Depois de passar alguns anos vivendo em Londres,Lis Russel está de volta a Oxford. Conhecida por sua língua afiada e por estar sempre metida em confusão, era vista pela sociedade como uma dama inadequada e aos seus 21 anos ainda não havia recebido p...
Ao abrir as portas sou invadida pelo cheiro familiar dos livros, estantes enormes estão nos corredores a minha frente, ando por entre elas até que encontro um senhor que parecia estar com certa dificuldade para identificar o nome dos exemplares a sua frente.
- Atchim- não consigo conter um espirro ao me aproximar.
o senhor acaba se assustando com minha presença e derruba alguns dos livros que estavam em suas mãos.
-Perdão, permita me ajudar, não queria lhe assuntar – Digo, lhe dando um sorriso, um pouco envergonhada pela situação.
- Tudo bem querida, não foi culpa sua, só faz algum tempo que ninguém frequenta aqui e realmente alguns livros devem estar empoeirados.- O mesmo se levanta após recolher o último livro, me junto a ele lhe entregando os que eu havia pego.
- Fique à vontade, no fim da sala há algumas poltronas caso deseje ler algo – Ele mesmo acena com a cabeça e segue em direção ao balcão.
- Qual o seu nome? - Pergunto ao me dar conta de que não havia se apresentado.
- Antenor - O senhor agora parecia se ajeitar diante do questionamento, como se pela primeira vez se sentisse visto.
- Antenor, eu sou Lis é uma honra conhecê-lo e eu com certeza adoraria me acomodar por aqui. - Devo ter transmitido alivio em minha fala pois o ele me perguntou :
- Fugindo de alguém?- Arqueou sua sobrancelha esbranquiçada.
- Na verdade fugindo de alguns alguéns- O respondo sorrindo e já a procura de algum título que me chame atenção.
A sineta da porta toca avisando que alguém havia adentrado o local.
- Bom dia senhor Antenor ! - Uma voz ressoou, preenchendo todo o lugar, uma voz que eu era capaz de reconhecer bem e que parecia conhecer o lugar igualmente bem .
- Bom dia menino! É bom vê -lo novamente - Lis acho que um dos alguéns acaba de lhe encontrar – Exclamou, parecendo estranhamente empolgado.
Olho do fim do corredor, levantando os olhos do livro que escolhera e meu campo de visão é preenchido por nada mais nada menos que Davie Connor, isso mesmo, novamente.
- Imagino que ela esteve fugindo - o mesmo busca uma confirmação com o olhar de Antenor que sussurra como se eu não pudesse ouvir.
- Não teria duvidas.
Davie caminha até mim que estou ocupando umas das poltronas no fim do corredor.
- Orgulho e preconceito , sério ? Pensei que seria inovadora, algo mais Frankenstein ou o monstro do lago.- Provocou
- Não enche.- Reviro meus olhos, não preparada para suas piadas.
o mesmo ocupa o espaço na poltrona que está ao meu lado, o olho e ele parecia aguardar por uma resposta.
- Jane Austen é um clássico , Orgulho e Preconceito sempre terá algo a ensinar, deveria ler para não se tornar alguém como Darcy.- Comento, não resistindo a sua provocação e aproveitando para retribuir.
- Olha que honra, muitas mulheres estão em busca exatamente de um Darcy- Davie da um sorrigo presunçoso ao proferir tal frase. Aproveito o momento para acrescentar :
- Não da arrogância dele. - lhe dirijo um sorriso de vencedora ao ver se sorriso rapidamente sumindo de sua expressão.
- Suponho que nem do orgulho de Elizabeth- Diz, me pegando desprevenida, confesso, era irro que ele achava a meu respeito, acabara de me chamar de orguhosa ? Eu o responderia a autura se não fosse mais uma crise de espirros a me interromper.
- Você não parece bem, não deveria ficar aqui, a poeira dos livros não vai ajudar com a sua alergia- O duque agora olhara ao redor como se pudesse fazer algo para evitar que continuasse espirrando.
- Agradeço a preocupação mas eu me sinto muito melhor aqui- O que não deixava de ser verdade.
-Hahahaha - Olhamos em direção daquele som e encontramos senhor Antenor gargalhando – Que situação em meus caros, que situação .
-Olha acho que merecemos uma trégua , você nitidamente tem aversão a mim e eu não tenho intenção de persuadi-la, mas iremos conviver uma temporada inteira, prometo não perturba-la porém peço que tentemos nos dar bem ao menos quando inevitável .- Propõe, se acomodando melhor na poltrona como se estivesse incomodado ou de certa forma perdido.
Penso no que ele me disse e parece o certo a se fazer, não perderíamos tempor com cortesias desnecessárias e ao nos ver em público manteríamos a cordialidade como deveria ser, para mim parecia bem ótimo.
- Por mim tudo bem, trégua. - Concordo.
o tinir da sineta toca. Para depois soar mais uma vez.
– Meu Deus nunca vi essa biblioteca tão lotada em anos. - Antenor parece assustado ao mesmo tempo que apresenta estar animado diante dos novos rostos a sua frente.
Somos nós que nos levantamos e vamos em direção ao balcão dessa vez, ja sabendo quem encontraremos. Dafine e Julie parecem desanimadas agora o que me faz acreditar que não tiveram sucesso a tentar encontrar um tecido ,tenho essa confirmação ao retornar para a carruagem de volta ao campo.
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Boa noite, meus leitores❤️ Como estão hj ? Continuação do cap anterior, espero que gostem !Não esqueçam de votar e comentarem o que estão achando! O Baile de primavera promete...
