MS - 10

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Estávamos um bom tempo abraçados na calmaria do - agora silencioso - quarto do Han, tendo apenas a claridade do quarto como terceira companhia. Minhas costas estavam apoiadas no lado direito na cabeceira da cama enquanto rodeava a cintura do Sunggie com um dos braços e fazia um carinho leve na parte de trás do seu pescoço, o fazendo apoiar sua cabeça no meu ombro esquerdo.

O senti se mexer em meu colo e percebendo seu objetivo com o pequeno distanciamento rápido, o soltei para que pudesse fazer ou se mover mais facilmente como queria.

Ele se esticou um pouco até o lado esquerdo da cama e pegou algo em vários pontos do lençol amassado e metade já caído no chão do outro lado do quarto, se ajeitando novamente em meu colo e abrindo as duas mãos que abrigavam o que havia recolhido.

- Você se lembra disso? – Ele dizia observando os pequenos pedaços amontoados. – Do que eu falei ontem antes de... você sabe... – disse pausando e suprimindo um pequeno sorriso tímido mesmo após toda a bagunça que estávamos pelos "pegas" de agora pouco.

- Antes de você subir em cima de mim e me beijar como se estivesse com sede e minha boca fosse um pote d'água? – Pergunto o provocando e ele me dá um tapa estalado no braço. – Ai!

- Você tá muito engraçadinho... – semicerra os olhos e ri em seguida. – Essa era a demo que eu tinha gravado pra você, Minho.

Minha mente se volta ao momento que ele havia me dito sobre e olho para os pequenos cacos.

- Eu sinto muito, Han. – Digo levando as minhas mãos para analisar alguns dos pedaços. – Eu realmente não queria que nada daquilo tivesse acontecido ou que eu tivesse causado isso.

Ele nega com a cabeça e prossegue.

- Tá tudo bem, hyung. – Ele disse observando enquanto eu colocava cuidadosamente os pedaços na mesa de canto. - Era só uma demo física, não era a original. Eu acho que fiquei mais chateado por ela ter sido destruída pelo momento. – Respirou fundo e começou a brincar com os próprios dedos. – Eu ia te mostrar ontem no banheiro mesmo, assim a coragem que eu tinha não desapareceria. Tinha preparado os fones e o aparelho pra tocar, e olha que aquela velharia foi muito difícil de encontrar... – Disse fazendo uma careta.

- Então ainda podemos escutar? – Fico esperançoso por não ter estragado tudo. – Quer dizer, eu posso escutar a música? Você não vai me punir pela minha idiotice não, né?

- Olha, eu bem que gostaria viu... – o vejo levar os dedos indicador e polegar para o queixo fingindo pensar.

- Eu gostaria de contrariar, mas sei que não teria nenhuma razão ou direito de pedir isso...

- Calma, hyung. – Ele disse desfazendo a cena de antes e rindo. – Eu tô brincando, bobo. – Me abraçou e relaxei meu corpo. – Mas você vai ter que esperar.

- Esperar? Por quê? – Afasto meu rosto para olhá-lo.

- Porque você mentiu pra mim, me magoou, me fez andar até o rio Han a pé com aquele app doido, ficar no frio até tarde naquela ponte, chorar, levar uma bronca do staff que foi buscar a gente, beijar, me declarar... foram muitas emoções. Você acha pouco? – Ele me devolve o olhar arqueando a sobrancelha. – E eu também preciso de tempo pra achar a original. – Ele desvia o olhar.

- Tudo bem, tudo bem... – falo beijando suas bochechas. – Estarei pronto assim que você achar que é a hora de me mostrar. E achar a original também. – Dou um beijo em sua testa - Mas agora.... – Encaro seus lábios enquanto ele espelha meus movimentos. – Que tal cuidarmos dessa boquinha, huh?

***

- Minho-ah... – ouço Jisung me chamar todo manhoso ainda com os olhos fechados enquanto segurava meus ombros.

Distância Segura | Minsung (Em Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora