.— a voz de Minho estava baixa e soava triste, ele não gostava quando alguém além dele trocava beijinhos com o seu sol.

— Ah! Não, aquilo não foi um beijo, foi apenas um selinho. Nós fazemos isso desde que eramos crianças, a gente sempre se cumprimentou dessa forma. Mas nós não temos nada, até porque o Chanie gosta do Changbin Hyung.

— Quem?

— Ah, é um amigo.

— Você também cumprimenta ele com beijos?

— Não. Só o Chan mesmo.

— Você também me dá selinhos... Somos melhores amigos também?— Felix podia jurar que morreria a qualquer momento com a fofura de Minho, não importa como ele se comportasse ele sempre seria o seu gatinho fofo.

— Ah... Somos mais do que isso...

— Irmãos?

— Mino...— Felix segurou as mãos de Minho dando um sorriso com a delicadeza das mãozinhas dele, eram um pouco maires que as suas, mas ainda assim continuavam sendo super fofas.

— Lixie? Tudo bem?

— Um? Ah, sim... Tudo bem.

— Você ia falar algo?

— Na verdade... Eu ia pedir algo.

— O que é? Pode pedir. Eu te dou qualquer coisa, eu faço o que você me pedir.— Felix soltou um riso nasal, mordeu o lábio inferior ainda brincando com os anéis nos dedos do Lee mais velho, pensando em como pediria aquilo.

— Lee Know... Eu... Eu posso... Posso...— Felix respirou fundo reunindo toda a coragem que tinha, jogando as palavras para fora de uma vez.— Eu posso beijar você?

— O que?— Minho estava surpreso, ele não imaginava que Felix lhe pediria isso algum dia, afinal, ele sempre achou que o loiro só o via como um irmão mesmo, e que aqueles selinhos eram só uma mania muito fofa que eles adquiriram com o tempo.

— Hyung...? Você está bem?— Felix perguntou preocupado com o tempo em que Minho ficou em silêncio.

— Por que? Porque isso agora? Eu sempre achei que me via apenas como um irmão.

— No começo até que sim... Eu te achava bonito e tals mas nunca passou disso... Até o momento em que passamos a fazer tudo juntos, quando você me acordou com um selinho, ou me dava boa noite com um selinho, eu... Eu comecei a imaginar como seria se esses selinhos se transforma-sem em um beijo de verdade. Você é muito lindo, fofo, carinhoso e atencioso, eu não consegui não gostar de você. Mas... Se você não quiser eu entendo. Entendo que o que temos é apenas uma relação de irmãos.

Minho continuou olhando para Felix sem dizer nada, ele não fazia a menor ideia dos sentimentos do loiro sobre si, e por incrível que pareça, ele ficou feliz, Minho não via Felix como um irmão, o via muito mais do que isso, desde que o conheceu, sempre se perguntou qual seria o gosto da boca do Lee mais novo.

Apesar de não ser muito de fazer amizades como Felix era, apesar de não gostar de sair de casa como Felix gostava, apesar de não gostar muito de ficar perto das pessoas como Felix gostava, mesmo assim, eles eram perfeitos juntos, um, o oposto do outro, o jeito alegre, extrovertido e atencioso de Felix fez com que Minho se apaixonasse por si, ele era um verdadeiro sol em sua vida.

E mesmo que tivesse medo de falar, de demostrar seus sentimentos por medo da rejeição, naquele momento, ele viu a oportunidade que ele sempre esperou, por isso não pensaria duas vezes antes de agir.

— Minho... Fala alguma coisa por favor! Nem que seja um xingamento, um insulto, um fora. Mas por favor diz alguma coisa!

Minho não falou nada, apenas subiu no colo de Felix selando seus lábios, ele começou com um beijo calmo, Minho pediu passagem com a língua o que logo foi cedido por Felix, o beijo calmo se transformou em um beijo quente e necessitado. A língua de Felix explorava cada canto da sua boca com vontade, os estalos gostosos que saiam daquele beijo tornava tudo melhor, Felix segurou a cintura de Minho apertando com um pouco de força o fazendo suspirar entre os lábios do Lee mais novo.

Após alguns minutos eles se separaram por falta de ar, Minho respirava ofegante enquanto sorria de olhos fechados, era como imaginou, Felix tinha sabor de morango, assim como o seu perfume e o cheiro dos seus cabelos.

— Quantas vezes você já beijou?— Felix perguntou surpreso com o quão bem seu Hyung beijava.

— Uma vez.

— Meu Deus! Uma vez? Não parece. Você beija muito bem.

— Acha mesmo?

— Sim... Me dá outro?

Minho sorriu selando novamente os lábios de Felix, eles se afastaram quando a falta de ar se fez presente.

— Seu beijo tem gosto de morango.

— Você gosta de morango?— Felix fazia carinho no rosto de Minho, sorrindo quando o mesmo fechava os olhos e suspirava por estar gostando da carícia.

— Amo...

— Posso te beijar quando eu quiser? Eu realmente gostei disso.

— Pode... Mas...  Não fala nada pro meu pai nem pra sua mãe.

— Tudo bem... Como você quiser.

— Eu ainda não estou confortável para contar a ele sobre a minha sexualidade.

— Tudo bem gatinho, quando você se sentir confortável, eu vou estar com você, tá' bom?

— Obrigado. Eu te amo Lixie.

— Aaaaa, eu vou morrer de fofura desse jeito. Eu também te amo meu bebê. Muito.

— Bebê?

— Não posso te chamar assim?

— Pode, claro que pode! Eu gostei...

— Que bom! Porque eu vou te chamar assim o tempo todo.— Minho sorriu recebendo um selinho de Felix, ele estava feliz, agora o seu sol seria só seu, e de mais ninguém.

— Lixie...

— Para de falar com essa voz fofa! Eu vou morrer desse jeito!— Minho sorriu mais uma vez, desde que conheceu Felix sempre tinha um sorriso no rosto.— O que foi? Pode falar.

— Você... Você é só meu agora...?— sua voz saiu meio insegura pela resposta.

— Claro que sim! Sempre fui. Só seu, e você é só meu.

— Só seu. Meu neném.

Meu gatinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora