Capítulo 2

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segundo capitulo saindo do forno, boa leitura e não se esqueçam de dar estrelinha por favor gente. 

Da minha cadeira dava pra ver ele na terceira cadeira na fileira ao lado da minha, tava sempre calado, desenhando de cabeça baixa, contemplando o mundo com sua existência, mexendo naqueles cabelos escuros que tampavam metade daquela cara linda.

-PARK.. Jimin- assustei com tae batendo na minha mesa de repente - ta na kookilandia de novo? Ainda não sei oque que voce viu nesse emo estranho, fala serio ele é um perdedor.

-Shii.. Ele vai ouvir voce e não fale assim dele- falei mais baixo deixando um tapa no braço dele - dei mais uma olhada nele e pela sua falta de reação não parece ter ouvido nada - não seja rude com pessoas que não lhe fizeram nada.

Tae tava acostumado com minhas pequenas lições de moral

Ele murmurou alguma coisa e se sentou na carteira há minha frente e eu como diz taehung, voltei para kookilandia. Era inevitável, ele era bem estranho eu confesso, mas era tão fofo, hoje ele usava roupas pretas como todos os outros dias que o vi, a única coisa colorida em seu visual era uma touca vermelha que ele usava todos os dias, todos os dias mesmo, um dia aquela touca ia sair andando sozinha sem ele. Juro.

Abaixei ate a minha mochila pra pegar meu caderno especial. Sim, caderno especial. Eu não chamaria de diario pois tinha muito mais ali do que coisas especiais que aconteciam no meu dia, tinha fotos, desenhos, recadinhos do tae, tinha ate uma mexa de cabelo com os meus fios e os de taehyung misturado.

A gente não tem um pingo de maturidade.

La naquele caderno tambem tinha as minhas juras de amor, acho que é exagero falar assim ne, mas é assim que o tae descreve minhas escritas dedicadas ao emo fofo da minha sala. Passei um tempo escrevendo mais coisas em quanto esperava a professora chegar a sala.

Eu escrevia o quanto gostaria de ver seus desenhos e aquela pintinha perto da sua boca bem de perto, gostaria tambem de saber se voce usa batom todo dia pra sua boca ficar tão vermelhinha o dia todo, mesmo com algumas feridinhas no meio dos lábios eles eram tão bonitos. Cheguei a conclusão agora que talvez eles fossem tão vermelhinhos de tanto levar mordidas.

Aaah as mordidinhas que voce dava em sua boca durante boa parte das aulas, garoto, eu estou enlouquecendo.

A professora entra na sala me fazendo perceber que voce precisa muito de um copo de agua, pelo tempo em que fiquei te secando voce já deve estar desidratado. E voce leito, não me julgue, somos adolecentes e nossos hormônios estão a flor da pele.

Quero ver se ele estudasse na sua sala, ia cair tanta baba que ele olharia pensando que era chuva.

Em fim..

Era nosso ultimo ano na escola e já estava acabando, eu pareço calmo mas tava entrando aos poucos em desespero, pois a gente ia seguir caminhos diferentes e eu ia me martirizar pra sempre por nunca ao menos falar nada mais do que comprimentos e despedidas. Voce não percebe garoto que nossos encontros nunca são uma coincidência ? Não percebe que a gente se esbarra demais?

Eu tenho que criar coragem.

Quando a primeira aula acabou boa parte da turma levantou de suas cadeiras para ficarem na porta da sala, as vezes parece que estudamos em uma sala do sexto ano. Apesar da aglomeração na porta da sala eu percebi uma movimentação estranha atras da cadeira do meu emo fofo.

Tinha dois meninos rindo e cochichando coisas um pro outro, oque mascava chiclete eu conhecia e ele nem era dessa sala, era o bloguerinho falso do 3 A, eu fiquei prestando atenção naquilo e alguma coisa tava errada, em algum momento voce tinha parado de escrever em seu caderno e em algum momento os garotos passaram a dar cutucadas em voce e ate puxaram seu cabelo, mas voce nem ao menos se virou. Eu já estava farto, estava a ponto de levantar e acabar com aquela palhaçada.

meu segredo em folhas Onde histórias criam vida. Descubra agora