Capítulo 15 - Domingo Sério

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Eu estava fazendo amor com ela.

Eu fiz amor com Camila três vezes mais na noite do sábado. Eu finalmente a deitei na cama quando ela estava sucumbindo à exaustão. Eu decidi tomar um banho antes de ir dormir, enquanto a linda sedutora esperava por mim. Quando a água quente escorreu do meu corpo relaxando meus músculos pensei no que eu tinha feito para merecer alguém como Camila.

Como eu tive a sorte de tê-la como minha assistente pessoal? Era realmente só um golpe de sorte? Eu percebi nesse momento que talvez tenha sido apenas sorte. Eu quero dizer, quais são as chances de alguém tão qualificado como Camila considerar trabalhar para mim.

Claro que ela tinha um projeto, mas ela costumava trabalhar com Dellisola. Tenho certeza de que ele teria ajudado a tornar seu projeto uma realidade. Eu apenas tive sorte, eu acho. Agora, que ela estava aqui comigo, eu tinha que ter certeza que faria tudo que eu pudesse para me certificar de que ela não iria me deixar.

Eu não podia foder isso.

Ela conheceu a minha família e ela realmente parecia adorar passar um tempo com eles. Ela apenas combinava com eles. Às vezes parecia que ela se encaixava mais do que eu. Enquanto eu me secava com a toalha, pensei em como poderia fazer para consertar meu total erro da noite passada.
 
Ela estava certa, se eu tivesse simplesmente parado e pensado sobre isso, eu teria reconhecido David. Era apenas tão difícil vê-la nos braços de outro homem. Isso corroia a minha sanidade mental. Quantas vezes eu vou ter que bater em idiotas com a porra de um pau?

A porra de um pau, a porra de um bastão.

Eu nunca tive a preocupação de ser invejosa. A única vez foi com Alessandro. Quando estávamos começando a faculdade, ele tinha uma namorada quando voltava para casa. Ele estava totalmente apaixonado e eu queria aquilo para mim. Agora que pensei nisso, provavelmente era Camila. Ela disse que teve um relacionamento antes. Porra, essa merda fode com minha mente. Ele foi provavelmente seu primeiro. As imagens mentais encheram minha cabeça e eu queria bater em alguma coisa. Era desnecessário. Eu sabia disso. Era apenas uma merda difícil demais imaginá-la com mais alguém. Eu deixei minha raiva diminuir, mentalmente passando por cima da sobrecarga sensorial de estar com Camila na semana passada.

Muito melhor. Eu gemi, agora eu estava dolorosamente dura por causa da minha viagem por uma simples memória do caralho.

Eu tentei me acalmar, mas não estava funcionando, por isso fiz o meu caminho até a cama, que hoje era ocupada por minha namorada.

Whoa, namorada.

Eu subi na cama com a minha namorada que, generosamente, virou para que eu pudesse tomar o meu lugar habitual no seu peito nu. Ela resmungou algo que soou como um 'boa noite.'

– Boa noite, amor. - Sussurrei minha respiração passando sobre a pele de seus seios e formando arrepios.

– Comporte-se, espere até de manhã. - Ela resmungou. Eu ri.

– É de manhã, amor.

– Você sabe o que quero dizer - ela murmurou passando os dedos pelo meu cabelo. Eu murmurei um pouco apreciando a sensação.

– Durma então, tenha doces sonhos. - Sussurrei antes de colocar um casto beijo em seus lábios.

– Só quando eu estou dormindo com você. - Ela respondeu, mas quase inaudível. Como se ela não tivesse a intenção de me deixar ouvir.

Eu não disse nada. Eu estava perdida em pensamentos, me perguntando se ela tinha pesadelos. Lembrei-me então que ela viu seu irmão levar um tiro e viu sua amiga atirar em si mesma há menos de 6 anos atrás. Ela ainda devia reviver essas lembranças enquanto dormia. Isso me trouxe conforto por saber que eu os mantinha distantes dela.

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