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Rafaella Narrando:

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Rafaella Narrando:

Coloquei a garrafinha de água na mesinha de centro do sofá da sala gigante e respirei fundo. A ressaca tava me comendo por dentro, cabeça latejando e uma tontura fora do normal.. Mas se acha que eu vou parar? Vou nada.

Levantei o olhar pra Kamilla que discutia no telefone, acho que com o marido.. Já falei, tu escuta? Nem ela! Sempre bate boca dizendo ter razão, era só despachar o boy, mas quer ele no nome dela a qualquer custo.. Eu digo que só tenho amiga doida e ninguém acredita em mim.

Kamilla: vai toma no olho do teu cu! - ela fala gesticulando com o telefone na orelha - desde quando eu te dou satisfação da minha vida? Casada? Tu foi pra França, Elias! França! Sequer me levou. Ah, a culpa é minha? Foi a trabalho um caralho, não vou perder meu tempo discutindo contigo porque tu já tem a mente formada e não tô boa pra dialogar, tô com as minhas amigas, só isso aí que tu precisa saber. Fé, anjo.

Ela desliga o celular e coloca na mesinha também, respirando fundo e arrumando a alça do biquíni.

Marcelle: irmã uma hora esse boy te deixa pão, abre teu olho hein. - ela fala.

Seguro o riso porque é verdade, Kamilla é muito vida louca, tudo ela desbaratina da até ódio do jeito que ela passa lisa.

Kamilla: deixa nada, tô sentando de graça e ainda quer reclamar? - joga o cabelo pro lado. Minha amiga é muito gostosa, se eu não me amarrasse em uma pica eu pegava. Já disse isso pra elas, aliás.

Rafaella: amiga tu é casada - eu digo vendo ela passar a língua nos lábios quando o Negão passa atrás de mim indo pra cozinha. Ela apenas assente sem tirar o olho dele. - Kamilla, tu vai pro desenrolo quando aquele cara descobrir os bagulhos que tu faz e aquele bofe ali não vai salvar teu muco não, abre teu olho em vadia.

Kamilla: no máximo perco minha mamata - ela volta a olhar pra mim. - não tô casada com bandido, Rafa. Meu marido trabalha em uma empresa, vou pra desenrolo algum e ai dele querer pagar de bandido na favela alegando que alguém talaricou ele. Eu dou porque quero, se ele fizesse do jeito que eu gosto eu não sentava pra outro, fim de papo.

Marcelle tapou a cara com a mão e eu neguei com a cabeça pegando a garrafinha de volta, também arrumando minha alcinha. O biquíni que eu estava usando hoje era de um azul escuro pelo qual eu estava apaixonada, só um pouquinho pequeno no peito, nada que a gente não resolva. Soltei meu cabelo e fiz com a cabeça pra gente ir lá fora pegar um sol, preciso de vitamina pra tirar a cachaça de ontem da cabeça. A gente fala, ela não escuta e vai ser sempre assim. No final, ainda vamos ter que fazer uma vaquinha pra comprar o mega dela porque pão com certeza ela vai ficar. Mas tudo bem, irmandade é isso aí.

Sai pela porta vendo a macharada toda de ontem no quintal, estava tendo churrasco e dessa vez a lancha de ontem estava bem mais afastada da costa. Andei por ali cumprimentando algumas pessoas que me paravam pra falar comigo e com as meninas, sentindo muitos olhares na nossa direção. Queria me matar de tanta vergonha, odeio chamar atenção.

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⏰ Última atualização: May 30, 2022 ⏰

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