Capítulo 2

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Há algo perigoso e belo em ser aquilo que sou.
Com todos os meus demônios dançando uma valsa com meus sonhos.
Com todas as minhas mais belas máscaras me escondendo
Porque mentiras só são mentiras caso alguém as descubram

Narrador pov:

O sol se punha no horizonte, dando um ar melancólico e dourado naquele palácio recoberto de ouro. Era um bonito fim de tarde outonal. Mas Harry não se importava com isso. Ele tinha problemas mais importantes para resolver.

Suas botas de um prata brilhante ecoavam pelos corredores assustadores das catabumbas. Ele precisava ser rápido.

Amanhã ele já partirá para o norte com Niall. Harry  tinha apenas uma noite para deixar as coisas arrumadas.

“Senhor Bedard.” Harry adentra no porão pela segunda vez naquele dia.

“Harry. Não esperava vê-lo ainda hoje. Como foi sua reunião?”

“Niall sabe.” Harry consegue, mesmo na escuridão iminente, ver o rosto do homem se espantar.

“Niall? O conde? O que ele sabe exatamente?”

“Muito, mas não o pior. Ele sabe apenas que venho aqui dissecar cadáveres e que tenho conhecimento de ervas medicinais”.

“Ah, Styles, confesso que me assustou. Isso não é nada.” Ele parecia genuinamente aliviado.

“Isso pode não ser nada agora. Mas se a corte descobrir meus conhecimentos medicinais vão juntar dois mais dois.” Ele apenas o encara com um sorriso mínimo.

"Você ficaria assustado como metade desses nobres não sabem contar.”

“Não é hora de fazer piadas, Bedard. A maioria pode ser mais burra como um cavalo. Mas, pense, sou o próximo na linha de sucessão, o rei cai enfermo sem nenhum curandeiro ser capaz de adivinhar o que ele tem e agora descobrem que eu sei sobre plantas medicinais. Até o mais idiota dos homens juntaria as peças”.

Mas Bedard apenas me encara com o rosto passível. “Ora, então apenas mate Niall e impeça que as pessoas descubram o resto”.

“Não posso fazer isso.”

“ Por que?”

“Primeiramente, eu não mato inocentes”. Senhor Bedard solta uma risada que ecooa por todo o cômodo. “Além disso, Horan será mais útil vivo”.

Bedard me encara com um sorriso abominável. “Ora, Styles, você não está em uma posição muito favorável para bancar o honrado, mas, me diga, por que Niall é melhor vivo?”

“Quando começamos a arquitetar o plano de matar o rei, não pensamos em um ponto básico: o exército. Eles não vão me aceitar e adivinha, senhor Bedard, não temos poder militar para lutar contra eles. Mas me casar com Tomlinson resolveria isso e Niall pode me ajudar. Me caso com o duque e nós dois somos coroados.”

“É um bom plano, tenho que admitir. Não sei porque não pensamos nele antes, mas, Harry, você não queria governar sozinho? Tomlinson te atrapalharia.”

O sorriso de Harry poderia iluminar todo o castelo naquele momento. Era diabólico e assustador.

“Ah, meu caro amigo, somos coroados e depois eu o mato.”

Broken Thrones| Larry StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora