Tudo que acho que sou
Tudo que eu quero desesperadamente ser
Tudo que eu quero que eles achem que eu seja
Tudo que um dia fui
E quem que eu de fato souLouis's pov:
A luz da manhã entrava por aquele quarto. O quarto azul. O quarto da duquesa ou apenas o quarto da mulher mais importante da minha vida.
O quarto da minha mãe.
Quando se é o filho segundo, você não precisa ter tanta responsabilidades quando pequeno.
Meu irmão estava constantemente com meu pai, aprendendo a como ser duque.
Mas não eu.
Eu estava sempre com mamãe fazendo o que ela faz de melhor: curar.
Johannah Tomlinson era Duquesa de Durham por casamento, mas era parteira e curandeira por nascença.
Ninguém seria capaz de duvidar disso.
Ela era uma nobre, filha de um conde. Criada para ser mãe e esposa. Educada para apenas bordados e costuras. Mas isso era pouco demais para ela. Sempre foi e acho que sempre será.
Quando ela tinha dezessete anos, elas fugia de casa com roupas de criadas e ia para casa de uma parteira aprender escondido.
Ela aprendeu a trazer uma vida para o mundo, ela aprendeu a curar, ela aprendeu a cuidar.
E ela ensinou isso a mim.
Quando mamãe se casou, ela pensou que iria deixar para trás essa rebeldia. Mas isso corria em seu sangue, mesmo azul.
Ela continuou fugindo do castelo, ela continuou sendo parteira e curandeira, mesmo como uma duquesa.
E ela me levava consigo. Primeiro porque eu implorava, depois porque viu que eu era bom.
Por anos, eu a seguia em seus partos e em suas consultas. Nós usavámos máscaras para não sermos reconhecidos. Mas nem era necessário. Ninguém acreditaria que uma duquesa se submeteria a isso.
Eu menti para Harry quando disse que aprendi sobre ervas com um amigo.
Eu aprendi com mamãe.
E não apenas sobre ervas. Mas sobre tudo que medicina sabe até o momento. O ópio pra aliviar a dor. O whisky para as feridas, a água corrente para a queimadura. Eu sabia exatamente o paciente que sobreviveria e aquele que morreria no dia seguinte.
Por isso, quando vi meu pai naquela cama, eu sabia. Eu não queria, mas eu sabia.
E mamãe também. E aquilo a destruiu.
A pior coisa de ser curandeiro não é ver uma ferida em aberto. Não é ver um paciente definhando.
O pior momento para um curandeiro é contar para alguém que a pessoa mais importante da vida dele está morrendo e você não pode fazer nada a respeito.
Mas nada, absolutamente nada, te prepara para quando esse alguém é você.
Isso a destruiu.
E me destruiu também, mas eu não tinha tempo para o luto.
Eu tinha um ducado nas costas, terras para administrar e uma família para gerir.
Eu chorava em silêncio no meu quarto, mas, na frente das pessoas, eu era o Duque de Durham, um soldado, um nobre e um irmão.
E aquilo me matava.
Mas nada me corroeu mais do que ver mamãe perdendo seu brilho. Ela era o sol do Norte que iluminava todos nós.
Agora ela me parece oca e vazia.
Mas o tempo está passando, o tempo está a curando. Eu sinto sua chama voltando.
E eu agradeço aos céus por isso. Mamãe foi minha primeira amiga, meu exemplo, meu porto.
Ela é tudo para mim.
Então, quando preciso de um conselho, um abraço ou apenas uma conversa, é para seus braços que eu corro.
"Louis, querido, aconteceu alguma coisa?" vejo-a adentrar o quarto e se aproximar de mim.
"Mamãe." digo a abraçando "Eu estou tão confuso, com tanto medo."
Ela me olha com os olhos mais amorosos que eu já vi na vida. Olhos azuis como o oceano. Azuis como os meus.
"O que houve, meu amor?"
"Eu não sei o que fazer. Todos me dizem para não confiar em Harry, mas,,não me casar com ele, traria uma guerra desastrosa ao reino."
Ela apenas segura a minha mão e me olha nos olhos. "O que você quer fazer, Louis? Não o que Liam quer, não o que o que o exército quer, não o que Harry quer. O que você quer?"
"Eu quero me casar com ele. Acho que dariamos certo, de verdade."
"Então o que está impedindo-o?"
"Todos dizem que Styles não é confiável e que provavelmente me mataria, o que acho que seja verdade."
"Louis, se tem algo que eu aprendi nesses anos como duquesa, é que nada é certo. Nada é concreto. Talvez Styles tente isso, talvez não. Nem eu, nem você, nem Zayn sabe se, de fato, ele tentará. A questão é que você é Louis Tomlinson. O menino que eu criei, você é curandeiro, você é um soldado, você é um duque e você será um rei. Você realmente acha que não consegue evitar que o te matem?"
Pondero por um segundo." Não sei. Styles é bom. Melhor do que aparenta."
"Mas você é mais. Se quer se casar com ele, se case. Pelos motivos que você tiver." Ela solta a mão da minha e vai em direção ao meu rosto, fazendo um leve carinho em meu queixo. "Eu só quero que você seja feliz, Louis. Amo todos os meus filhos, mas você tem mais do que amor de mim, você tem minha amizade e minha admiração. Você é exatamente o filho que eu criei para ser."
Minha voz embarga, é inevitável. "Eu te amo, mamãe."
"Eu também te amo, meu amor. Não deixe ninguém te passar para trás. Nunca. E, se me puder permite dizer, acho que você é Harry se darão bem. Eu vejo como vocês são juntos."
"Eu também acho." sussurro tão baixo que nem sei se ela foi capaz de ouvir.
"Bem, chega dessa conversa." Ela diz se levantando. "Tive uma ideia de fazer um baile esse sábado para a despedida da duque, o que acha?"
Sorrio. "Acho que ele vai adorar."
Sei que foi um capítulo pequeno, mas foi o capítulo que eu mais gostei do resultado e o mais autobibliográfico.
Desculpe por ser curto mas prometo que o próximo vai ser grande :))
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Broken Thrones| Larry Stylinson
Historical FictionCONCLUÍDA Louis William Tomlinson, Duque de Durham, o Rei do Norte. Criado para ser um guerreiro, escolhido para ser um governante. Harry Edward Styles, Duque de Sussex. O Filho do Povo, O Comandante do Sul. A Inglaterra está dividida. O rei está...