Capítulo 1: 7 e o Caos Armado

5 0 0
                                    

  Nova York! Nem acredito que estou aqui de novo depois do último "encontro" nessa cidade jurei que minhas mães nunca mais me deixariam pisar aqui. Faz exatos 6 anos que uma péssima decisão acarretou no maior desastre da minha vida.
  Caminho com o celular pendurado na orelha, ouvido o sermão de Celine, minha mãe inglesa, por ter deixado para última hora a documentação necessária para buscar meu diploma.
   - Calma mãe, vai dar tudo certo! Já consegui quase todos os documentos falta só a Certidão de Conclusão e parto dessa cidade hoje mesmo.
   - Pelo amor de Deus de Vitória como me deixa essa documentação pra justo hoje? Você sozinha nessa merda de cidade, depois do que houve !
   - Mãe, tá indo tudo certo ja estou a caminho da .... Aí meu ombro.
     Sinto meu ombro ser lançado violentamente para trás e o café na minha mão ir de encontro ao chão. Virei a cabeça, observando o causador do desastre: alto e  traços definidos, olhos azuis e cabelo loiro .. o olhar divertido e sorriso cafajeste.
   - Sinto muito.
   - Sem problemas - falei me virando e voltando a conversar com minha mãe.Segui em direção ao enorme prédio espelhado onde mãe Sara, a advogada, trabalha.
  Sentada no sofá de couro observo as 5 pessoas que eu mais amo definido sobre minha vida. Cresci numa família nada convencional: tenho 5 mães de criação, já que a minha biológica faleceu no parto, dois tios- pais que são  meliantes e uma madrinha "mucho Loka" das ideias. Meu pai se casou 6 vezes, sendo a última com a minha mãe e o único relacionamento com frutos: eu.
   As 5 ex esposas assumiram minha criação após o falecimento dos meus pais em um acidente de carro quando ainda era uma criança, por volta dos 5 anos. O gêmeos Bruno e Breno, irmãos mais novos do meu pai, assumiram como minhas figuras  paternas .... Imagina o caos que sempre foi explicar para meus amiguinhos o porquê tenho 5 mães e 2 pais, ninguém é casado com ninguém e de onde eu vim exatamente. Ergo os olhos ao percebe que mãe Celina fala comigo:
   -Vitória, ouviu o que eu disse?
   - Não mãe, desculpa. Pode repetir?
   - Tem certeza que vai declinar a bolsa? É uma grande oportunidade Estrelinha!
  -Tenho mãe! Vou expandir mina comunicação, preciso melhorar minha oratória, meu foco agora é esse.
   Observo as 5 mulheres a minha frente com os rostos franzidos e quase escuto seus pensamento lá de desagrado.Volto a observar o conclave maternal que estende na ponta da mesa:
       Mais próximo de mim está mãe Celina, com seus  cabelos escuros, óculos de aros finos de grau e o ar de inteligencia, a CEO de umas das empresas mais bem sucedidas das novas tecnologia surgidas depois dos anos 2000. Nascida em York viveu com dificuldade até se formar na universidade e construir uma carreira brilhante como executiva, era a pessoa que sempre poderia contar com  seus conselhos sábios, planejamento perfeitos e colo mais acolhedor de toda Inglaterra: Celina  é meu arsenal de vida.
    Passei os olhos no coque loiro composto por uma  pele pálida e  rosto doce de Mariáh, minha mãe francesa traz o requinte da velha aristocracia em seus traços e sendo diretoria  de uma marca de luxo em Paris ela é a personificação da criatividade e ímpeto.
     Meus olhos param em mãe Sara a suposta calmaria no olho do furacão,  não é o tipo de mulher que faz escândalo mas sabe como ninguém ameaçar e derrubar os outros, sendo uma das advogadas mais prestigiadas dos Estados Unidos, sabe muito bem arquitetar esquemas personificar  ideias de  forma calculada. Ela é inteligência, perfídia e estratégia, amorosa quando amada, cruel quando pisada.Bato os olhos nas últimas duas mulheres :
Penélope e Tereza.

    A primeira  é uma mexicana bem afeiçoada, de corpo curvilíneo e rosto sexy, cabelos castanhos claros e lábios cheios. Mãe Pene fez fama e sucesso na indústria do entretenimento em geral quando começou  como modelo e depois se tornou uma grande  empresária ao apadrinhar o que mais tarde viram a ser grandes estrelas. Este sempre foi seu super poder: reconhecer as potencialidades nos outros e guia-los aos holofotes.
    E por último minha brasileira, Tereza Bocaiúva era uma singularidade em  si, traços delicados de boneca,pele cor de jambo e olhos de falcão tinha nas mãos o controle do maior conglomerado de marcar automotivas do mundo.
     - Estrelinha , já pensou em alguém ou algum curso? - mãe Mariah levantou a cabeça quando fez a pergunta e me mirou.
    - Ainda não encontrei. Na verdade pensei em um  curso de teatro que  iniciou em Madrid,  eles treinam bastante o vocal e compreensão.
    - Estrelinha, não leve a mal vc tem 0 vocação para atriz - mãe Pene complementa estourando o chiclete em seus lábios.
    - Eu sei mãe - digo sorrindo  - tanto que sempre sabem quando eu tô mentindo, mas não encontrei nada específico a esse ponto.
    - Que tal um curso por aqui? Posso pensar em duas universidades que estão  oferecendo cursos muitos bons além dos grupos de debates construído no Senado para os jovens também. - mãe Sara propõe.
     - Vou pensar ainda, nao queria me envolver com política mãe.
     - Política é uma arte minha estrelinha, não um tema ou uma matéria. É uma excelente habilidade a se dominar.
    - Vou pensar ok? - suspirei, não era uma ideia muito atrativa voltar a morar em Nova York - Vou para o hotel terminar de arrumar minhas coisas, madrinha já avisou que meu retorno será hoje a noite.
     Me despedi de uma por uma com um abraço e um beijo na bochecha. sinto muita falta de todos vivendo na Itália mas foi preciso me afastar daqui a 6 anos, pela minha sanidade, foi necessário partir sem olhar para trás.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: May 24, 2022 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Vitória! Onde histórias criam vida. Descubra agora