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Acordo sentindo uma leve dor.. na verdade é mais um desconforto. Consigo me erguer um pouco na cama mas logo a porta se abre e uma enfermeira entra.

Ela carrega um pequena bandeja com um café da manhã simples e sei que não está bom, comida de hospital nunca é boa.

Sinto vontade de comer comida gostosa então me lembro da minha menina..minha neneim..

A enfermeira arruma tudo de maneira mais confortável para mim e se vai.

Olho pra bandeja e não sinto vontade de comer nada ali então afasto a bandeja.

Meus pensamentos se voltam para a noite do dia anterior. A sensação de tocar minha menina e sentir o seu calor e a textura da sua pele.. foram indescritíveis.

Nada no mundo vai superar a delícia que foi beijar seus lábios e inalar o cheiro doce de morango.

Mas tudo isso quase foi tirado de mim quando aquele homem chegou e a pegou. Senti meu sangue esvair do corpo quando ele pos a arma em sua cabeça.

Eu daria minha vida por ela naquele momento se fosse preciso.

Ela se mantinha tão calma e eu estava tão nervoso por dentro.

Por mais que eu pensasse, nada me parecia favorável naquele momento mas eu precisava agir.

Quando vi Camila com o meu canivete, que ela deve ter pego na mesa do quarto, meu coração disparou.

A adrenalina correndo pelo meu corpo tentando me tirar daquela posição, meus olhos fixos nos da minha menina, pedindo a ela que não fizesse aquilo.

Mas então ela fez.

Quando ela se disvencilhou eu atirei nele mas antes de cair no chão, ele disparou a arma.

A bala veio direto em meu peito.

Por um instante eu não senti nada mas depois de sentir o chão frio da rua, veio o ardor.

Logo vi Camila se aproximar e falar alguma coisa mas era como se meus ouvidos estivessem tampados.

Não conseguia compreender.

Entre estar acordado e meio dormindo, me vi aqui nessa cama.. nesse quarto.

Falei meus pais, com Willian e até a detetive Connor esteve aqui. Conversei um pouco com minha irmã e meu cunhado, a mãe de Camila também esteve aqui e conversamos.

Eu sabia que a qualquer momento ela passaria por aquela porta mas nada que eu fizesse me preparou para aquele momento.

Assim que a maçaneta girou eu senti o cheiro doce de morango. Virei o rosto pois não queria encarar minha menina.

Eu temia ser fraco demais pra manda la embora.

Ela entrou e eu continuei olhando pra janela. Meu coração batia tão forte mas não podia mais adiar aquele momento.

Me virei e dei de cara com o sorriso doce e tão lindo.. quase dei pra trás.

Encarei Camila que me olhou meio espantada, meio desconfiada. Eu não queria fazer aquilo mas era preciso.

A cada palavra proferida meu coração sangrava.

Mas eu não poderia ter Camila perto de mim. Eu estava aceitando minha realidade..

A verdade era que eu não havia superado a morte da Giseli, mesmo depois de alguns anos.

Eu amei aquela mulher e perde la daquela forma me fez perder a mim mesmo. E depois de viver essa experiência de quase morte com Camila, me fez perceber que não posso correr o risco de perde la também.

Meu delegado Sexy Onde histórias criam vida. Descubra agora