Capítulo 28

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Sam

Eu estava em pânico, não conseguia parar de chorar. Como uma criança de cinco anos simplesmente desaparece e ninguém percebe, e nem sabe como aconteceu? Andrew desapareceu depois que as aulas foram encerradas e os responsáveis pela escola não sabem informar como e afirmaram que se ele saiu foi porque alguém o buscou e o conhecia. As filmagens das câmeras estão indisponíveis no momento porque não envolve só meus filhos e outras crianças também.

John está por um fio com todos e segundo ele já está tomando as medidas necessárias contra a escola e não vai descansar até que ele paguem por esse descaso.

— senhor tem certeza que nenhum conhecido está com o menino? — o policial perguntou pela milésima vez.

— você acha mesmo que se meu filho estivesse com alguém que conheço, vocês estariam aqui? Eu acho que não! Então faça seu maldito trabalho e encontre meu filho, e eu quero todos vocês fora da minha casa. Porque aqui não encontraram meu filho. — a arrogância em sua voz era palpável, mas eu não tirava sua razão. Neste momento perguntas incoerentes era tudo que não precisávamos e esses policias pareciam disposto a tirar a gente do sério.

— mas precisamos de mais dados sobre a criança. — o policial argumentou

— todas as informações necessárias já foram passadas para o sargento, e espero que a busca comece em breve e que vocês tomem medidas sobre as câmeras na escola e descubram quem tirou meu filho de lá. — o policial assentiu recolhendo sua equipe.

Não passou nem um segundo da saída deles e os seguranças tomaram o espaço vago e montaram alguns equipamentos ali.

— eu quero agilidade, vocês todos já falharam bastante hoje. Descubram o paradeiro do meu filho e quem o tirou de lá. Não temos tempo para esperar, quero resultados em breve. — falou se retirando do escritório me levando junto de si.

— não precisa se preocupar, vai dar tudo certo! — disse tentando passar confiança, uma pena que eu não estava tão positiva quanto ele.

— quem faria algo assim como uma criança John? Tirá-lo da escola e o levar sem mais nem menos? — perguntei com o fio de voz. Eu já não tinha mais lágrimas para chorar e não sabia o que fazer.

Quando Mackenzie chegou em casa, ela não sabia ao certo o que estava acontecendo. Perguntei a ela sobre o irmão e ela disse que não sabia, que quando ela saiu Andy já não estava lá, seus olhinhos se encheram de lágrimas quando ela percebeu que ele havia sumido e eu chorei junto dela me sentindo incapaz.

Tudo isso era demais pra ela, Mackenzie estava chorando tanto, John tentou acalmar ela, enquanto eu tentava me controlar, se eu não podia manter a calma como faria minha filha ficar tranquila? John pegou a chupeta dela e com muito custo ela dormiu nos braços do pai. Ele tentava demonstrar calma mais seus olho transmitiam todo o tormento que ele estava sentindo.

— eu não sei Sam, eu juro que não sei. — John disse observando Mack que dormia no sofá da sala. — mas quando o culpado de tudo isso aparecer, ele vai pagar caro por isso.

Assenti o abraçando, John apertou seus braços a minha volta beijando minha cabeça.

— descobriram alguma coisa? — James perguntou entrando na sala.

— não, não temos nada ainda. — ele não me soltou quando respondeu — quero que você entre com um processo contra aquela escola. Eu não me importo com o quanto você vai gastar para fechar ela James, só quero que seja feito. — ele assentiu

— mas antes vamos ter acesso as câmeras de segurança do local, porque isso pode nos ajudar a entender o que aconteceu.

— Carter já está cuidando disso, temos uma equipe buscando qualquer rastro que seja para encontrar Andrew. Não confio na policia e não sei se estão mesmo fazendo um trabalho minucioso para achar meu filho. — John disse e eu até concordei com ele.

— tudo bem, e como você está Sam?

— péssima, preocupada com meu bebê. Ele é uma criança e está em algum lugar desconhecido por ele e não sabemos quem está com ele. — murmurei, as lágrimas voltaram aos meus olhos.

— vai ficar tudo bem Sam, não se preocupe. Em breve Andrew esta aqui novamente.

• • •

As horas se passaram e nada acontecia, ninguém disse nada mas não pararam de buscar por um segundo. Minha irmã e Sofi tinham vindo assim que souberam da notícia. Catarina também tinha passado por aqui mas, não ficou pois James estava, porém ela prometeu voltar quando estivesse mais tranquilo.

— você comeu Sam? — minha irmã perguntou preocupada.

— não estou com fome, só quero meu menino aqui comigo. — falei chorosa..

— você precisa comer Sam. — foi John quem disse, parecia mais uma ordem que qualquer outra coisa.

— mas eu não sinto fome, e não quero comer. — disse firme. John se aproximou de mim e segurou meu rosto entre as mãos

— ficar sem comer só vai te deixar fraca e doente, e você está amamentado o que vai sugar suas energias mais rápido ainda. Então mesmo sem fome você tem que comer um pouco Sam. Não quero ver você doente. — assenti mordendo o lábio para segurar o choro. Eu me sentia fraca demais, eu não sabia se aguentava tanto.

— eu quero o nosso filho, traz ele de volta pra mim por favor! — falei, soluços saíram aos tropeços de mim. Meu corpo sacudia enquanto eu chorava descontroladamente. Eu pedi, supliquei a ele que trouxesse meu filho de volta pra mim, John me abraçou e disse algo a alguém que eu não entendi. E nem queria, só queria que meu filho voltasse pra casa.

— olhe pra mim Sam, respire e expire. — disse me acompanhado no exercício de respiração. — de vagar, olhe nos meus olhos Sam. Vai ficar tudo bem, Andrew vai ficar bem, quando nós menos esperarmos ele vai estar de volta em casa.

Assenti o abraçando apertado, eu me permiti acreditar no que ele estava dizendo. Acreditei com todas as minhas forças que meu filho voltaria pata casa. Voltaria pra mim.

Comentem bastante que eu solto outro capítulo.

The baby sitterOnde histórias criam vida. Descubra agora