Estava tudo escuro, mas aos poucos, conseguia novamente ver pequenos traços de luz com sua visão embaçada, onde ela estava? Teria ela morrido? Aquele lugar era o paraíso? Estava tudo branco a frente, mas o corpo ainda estava dolorido demais, deveria ser o inferno, as almas que matará deveriam ter a encontrado em uma de suas sessões de tortura e deviam estar a torturando ainda mais enquanto estava apagada, aqueles malditos, será que nem mesmo morta ela teria algum sossego? A jovem fizera algum esforço para se sentar, então notara, os pulsos sofriam algum tipo de pressão, ela estava presa? Certo, esperava isso do inferno, mas não contava que eles teriam uma espécie de enfermeira, e pensava isto pois, assim que a cama ou qualquer que seja o lugar onde estava, rangeu anunciando que ela havia acordado, uma moça baixinha entrou correndo ao local, murmurando alguma coisa incompreensível para a jovem que ainda estava zonza com tudo o que aconteceu, mas o que exatamente aconteceu? A questão martelou forte em sua cabeça e por conta disso, apagou novamente, seja lá onde se encontrava. Quando acordou novamente, uma luz brilhava forte em seus olhos, o sol entrando pela fresta da janela, a garota podia discernir as formas agora e sua visão aos poucos voltava a nitidez, estava viva aparentemente, em um hospital visto em como o lugar era colorido em tons praticamente em branco e as três macas vazias e próximas a sua, também havia o fato de uma das coxas estar enfaixada e o rosto latejando, o lugar que havia arrastado pelo chão e, pelo jeito que os pulsos se encontravam doloridos, estava presa a aquela maca e provavelmente havia ficado inquieta durante seu estado de inconsciência.
— Você acordou! Isso é bom, significa que já está fora de perigo. — ela nem havia percebido a enfermeira entrar no quarto, também não tentou sorrir para ser simpática, sua face doía tanto quanto os pulsos. A moça se aproximou e mediu sua temperatura com as costas da mão direita, arregalou um dos olhos da menina com o polegar e o indicador logo em seguida, então se afastou e sorriu. — Sua cor também já voltou, está sem febre, em perfeito estado para receber as visitas!
— Perdão, disse visitas? — a enfermeira balançou a cabeça positivamente com o sorriso insistente nos lábios finos. — Mas eu nem sei onde eu estou e como cheguei, como posso ter visitas?
— Oh sim, é comum a confusão após três dias de sono e febre contínuos, vamos recomeçar, você está na ala médica de Konoha, quem lhe trouxe foi Senju Tobirama e ele esperava ansiosamente por notícias suas, ele e o hokage, é óbvio. Veja como está importante! Vou mandar que entrem. — a enfermeira falava sem parar enquanto caminhava para se retirar do quarto, a expressão de confusão na face da garota se esvaia aos poucos, começando a entender o que estava acontecendo e antes que conseguisse falar para a enfermeira que não precisava de visitas e sim de sair logo daquele lugar, a mulher baixinha já havia aberto a porta do quarto, sinalizando para que os dois homens parados em frente à porta entrassem. Imediatamente a garota reconheceu aquele de cabelos cinza e seus olhos se semicerraram assim que a expressão fechada do homem entrou em seu campo de visão, o outro mantinha a mesma expressão, mas seu rosto não era conhecido. Porém nenhum dos dois entrou ao quarto, os dois murmuravam com alguém que a menina não conseguia ver e então abriram caminho para que aquele estranho entrasse, ele tinha longos e lisos cabelos negros e seus trajes eram em carmesim, ele não possuía uma expressão carrancuda, não expressava nada, mas alguma coisa nele lhe parecia estranhamente e assustadoramente familiar.
— Eu lamento pelas amarras, menina. Eu não teria permitido caso eu estivesse aqui quando chegou. — o silêncio permaneceu e seus olhos negros pareciam examinar a garota, mas principalmente, seus olhos. — Me disseram que seus olhos são especiais, poderia me mostrar? — ela já ouvira aquilo antes, flashs horríveis de sua infância piscaram em sua cabeça e mais uma vez, permaneceu imóvel e em silêncio. — Certo, é perceptível que machucaram você e não queira confiar em qualquer um, mas está segura comigo, eu só preciso saber da verdade. — nada, ela continuava sem reagir. O homem suspirou e tentou algo antes de desistir. — Pode ao menos me dizer seu nome? — e novamente nada. Se aquele era o método de interrogatório da Folha, era o pior que já vira.
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MY WAY
Fanfiction"Eu sempre vou encontrar meu caminho até você." A história que será contada, fora criada para algo totalmente sem fins lucrativos e com o intuito de promover entretenimento ao público que gosta deste tipo de conteúdo. A história contada oficialmente...