No vigésimo quinto aniversário de Wangji, Xichen preparou uma festa, iriam distribuir quitutes por toda a cidade, e as pessoas mais importantes, também de outros reinos, seriam convidadas para a festa. Wangji não achava necessário, mas Xichen fazia aquilo todos os anos, então não dizia mais nada desde os 22 anos.
Os preparos começaram uma semana antes, seria algo grande, como todos os anos, e ainda assim, Wangji gostava muito mais de onde estava naquele momento, a cabeça deitada no colo de Wei Ying, que usava sua cabeça para apoiar um livro, onde escrevia algumas cartas para enviar, quando lhe foi perguntado, o Wei disse que tinha um discípulo, que estava fazendo uma longa viagem para aprender os básicos da vida. Mo Xuanyu era seu nome, Wei Ying havia o tomado debaixo de sua asa no inverno passado, quando o encontrou machucado e tremendo na neve, poucos metros longe da entrada da floresta.
Wei Ying também escrevia para outros feiticeiros. Geralmente feiticeiros se correspondiam de mês em mês, o conteúdo era sempre algo simples, sobre como estavam, ou onde estavam, e o que haviam feito durante a semana, parecia apenas algo bobo, mas quando o Wei lhe contou, bastou seu tom de voz para entender a mensagem não dita: Esperavam respostas para saberem se os outros ainda viviam. Não era segredo que feiticeiros, assim como bruxos e magos, não eram bem vistos na sociedade, o que Wangji achava estúpido, já que sempre os procuravam em situação de necessidade.
Então Wangji estava relaxado, sentindo a brisa bater em seu rosto, enquanto ouvia o barulho do bico de pena arrastando pelas páginas.
— Aquela árvore foi cortada no dia em que eu nasci.
O Lan contou, de repente, olhando para um grande tronco cortado que havia mais a frente de onde estavam.
O Wei parou por um momento, levantando o livro para encarar Wangji, e Wangji, sentindo seu olhar, virou o rosto para cima, o observando de volta.
— Por que?
Wangji deu de ombros.
— Meu pai acreditava que trazia boa sorte, ele cortou uma no nascimento do meu irmão também, dizia que afastava as bruxas. Geralmente são árvores velhas, ele dizia que haviam sido plantadas por bruxas antigas, então derrubá-las traria boa sorte.
O próprio Lan franziu o cenho então, ao ouvir as palavras.
— Quando eu paro pra pensar agora, não parece tão boa sorte assim.
— E não é.
Wei Ying disse, tombando a cabeça de lado enquanto alisava o rosto do Imperador.
— Não importa quem plantou as árvores, se eram pessoas boas ou ruins, bruxas ou caçadores, um Imperador ou um camponês. Árvores são sempre uma benção, são a mãe de toda a natureza, elas trazem boa sorte quando são plantadas, não quando são derrubadas.
— Então eu devo ser uma exceção.
— O que quer dizer?
— Bom, eu tive sorte em te conhecer.
O Wei riu, se abaixando para morder a pontinha do nariz de Lan Zhan.
— Você tem sorte de ser bonito, sabia? — suspirou — Talvez você tenha sorte porque estava destinado a plantar mais árvores, já pensou nisso? Para cada árvore derrubada, 100 outras precisam ser plantadas. Você tem sorte porque me encontrou e vai plantar cada uma delas, não vai?
— Eu vou plantar 200 se você quiser.
O feiticeiro revirou os olhos, embora sorrisse.
— Não é sobre mim, A-Zhan.
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O que você precisa saber sobre corvos (Yizhan + Wangxian)
FanfictionArte sempre ocupou um espaço no coração de Wang Yibo e Xiao Zhan, mas depois que seus caminhos se cruzaram tão despretensiosamente em um baile de máscaras na mansão de Liu Haikuan, os dois descobriram que arte não era a única coisa que ligava seus c...