pronta? - 12

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Casamento, duas pessoas totalmente diferentes, convivendo no mesmo castelo, parece fácil. Quando acordei, mal o sol tinha nascido, meu corpo todo tremia, e suava de nervoso, uma falta de ar, absurda, e lágrimas caíam dos meus olhos, mas tinha certeza que, não era felicidade, e sim, tristeza, raiva, saudades, ansiedade, arrependimento. Tudo ao mesmo tempo, uma onda, onde ela ia e voltava, nas horas em que eu achava que estava tudo ficando bem, ela vinha mais uma vez e me derrubava. Minha criadas prepararam um banho para mim, com ervas específicas para todas as noivas. Quando minha mãe chegou, já estava pronta para por o vestido, ela me olhou de uma forma, que dava vontade de chorar, mas ela me abraçou e dizia: - vai ficar tudo bem! Isso vai passar!
Coloquei o vestido, e foi ela que começou a chorar.
- você está belíssima! _ ela caiu em prantos.
- mãe não chora! se não, vou chorar também.
- desculpa, você está estonteante! Não consigo parar de olhar e não chorar. _ eu abracei, com tanta força, que mal respirava.
Depois de já está pronta, apenas faltar o véu, meu pai foi até o meu quarto, assim que ele me viu, saíu uma lágrima dos seus olhos, sua boca aberta, foi engraçada.
- meu Deus! Você é a princesa mais linda que eu já vi, é a mais linda do mundo!
- não exagere, papai! apenas estou de noiva.
- e é mais espetacular de todas! Eu te amo minha filha, minha pequena Evangeline.
- papai ! _ minha lágrimas e a dele caíram, nós nos abraçamos, mamãe estava aos prantos. nós três, nos jogamos no chão, e nos abraçamos, eram tantas lágrimas, tantas lembranças, tanta coisa que iriam sentir falta.
Já era o raiar da tarde, o céu estáva deslumbrante, em tons de lilás, azul claro, um amarelo dourado, um laranja fraco, com contrastes de rosa e vermelho. Finalmente estava tudo pronto. Nosso casamento seria na igreja do nosso próprio castelo, era um lugar próprio para matrimônios, ele era lindo, sua entrada ficava no jardim, fui de carruagem até lá, pois era muito longe para uma noiva ir andando. Chegando lá, o céu ainda estava perfeito, meu pai estendeu sua mão para me ajudar a descer da carruagem, ele estava com um traje real tão lindo em tons de azul escuro, que faziam contrate com sua pele, e seus olhos azuis claros, que estavam mais azuis do que o normal,   minha mãe saíu da porta e veio até mim, para me dizer alguma coisa antes do último momento.
- você está linda minha filha, apenas seja você, independente do passado, sorria, por que para toda dor tem cura. Eu te amo!
- não me faça chorar mamãe, eu te amo! Ela voltou para a frente da porta, olhando para mim e para o papai.
- minha pequena Evangeline, estou muito feliz por você, que essa união te traga tudo que a de melhor, e que você ache o amor, que sempre procurou, te amo, minha pequena Evangeline!
- papai... _ aquele foi o abraço mais longo que já dei no meu pai, me lembrei de uma vez, que eu caí de um poney bebê, e meu pai correu até mim, ele estava mais assustado do que eu, e ao envés dele me acalmar, eu que acabei o acalmado. Aquele tinha sido o abraço mais longo, mas esse, acabou de o vencer.
Meus pais ficaram bem em frente a porta, e eu, estava no início de uma pequena escada de três degraus, meus pais olharam para trás, e meu pai me perguntou: - pronta? _ demorei meros segundos para responder. - sim.

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