CAPÍTULO 2: SOLIDÃO

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Eu acordo, ainda estou aqui... no fundo da minha mente, mas sinto algo diferente, onde eu perfurei o meu peito, sinto algo apertando a região inteira... como uma bandagem... "Uma bandagem?, de onde que tirei isso? Por que colocariam uma bandagem em mim, numa morta... ou será que... não estou... morta?"

Estou deitada de braços e pernas esticados... o pensamento de ainda estar viva em minha cabeça, mesmo estando dentro dela, me assombra mas me encanta, como que vou sair daqui?, quem me ajudou? E como me ajudou?. Só sei perguntar isso... fecho os olhos. "será que posso dormir de novo?, posso relaxar um pouco assim", eu penso.

Um tempo se passou depois de fechar os olhos novamente, abro os olhos devagar, mas está claro demais e dificulta, e eu os abro devagar...

Há algo na minha frente mas minha visão está horrível

-Abble ela tá acordando!- diz uma voz que parece de uma criança ingênua

-Humana você tá machucada não levante rápido tá?- outra voz fala comigo... pera... esta voz me chamou de humana?, isso quer dizer... que não são humanos

Em desespero levanto rápido, oque me arrependi no próximo segundo. Uma dor imensa veio, meu sweater, agora manchado de sangue e com um buraco grande nele, está do meu lado em cima de uma caixa, estou sentada em um monte de travesseiros. Há criaturas na minha frente, parecem cachorros feitos de gelatina usando uma máscara branca. Nas saídas tem um lazer estranho, e do lado de fora estão aquelas outras criaturas me olhando atentamente e com raiva, muita raiva. Mas não vejo as meninas e nem aquela desgraça que me empurrou

-Quando vi a muvuca abri o lazer e te puxamos aqui dentro, nenhum deles pode vir aqui- É por isso que não me atacaram, estavam ou machucados ou com medo. Eu havia visto esse lugar quando vinha para a luta, mas ignorei.

Não falei nada... nem meu nome, me chamam de humana mesmo. Abble, a dona do lugar me deu um Taco para comer e me levou até um computador. Onde havia fotos, ou melhor, arquivos, de todos os bichos deste lugar, ela me mostrou o de cada um. Mas não falei nada, li o de cada um. Para andar usei um taco de basebol para me apoiar, estava fraca demais para andar, as criaturas do lado de fora me chamavam de muita coisa, nomes que não gostei, "humano fraco", "monstrinho feio", "aberração" e muito mais. Me deitei no mesmo lugar de antes e dormir... cansada demais demais para pensar




-Vou lhe perguntar uma última vez... quais são as fraquezas daquele humano burro...

-Vai perguntar pra casa do caralho seu merda

-Eu sou o chefe daqui, me respeita, ou te jogo no lazer, sua puta

-E tem problema gostar de mulher?, homofôbico do caralho

-... Tranquem ela no banheiro...

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